JUVENTUDE
O
JOVEM E SEUS PROBLEMAS
A
pergunta vem de frequentadores do Centro Espírita Discípulos de Jesus, na
cidade de Gália. Eles questionaram o seguinte: “O Espírito se liberta do corpo
físico com a morte?
Ele
fica livre de suas limitações?
Se
afirmativo, devemos ficar felizes com a morte de entes queridos e com nossa própria
morte?
Com
relação a isso, precisamos esclarecer alguma coisa sobre o fenômeno da
encarnação do Espírito. Ao mesmo tempo em que o corpo serve para estimular o Espírito
no seu desenvolvimento, de acordo com a Lei de Reencarnação, ele pode, muitas
vezes, ser um limitador das capacidades do Espírito. Expliquemos melhor. A cada
encarnação, o Espírito avança um determinado sentido de sua evolução,
utilizando-se do corpo como instrumento de ação para adquirir novas experiências.
O exemplo mais patente é o desenvolvimento da inteligência pela estimulação dos
centros cerebrais.
Exercitando
essas regiões do cérebro, o corpo exercita também as regiões correspondentes no
perispírito, impulsionando o Espírito em inteligência.
Desse
modo, os Espíritos muito inteligentes tendem a formam corpos aptos a manifestar
muita inteligência, pois é o Espírito quem preside a formação de seu próprio
corpo. A tendência, portanto, é que o Espírito projete no corpo as qualidades que
já conquistou. Entretanto, pode acontecer o contrário: um Espírito, já
desenvolvido intelectualmente, - em razão de conflitos íntimos como, por
exemplo, o sentimento de culpa e a compulsão em se punir, ou mesmo o medo de
usar mal sua capacidade - pode, ao reencarnar. Projetar no corpo esse estado de
insegurança e perturbação, bloqueando sua capacidade intelectual. Nesses casos,
o mecanismo cerebral responsável pela manifestação da inteligência fica
prejudicado em suas bases de formação, reduzindo a capacidade do corpo e
fazendo com que o corpo apresente algum comprometimento.
Assim, a limitação do
corpo, em muitos casos, pode decorrer da ação do próprio Espírito que, a partir
de então, se sente prisioneiro de uma situação que ele próprio criou. Mas o
problema não é só do corpo nesse caso: as condições do corpo, na verdade, são uma
projeção das condições do Espírito.
Ficamos
tristes, aborrecidos, desolados; algumas vezes, inconformados ou revoltados.
Isso
decorre de vários fatores: da nossa ignorância em relação à vida espiritual, de
nossa conscientização em relação às necessidades do Espírito querido ou, até
mesmo, de nosso medo ou de nosso egoísmo, pois não queremos que as pessoas se
separem de nós. Uma mãe, por exemplo, não quer ver-se distante do filho que
mais precisa dela. Mesmo que ele seja portador de sérias limitações de ordem
física ou mental, ela o quer perto de si, seja porque ama o filho, seja porque
se sente suficiente para dar-lhe a proteção e o carinho de que ele necessita.
Neste
caso, o que funciona é o instinto de proteção de que a natureza dotou as mães.
Uma visão amadurecida sobre a vida espiritual daria a essa mãe a certeza de que
o filho continuaria assistido do lado de lá e lhe proporciona segurança
emocional.
“INFORMAÇÃO”:
REVISTA
ESPÍRITA MENSAL
ANO
XXX Nº351
Janeiro
2006
Publicada pelo Grupo Espírita “Casa do Caminho” -
Redação:
Rua Souza Caldas, 343 - Fone: (11) 2764-5700
Correspondência:
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