Powered By Blogger

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

MORTE E LIBERTAÇÃO

JUVENTUDE
O JOVEM E SEUS PROBLEMAS

A pergunta vem de frequentadores do Centro Espírita Discípulos de Jesus, na cidade de Gália. Eles questionaram o seguinte: “O Espírito se liberta do corpo físico com a morte?
Ele fica livre de suas limitações?
Se afirmativo, devemos ficar felizes com a morte de entes queridos e com nossa própria morte?
Com relação a isso, precisamos esclarecer alguma coisa sobre o fenômeno da encarnação do Espírito. Ao mesmo tempo em que o corpo serve para estimular o Espírito no seu desenvolvimento, de acordo com a Lei de Reencarnação, ele pode, muitas vezes, ser um limitador das capacidades do Espírito. Expliquemos melhor. A cada encarnação, o Espírito avança um determinado sentido de sua evolução, utilizando-se do corpo como instrumento de ação para adquirir novas experiências. O exemplo mais patente é o desenvolvimento da inteligência pela estimulação dos centros cerebrais.
Exercitando essas regiões do cérebro, o corpo exercita também as regiões correspondentes no perispírito, impulsionando o Espírito em inteligência.
Desse modo, os Espíritos muito inteligentes tendem a formam corpos aptos a manifestar muita inteligência, pois é o Espírito quem preside a formação de seu próprio corpo. A tendência, portanto, é que o Espírito projete no corpo as qualidades que já conquistou. Entretanto, pode acontecer o contrário: um Espírito, já desenvolvido intelectualmente, - em razão de conflitos íntimos como, por exemplo, o sentimento de culpa e a compulsão em se punir, ou mesmo o medo de usar mal sua capacidade - pode, ao reencarnar. Projetar no corpo esse estado de insegurança e perturbação, bloqueando sua capacidade intelectual. Nesses casos, o mecanismo cerebral responsável pela manifestação da inteligência fica prejudicado em suas bases de formação, reduzindo a capacidade do corpo e fazendo com que o corpo apresente algum comprometimento.
Assim, a limitação do corpo, em muitos casos, pode decorrer da ação do próprio Espírito que, a partir de então, se sente prisioneiro de uma situação que ele próprio criou. Mas o problema não é só do corpo nesse caso: as condições do corpo, na verdade, são uma projeção das condições do Espírito.
Por isso, quando ele desencarna, pode ou não retomar a sua capacidade anterior imediatamente. Isso vai depender da história de cada um. Se aquela encarnação lhe foi suficiente para retomar a caminhada, se ele sentiu que ela resolveu o seu problema, ele poderá se libertar da limitação do corpo; mas, em outros casos, quando o problema ainda não estiver intimamente resolvido, ele ainda pode continuar constrangido por esse bloqueios. Quanto á nossa reação frente à morte, podemos dizer que, em nosso estágio espiritual, jamais ficamos felizes com o desencarne de nossos entes queridos. Muito pelo contrário.

Ficamos tristes, aborrecidos, desolados; algumas vezes, inconformados ou revoltados.
Isso decorre de vários fatores: da nossa ignorância em relação à vida espiritual, de nossa conscientização em relação às necessidades do Espírito querido ou, até mesmo, de nosso medo ou de nosso egoísmo, pois não queremos que as pessoas se separem de nós. Uma mãe, por exemplo, não quer ver-se distante do filho que mais precisa dela. Mesmo que ele seja portador de sérias limitações de ordem física ou mental, ela o quer perto de si, seja porque ama o filho, seja porque se sente suficiente para dar-lhe a proteção e o carinho de que ele necessita.
Neste caso, o que funciona é o instinto de proteção de que a natureza dotou as mães. Uma visão amadurecida sobre a vida espiritual daria a essa mãe a certeza de que o filho continuaria assistido do lado de lá e lhe proporciona segurança emocional.





“INFORMAÇÃO”:
REVISTA ESPÍRITA MENSAL
ANO XXX Nº351
Janeiro 2006
Publicada pelo Grupo Espírita “Casa do Caminho” -
Redação:
Rua Souza Caldas, 343 - Fone: (11) 2764-5700
Correspondência:

Cx. Postal: 45.307 - Ag. Vl. Mariana/São Paulo (SP)

Nenhum comentário:

Postar um comentário