– ALLAN KARDEC
CAPÍTULO XI – AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO
INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS: ITEM 14
CARIDADE COM OS CRIMINOSOS
Elizabeth de França lembra, nesta mensagem, da caridade em relação aos criminosos, aos infelizes, também filhos de Deus, a quem Ele ama e lhes dará o perdão e a misericórdia, após seu arrependimento, dando-lhes novas oportunidades de reparação e de aperfeiçoamento, como faz para com todos.
O amor de Deus, sempre absoluto, não faz distinção de pessoas, porque Ele é imutável e a parábola da ovelha perdida, narrada por Mateus, 18: 10 a 14, por Lucas, 15:3 a 7, a dos Trabalhadores da Última Hora, Mateus, 20: 1 a 16, dando oportunidades a todos que quiseram trabalhar, a parábola do Filho Pródigo, Lucas, 15:11 a 32, contadas por Jesus, atestam bem o amor do Pai por todos os seus filhos.
Seu amor e misericórdia são imutáveis e sua justiça também, portanto, cada um receberá sempre segundo suas obras.
Lembra a autora que caridade não é só dar esmolas nem mesmo quando acompanhadas de palavras de consolação. É muito mais do que isso.
É ser benevolente, constantemente, e em todas as coisas para com o próximo, e ser benevolente é ter boa vontade para com os outros, tanta quanto a deseja para si.
Assim, ser caridoso com os criminosos não é deixar-lhes livres para continuar cometendo desatinos, mas sim, compreendê-los como pessoas equivocadas.
Considerá-los como doentes, muito necessitados, filhos de Deus, criados como todos os demais, que um dia, graças às leis divinas, tornar-se-ão bons e sábios, exatamente, como todos.
Ser caridoso com os criminosos é pensar neles, com piedade pelo que fazem orar por eles, pedindo a Deus, que eles possam conhecer a realidade da vida espiritual, eterna e progressiva, a fim de que se arrependam e busquem transformar-se, ao invés de pensar e dizer: “É um miserável; deve ser extirpado da Terra”.
Jesus diria isso?!
Afirma a autora que se deve sempre perdoar os criminosos. Recusando esse perdão, a pessoa está sendo mais repreensível, mais culpada do que eles, porque quase sempre esses criminosos “não conhecem a Deus como o conheceis, e lhes será pedido menos do que a vós”.
Não se deve esquecer nunca de que os homens são julgados pelas leis divinas, exatamente com julgam os outros, e que enquanto Espíritos em desenvolvimento, estamos, todos nós, sujeitos a erros, a enganos e todos precisamos de indulgência.
Menciona ela algo muito importante, nem sempre evidenciado, no viver cotidiano: “Não sabeis que há muitas ações que são crimes aos olhos do Deus de pureza, mas que o mundo não considera sequer como faltas leves?”
No processo evolutivo do Espírito imortal, sua responsabilidade nos seus atos, é sempre de acordo com seu entendimento. Quanto mais inferior, menos se lhe é exigido, pois, ninguém pode dar o que não possui; quanto mais evolui em entendimento, mais responsável é pelo que sente, pensa e faz.
Perdoar aos criminosos, não é, pois, livrá-los das conseqüências dos seus atos, mas amenizá-las tanto quanto possível, na confiança de sua regeneração, na sua perfectibilidade e nas leis de Deus.
Um dia, a lei divina trazida por Jesus reinará no mundo. Para isso é preciso que nos amemos uns aos outros como filhos de um mesmo Pai, com a mesma origem, o mesmo destino, as mesmas potencialidades, as mesmas oportunidades.
Por isso, não devemos desprezar ninguém. A presença de grandes criminosos na Terra é possível, por ser ela um mundo de expiações e de provas, onde estamos todos nos desenvolvendo, nas variadas experiências que este viver nos propicia.
Assim, o bem e o mal se mesclam, para que os homens aprendam e distingui-los, acolhendo um e rejeitando o outro, mas amparando sempre o que faz o mal.
Dessa maneira, o mal na Terra pode se constituir em instrumento de aprendizado para a evolução espiritual do Espírito imortal.
Quando a lei do amor imperar na Terra, não haverá mais necessidade dessa mescla de bem e mal “e todos os Espíritos impuros serão dispersados pelos mundos inferiores, de acordo com as suas tendências” , onde irão continuar seu desenvolvimento moral.
Bibliografia:
KARDEC, Allan - “O Evangelho Segundo o Espiritismo”
Leda de Almeida Rezende Ebner
Janeiro/ 2010
Citações bíblicas
MATEUS 18
10 Vede, não desprezeis a nenhum destes pequeninos; pois eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre vêm a face de meu Pai, que está nos céus.
11 [Porque o Filho do homem veio salvar o que se havia perdido.]
12 Que vos parece? Se alguém tiver cem ovelhas, e uma delas se extraviar, não deixará as noventa e nove nos montes para ir buscar a que se extraviou?
13 E, se acontecer achá-la, em verdade vos digo que maior prazer tem por esta do que pelas noventa e nove que não se extraviaram.
14 Assim também não é da vontade de vosso Pai que está nos céus, que venha a perecer um só destes pequeninos.
LUCAS 15
3 Então ele lhes propôs esta parábola:
4 Qual de vós é o homem que, possuindo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto, e não vai após a perdida até que a encontre?
5 E achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo;
6 e chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos e lhes diz: Alegrai-vos comigo, porque achei a minha ovelha que se havia perdido.
7 Digo-vos que assim haverá maior alegria no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.
MATEUS 20
1 Porque o reino dos céus é semelhante a um homem, proprietário, que saiu de madrugada a contratar trabalhadores para a sua vinha.
2 Ajustou com os trabalhadores o salário de um denário por dia, e mandou-os para a sua vinha.
3 Cerca da hora terceira saiu, e viu que estavam outros, ociosos, na praça,
4 e disse-lhes: Ide também vós para a vinha, e dar-vos-ei o que for justo. E eles foram.
5 Outra vez saiu, cerca da hora sexta e da nona, e fez o mesmo.
6 Igualmente, cerca da hora undécima, saiu e achou outros que lá estavam, e perguntou-lhes: Por que estais aqui ociosos o dia todo?
7 Responderam-lhe eles: Porque ninguém nos contratou. Disse-lhes ele: Ide também vós para a vinha.
8 Ao anoitecer, disse o senhor da vinha ao seu mordomo: Chama os trabalhadores, e paga-lhes o salário, começando pelos últimos até os primeiros.
9 Chegando, pois, os que tinham ido cerca da hora undécima, receberam um denário cada um.
10 Vindo, então, os primeiros, pensaram que haviam de receber mais; mas do mesmo modo receberam um denário cada um.
11 E ao recebê-lo, murmuravam contra o proprietário, dizendo:
12 Estes últimos trabalharam somente uma hora, e os igualastes a nós, que suportamos a fadiga do dia inteiro e o forte calor.
13 Mas ele, respondendo, disse a um deles: Amigo, não te faço injustiça; não ajustaste comigo um denário?
14 Toma o que é teu, e vai-te; eu quero dar a este último tanto como a ti.
15 Não me é lícito fazer o que quero do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom?
16 Assim os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos.
LUCAS 15
11 Disse-lhe mais: Certo homem tinha dois filhos.
12 O mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me toca. Repartiu-lhes, pois, os seus haveres.
13 Poucos dias depois, o filho mais moço ajuntando tudo, partiu para um país distante, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente.
14 E, havendo ele dissipado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a passar necessidades.
15 Então foi encontrar-se a um dos cidadãos daquele país, o qual o mandou para os seus campos a apascentar porcos.
16 E desejava encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam; e ninguém lhe dava nada.
17 Caindo, porém, em si, disse: Quantos empregados de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!
18 Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e diante de ti;
19 já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados.
20 Levantou-se, pois, e foi para seu pai. Estando ele ainda longe, seu pai o viu, encheu-se de compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.
21 Disse-lhe o filho: Pai, pequei conta o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.
22 Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lha, e ponde-lhe um anel no dedo e alparcas nos pés;
23 trazei também o bezerro, cevado e matai-o; comamos, e regozijemo-nos,
24 porque este meu filho estava morto, e reviveu; tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a regozijar-se.
25 Ora, o seu filho mais velho estava no campo; e quando voltava, ao aproximar-se de casa, ouviu a música e as danças;
26 e chegando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo.
27 Respondeu-lhe este: Chegou teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo.
28 Mas ele se indignou e não queria entrar. Saiu então o pai e instava com ele.
29 Ele, porém, respondeu ao pai: Eis que há tantos anos te sirvo, e nunca transgredi um mandamento teu; contudo nunca me deste um cabrito para eu me regozijar com meus amigos;
30 vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado.
31 Replicou-lhe o pai: Filho, tu sempre estás comigo, e tudo o que é meu é teu;
32 era justo, porém, regozijarmo-nos e alegramo-nos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; tinha-se perdido, e foi achado.
Centro Espírita Batuira
cebatuira@cebatuira.org.br
Rua Rodrigues Alves,588
Vila Tibério - Cep 14050-390
Ribeirão Preto (SP)
CNPJ: 45.249.083/0001-95
Reconhecido de Utilidade Pública pela Lei Municipal nº. 3247/76.
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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
O LIVRO DOS ESPIRITOS - Estudo 39
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DOUTRINA ESPÍRITA
Livro Primeiro
As Causas Primárias
Capítulo I
Deus
I. Deus e o Infinito
II. Provas da Existência de Deus
III. Atributos da Divindade
IV. Panteísmo
II - Provas da Existência de Deus - 4 a 9
"(...) 4 - Onde podemos encontrar as provas da existência de Deus?
__ Num axioma que aplicais às vossas ciências: Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem, e vossa razão vos responderá".
Comentário de Allan Kardec:
"(...) Para crer em Deus é suficiente lançar os olhos às obras da Criação. O Universo existe; ele tem, portanto, uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar que todo efeito tem uma causa, e avançar que o nada pode fazer alguma coisa".
Crer em algo superior é intuitivo, isto é, o homem traz consigo, se bem que não em crença racional, mas como sentimento inato de um ser que lhe é superior.
Reconhece, embora não explique e nem entenda, uma força maior inerente à própria vida, natural e não decorrente de uma cultura imposta de fora para dentro.
Nos estágios primitivos entende-a como algo que lhe governa a vida determinando-lhe o destino.
Esse desconhecido inspira-lhe medo, e ele cria cultos que em síntese, representam o reconhecimento da própria fraqueza, da necessidade de socorro e proteção.
Como materializa essa idéia de ajuda ?
Segundo o que pensa, o que acha que pode preservá-lo dos males. Cria, plasma, simboliza nessa criação uma força superior em formas que podem ir desde um animal muito forte, a um indivíduo brutal, ou sábio, ou belo, enfim, que reconhece com qualidades que não tendo, não tem e que não entendendo admira.
O passo seguinte, será criar formas de como agradar essa força, de como atrair simpatia, comunicar-se com ela, organizando agora cerimônias, oferendas e rituais, capazes na sua idéia de manter os cuidados do "deus" sobre si e os que lhe são caros, incluindo todas as posses e bens que dispõe.
Sol, lua, estrelas, montanhas, enfim, tudo quanto não entende, receia, teme será digno de receber aquilo que possua de melhor: oferece a colheita, sacrifica animais, seres humanos em meio a cânticos e danças, com os quais busca agradar prestando culto.
Essa mente embrionária não oferecia condições para entender de outra forma. Dessa insegurança, desconhecimentos e busca, surgem, nascem os vários deuses, representando como que uma especialização das forças divinas ajustando-se cada um às necessidades e interesses do momento com divindade para fertilidade, guerra, amor, ódio, vingança, colheita, poder, etc.
Todos tinham algo em comum: eram antropomórficos, isto é, tinham as formas e os atributos humanos, conceitos, paixões, comportamentos próprios do homem que não tendo desenvolvido seu psiquismo interpreta e projeta em todas as coisas em apreciações e termos exclusivamente humanos.
Deus nessa época é visto como um homem, que vive nas alturas, rodeado das coisas que o mesmo homem acha que é bom: belezas, delícias, músicas, odaliscas, como na morada dos deuses orientais; pessoas sempre belas e jovens com entre os deuses gregos ou a idéia sombria, vingativa e irritada do Jeová dos Judeus que pune até a terceira ou quarta geração.
Em "O Espírito e o Tempo" do Prof. Herculano Pires, detalha cada fase vivenciada chamando-as de "horizonte", isto é, limites da própria visão e "horizontes culturais", com a significação dos meios em que se desenvolveram as diferentes fases da evolução humana.
Sob essas reflexões, se perguntarmos como Allan Kardec o fêz aos Espíritos, teríamos igual resposta:
"(...) 5 - Que conseqüência podemos tirar do sentimento intuitivo, que todos os homens trazem consigo da existência de Deus?
__ Que Deus existe: pois de onde lhes viria esse sentimento, se ele não se apoiasse em nada? É uma conseqüência do princípio de que não há efeito sem causa.
6 - O sentimento íntimo da existência de Deus, que trazemos conosco, não seria o efeito da educação e o produto de idéias adquiridas?
__ Se assim fosse, por que os vossos selvagens também teriam esses sentimentos?
Prossegue o comentário de Allan Kardec:
"(...) Se o sentimento da existência de um ser supremo não fosse mais que o produto de um ensinamento, não seria universal e nem existiria, como as noções científicas, senão entre os que tivessem podido receber esse ensinamento".
Nesse sentimento inato, portanto, encontra-se a noção de Deus, a prova desse existir a exteriorizar-se,
"(...) Onipresente, falar-nos pelas suas cores, pelos sons e pelos movimentos; tem sorrisos para as nossas alegrias, gemidos para as nossas tristezas, simpatia para todas as nossas aspirações. Filhos da Terra, nosso organismo está em consonâncias vibratórias com todos os movimentos que constituem a vida da Natureza: ele os compreende e deles compartilhamos, de modo a nos deixarem nalma uma repercussão profunda, a menos que o artifício nos tenha atrofiado. Congênita do princípio da criação, nossa alma reencontra o infinito na Natureza".
________________________________________
"(...) Deus é potência e ato naturais; vive na Natureza como nele vive ela. O Espírito se faz pressentir através de formas materiais, mutáveis. Sim, a Natureza tem harmonias para a alma, tem quadros para o pensamento, tem tesouros para as ambições do Espírito e ternuras para as aspirações do coração. Sim, ela os tem porque não nos é estranha, não está de nós segregada e somos um com ela.
Ora, a força viva da Natureza, essa vida mental que reside nela, essa organização peculiar ao destino dos seres, essa sabedoria e onipotência no entretenimento da criação, essa comunicação íntima de um espírito universal entre todos os seres, que coisa, outra, poderá significar senão a revelação da existência de Deus, a manifestação de um pensamento criador, eterno, imenso?" 2
Bibliografia:
1. KARDEC, Allan.O Livro dos Espíritos - 4 a 9
2. FLAMMARION, Camille. Deus na Natureza - cap. V
Leda Marques Bighetti
Outubro / 2004
Centro Espírita Batuira
cebatuira@cebatuira.org.br
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Livro Primeiro
As Causas Primárias
Capítulo I
Deus
I. Deus e o Infinito
II. Provas da Existência de Deus
III. Atributos da Divindade
IV. Panteísmo
II - Provas da Existência de Deus - 4 a 9
"(...) 4 - Onde podemos encontrar as provas da existência de Deus?
__ Num axioma que aplicais às vossas ciências: Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem, e vossa razão vos responderá".
Comentário de Allan Kardec:
"(...) Para crer em Deus é suficiente lançar os olhos às obras da Criação. O Universo existe; ele tem, portanto, uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar que todo efeito tem uma causa, e avançar que o nada pode fazer alguma coisa".
Crer em algo superior é intuitivo, isto é, o homem traz consigo, se bem que não em crença racional, mas como sentimento inato de um ser que lhe é superior.
Reconhece, embora não explique e nem entenda, uma força maior inerente à própria vida, natural e não decorrente de uma cultura imposta de fora para dentro.
Nos estágios primitivos entende-a como algo que lhe governa a vida determinando-lhe o destino.
Esse desconhecido inspira-lhe medo, e ele cria cultos que em síntese, representam o reconhecimento da própria fraqueza, da necessidade de socorro e proteção.
Como materializa essa idéia de ajuda ?
Segundo o que pensa, o que acha que pode preservá-lo dos males. Cria, plasma, simboliza nessa criação uma força superior em formas que podem ir desde um animal muito forte, a um indivíduo brutal, ou sábio, ou belo, enfim, que reconhece com qualidades que não tendo, não tem e que não entendendo admira.
O passo seguinte, será criar formas de como agradar essa força, de como atrair simpatia, comunicar-se com ela, organizando agora cerimônias, oferendas e rituais, capazes na sua idéia de manter os cuidados do "deus" sobre si e os que lhe são caros, incluindo todas as posses e bens que dispõe.
Sol, lua, estrelas, montanhas, enfim, tudo quanto não entende, receia, teme será digno de receber aquilo que possua de melhor: oferece a colheita, sacrifica animais, seres humanos em meio a cânticos e danças, com os quais busca agradar prestando culto.
Essa mente embrionária não oferecia condições para entender de outra forma. Dessa insegurança, desconhecimentos e busca, surgem, nascem os vários deuses, representando como que uma especialização das forças divinas ajustando-se cada um às necessidades e interesses do momento com divindade para fertilidade, guerra, amor, ódio, vingança, colheita, poder, etc.
Todos tinham algo em comum: eram antropomórficos, isto é, tinham as formas e os atributos humanos, conceitos, paixões, comportamentos próprios do homem que não tendo desenvolvido seu psiquismo interpreta e projeta em todas as coisas em apreciações e termos exclusivamente humanos.
Deus nessa época é visto como um homem, que vive nas alturas, rodeado das coisas que o mesmo homem acha que é bom: belezas, delícias, músicas, odaliscas, como na morada dos deuses orientais; pessoas sempre belas e jovens com entre os deuses gregos ou a idéia sombria, vingativa e irritada do Jeová dos Judeus que pune até a terceira ou quarta geração.
Em "O Espírito e o Tempo" do Prof. Herculano Pires, detalha cada fase vivenciada chamando-as de "horizonte", isto é, limites da própria visão e "horizontes culturais", com a significação dos meios em que se desenvolveram as diferentes fases da evolução humana.
Sob essas reflexões, se perguntarmos como Allan Kardec o fêz aos Espíritos, teríamos igual resposta:
"(...) 5 - Que conseqüência podemos tirar do sentimento intuitivo, que todos os homens trazem consigo da existência de Deus?
__ Que Deus existe: pois de onde lhes viria esse sentimento, se ele não se apoiasse em nada? É uma conseqüência do princípio de que não há efeito sem causa.
6 - O sentimento íntimo da existência de Deus, que trazemos conosco, não seria o efeito da educação e o produto de idéias adquiridas?
__ Se assim fosse, por que os vossos selvagens também teriam esses sentimentos?
Prossegue o comentário de Allan Kardec:
"(...) Se o sentimento da existência de um ser supremo não fosse mais que o produto de um ensinamento, não seria universal e nem existiria, como as noções científicas, senão entre os que tivessem podido receber esse ensinamento".
Nesse sentimento inato, portanto, encontra-se a noção de Deus, a prova desse existir a exteriorizar-se,
"(...) Onipresente, falar-nos pelas suas cores, pelos sons e pelos movimentos; tem sorrisos para as nossas alegrias, gemidos para as nossas tristezas, simpatia para todas as nossas aspirações. Filhos da Terra, nosso organismo está em consonâncias vibratórias com todos os movimentos que constituem a vida da Natureza: ele os compreende e deles compartilhamos, de modo a nos deixarem nalma uma repercussão profunda, a menos que o artifício nos tenha atrofiado. Congênita do princípio da criação, nossa alma reencontra o infinito na Natureza".
________________________________________
"(...) Deus é potência e ato naturais; vive na Natureza como nele vive ela. O Espírito se faz pressentir através de formas materiais, mutáveis. Sim, a Natureza tem harmonias para a alma, tem quadros para o pensamento, tem tesouros para as ambições do Espírito e ternuras para as aspirações do coração. Sim, ela os tem porque não nos é estranha, não está de nós segregada e somos um com ela.
Ora, a força viva da Natureza, essa vida mental que reside nela, essa organização peculiar ao destino dos seres, essa sabedoria e onipotência no entretenimento da criação, essa comunicação íntima de um espírito universal entre todos os seres, que coisa, outra, poderá significar senão a revelação da existência de Deus, a manifestação de um pensamento criador, eterno, imenso?" 2
Bibliografia:
1. KARDEC, Allan.O Livro dos Espíritos - 4 a 9
2. FLAMMARION, Camille. Deus na Natureza - cap. V
Leda Marques Bighetti
Outubro / 2004
Centro Espírita Batuira
cebatuira@cebatuira.org.br
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Reconhecido de Utilidade Pública pela Lei Municipal nº. 3247/76.
sábado, 14 de janeiro de 2012
O Livro dos Espíritos Estudo 39
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DOUTRINA ESPÍRITA
Livro Primeiro
As Causas Primárias
Capítulo I
Deus
I. Deus e o Infinito
II. Provas da Existência de Deus
III. Atributos da Divindade
IV. Panteísmo
I - Deus e o Infinito - 1 a 3
Buscando mais subsídios para facilitar sentir essa imanência de Deus, o Professor Herculano Pires leva-nos a refletir:
"(...) Temos três princípios fundamentais da consciência humana bem visíveis em suas manifestações no plano social:
__ a idéia de Deus no homem
__ seu anseio de transcendência
__ o desejo natural do bem
Neste anseio do bem encontramos o sentimento de afetividade, de amor, pelos semelhantes, que se traduz no princípio de fraternidade universal.
Do anseio de transcendência derivam os impulsos de ligações sociais que determinam a formação das famílias e grupos afins, bem como o sentimento estético, determinante do interesse pelo belo em todas as suas expressões. O sentimento de justiça é corolário do amor e depende, nas suas variações de intensidade e clareza, do grau de nitidez da idéia de Deus".
________________________________________
"(...) a idéia de Deus é o conceito que rege ao desenvolvimento e à manifestação de todos esses vetores na dinâmica social da existência individual e coletiva.
Vem daí a importância do conceito de Deus para o comportamento do homem, solitário ou em grupo".
________________________________________
"(...) O chamado homem sem Deus, que não aceita a existência de Deus por falta de um conhecimento mais claro do problema, nem por isso está desprovido desse princípio em sua consciência. O conceito de Deus, mesmo negativo, exerce influência em seu comportamento.
Ele pode contrariar essa influência em virtude de preconceitos ou de experiências passadas, como frustrações religiosas ou sociais, mas em geral, mais hoje ou amanha, cederá aos impactos dos seus impulsos afetivos. A liberdade é própria da consciência, o ambiente espiritual em que todos esses vetores conscenciais se desenvolvem.
A supressão da liberdade numa consciência é o eclipse que a lança na escuridão".1
________________________________________
Como vemos, Deus está no homem não apenas como idéia, mas como essência da criatura.
Esse sentir é que levou Paulo afirmar que em Deus vivemos e Nele nos movemos, sendo assim Deus, intrínseco, na existência humana.
"(...) Mas o Pai que está em mim é quem faz as obras". Jesus - João 14:10
Conclamando a que despertos, busquemos o Pensamento Divino, em todas as situações e atitudes, trabalhando na construção do Bem mesmo quando percebamos as sombras do mal ou obstáculos, ao primeiro olhar, intransponíveis.
"(...) o Pai está em mim"
Significando que em todos os sucessos desagradáveis, em todas as condições e paisagens do dia-a-dia, o Criador que está igualmente na Criação, será sempre intervenção em Infinita Bondade.
"(...) Diante do nevoeiro não condenes as trevas.
Acende a luz do serviço e espera por Deus". 2
Enfim te encontro
Otávio Barbosa
Um dia te perguntaram se em Deus eu acreditava.
Eu então lhes respondi da maneira que eu pensava:
Entre a Lua e as estrelas, num galope, num tropel pisando nuvens brancas eu vi Deus passar no Céu...
Todo dia existe Deus num sorriso de criança,no canto dos passarinhos, num olhar, numa esperança...
Na harmonia de cores, na natureza esquecida, na fresca aragem da brisa, na própria essência da vida...
No Regato cristalino, pequeno servo do mar, nas ondas lavando as praias, na clara luz do luar...
Na escuridão do infinito, todo ponteado de estrelas, na amplidão do universo, no simples prazer de vê-las...
Nos segredos desta vida, no germinar da semente, nos movimentos da terra, que gira incessantemente...
No orvalho sobre a relva, na passarada que encanta, no cheiro que vem da terra, e no sol que se levanta...
Nas flores que desabrocham, perfumando a atmosfera, nas folhas novas que brotam, anunciando a primavera...
Deus é a Paz, a Esperança, é o alento do aflito, é o criador do universo, da luz, do ar, do infinito...
Deus é a justiça perfeita que emana do coração!
Ao perdoar quem o ofende, Ele é o próprio perdão!
Será que você não viu o rosto calmo de Deus, no colorido mais belo dos olhos dos filhos seus?
Eu sei que não me enganei em tudo que lhes dizia!
Deus é a paz, é o amor, Deus é a eterna poesia...
Deus é constante, é perene, É divina, de tal sorte, que, sendo a essência da vida, é o descanso da morte...
Não há ida sem volta, e nem há volta sem a ida.
A morte não é a morte, é só a porta da vida...
No ciclo da natureza, nesse ir e vir constante, no broto que se renova, na vida que se segue adiante...
Em quem semeia a bondade, em quem ajuda o irmão, colhendo a felicidade, cumprindo a missão...
No suor de quem trabalha, no calo duro da mão, no homem que planta o trigo, no trigo que faz o pão...
__ Você pode sentir Deus pulsar em seu coração!...3
Bibliografia:
1. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos -. 1 a 3
2. F. C. Xavier - Emmanuel Espírito - Palavras de Vida Eterna 117
Leda Marques Bighetti
Setembro / 2004
João 14:10
10 Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, é quem faz as suas obras.
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Livro Primeiro
As Causas Primárias
Capítulo I
Deus
I. Deus e o Infinito
II. Provas da Existência de Deus
III. Atributos da Divindade
IV. Panteísmo
I - Deus e o Infinito - 1 a 3
Buscando mais subsídios para facilitar sentir essa imanência de Deus, o Professor Herculano Pires leva-nos a refletir:
"(...) Temos três princípios fundamentais da consciência humana bem visíveis em suas manifestações no plano social:
__ a idéia de Deus no homem
__ seu anseio de transcendência
__ o desejo natural do bem
Neste anseio do bem encontramos o sentimento de afetividade, de amor, pelos semelhantes, que se traduz no princípio de fraternidade universal.
Do anseio de transcendência derivam os impulsos de ligações sociais que determinam a formação das famílias e grupos afins, bem como o sentimento estético, determinante do interesse pelo belo em todas as suas expressões. O sentimento de justiça é corolário do amor e depende, nas suas variações de intensidade e clareza, do grau de nitidez da idéia de Deus".
________________________________________
"(...) a idéia de Deus é o conceito que rege ao desenvolvimento e à manifestação de todos esses vetores na dinâmica social da existência individual e coletiva.
Vem daí a importância do conceito de Deus para o comportamento do homem, solitário ou em grupo".
________________________________________
"(...) O chamado homem sem Deus, que não aceita a existência de Deus por falta de um conhecimento mais claro do problema, nem por isso está desprovido desse princípio em sua consciência. O conceito de Deus, mesmo negativo, exerce influência em seu comportamento.
Ele pode contrariar essa influência em virtude de preconceitos ou de experiências passadas, como frustrações religiosas ou sociais, mas em geral, mais hoje ou amanha, cederá aos impactos dos seus impulsos afetivos. A liberdade é própria da consciência, o ambiente espiritual em que todos esses vetores conscenciais se desenvolvem.
A supressão da liberdade numa consciência é o eclipse que a lança na escuridão".1
________________________________________
Como vemos, Deus está no homem não apenas como idéia, mas como essência da criatura.
Esse sentir é que levou Paulo afirmar que em Deus vivemos e Nele nos movemos, sendo assim Deus, intrínseco, na existência humana.
"(...) Mas o Pai que está em mim é quem faz as obras". Jesus - João 14:10
Conclamando a que despertos, busquemos o Pensamento Divino, em todas as situações e atitudes, trabalhando na construção do Bem mesmo quando percebamos as sombras do mal ou obstáculos, ao primeiro olhar, intransponíveis.
"(...) o Pai está em mim"
Significando que em todos os sucessos desagradáveis, em todas as condições e paisagens do dia-a-dia, o Criador que está igualmente na Criação, será sempre intervenção em Infinita Bondade.
"(...) Diante do nevoeiro não condenes as trevas.
Acende a luz do serviço e espera por Deus". 2
Enfim te encontro
Otávio Barbosa
Um dia te perguntaram se em Deus eu acreditava.
Eu então lhes respondi da maneira que eu pensava:
Entre a Lua e as estrelas, num galope, num tropel pisando nuvens brancas eu vi Deus passar no Céu...
Todo dia existe Deus num sorriso de criança,no canto dos passarinhos, num olhar, numa esperança...
Na harmonia de cores, na natureza esquecida, na fresca aragem da brisa, na própria essência da vida...
No Regato cristalino, pequeno servo do mar, nas ondas lavando as praias, na clara luz do luar...
Na escuridão do infinito, todo ponteado de estrelas, na amplidão do universo, no simples prazer de vê-las...
Nos segredos desta vida, no germinar da semente, nos movimentos da terra, que gira incessantemente...
No orvalho sobre a relva, na passarada que encanta, no cheiro que vem da terra, e no sol que se levanta...
Nas flores que desabrocham, perfumando a atmosfera, nas folhas novas que brotam, anunciando a primavera...
Deus é a Paz, a Esperança, é o alento do aflito, é o criador do universo, da luz, do ar, do infinito...
Deus é a justiça perfeita que emana do coração!
Ao perdoar quem o ofende, Ele é o próprio perdão!
Será que você não viu o rosto calmo de Deus, no colorido mais belo dos olhos dos filhos seus?
Eu sei que não me enganei em tudo que lhes dizia!
Deus é a paz, é o amor, Deus é a eterna poesia...
Deus é constante, é perene, É divina, de tal sorte, que, sendo a essência da vida, é o descanso da morte...
Não há ida sem volta, e nem há volta sem a ida.
A morte não é a morte, é só a porta da vida...
No ciclo da natureza, nesse ir e vir constante, no broto que se renova, na vida que se segue adiante...
Em quem semeia a bondade, em quem ajuda o irmão, colhendo a felicidade, cumprindo a missão...
No suor de quem trabalha, no calo duro da mão, no homem que planta o trigo, no trigo que faz o pão...
__ Você pode sentir Deus pulsar em seu coração!...3
Bibliografia:
1. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos -. 1 a 3
2. F. C. Xavier - Emmanuel Espírito - Palavras de Vida Eterna 117
Leda Marques Bighetti
Setembro / 2004
João 14:10
10 Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, é quem faz as suas obras.
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Rua Rodrigues Alves,588
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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
O Livro dos Espíritos Estudo 38
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DOUTRINA ESPÍRITA
Livro Primeiro
As Causas Primárias
Capítulo I
Deus
I. Deus e o Infinito
II. Provas da Existência de Deus
III. Atributos da Divindade
IV. Panteísmo
I - Deus e o Infinito - 1 a 3
Prosseguindo nossas reflexões sobre Deus, Infinito abordadas no estudo anterior, novas propostas surgem levando-nos a encontrar Deus, que embora imersos Nele, tão longe e distante O percebemos.
Vejamos:
"(...) Pela síntese, o Espírito se eleva à noção de uma lei única
- a lei e força universais, que valem por expressão ativa do pensamento divino.
Luz, calor, eletricidade, magnetismo, atração, afinidade, vida vegetal, instinto, inteligência, tudo deriva de Deus.
O sentimento do belo, a estesia as ciências, a harmonia matemática, a geometria, iluminam essas forcas múltiplas e lhes dão o perfume do ideal. Seja qual for o prisma pelo qual o pensador observe a Natureza, encontra uma trilha conducente a Deus - força viva cujas palpitações, através de todas as formas, ele as sentirá no estremecer da sensitiva, como no canto matinal dos passarinhos.
Tudo é numero, correspondência, harmonia, revelação de uma causa inteligente, agindo universal e eternamente".
"(...) É fora dos tumultos da sociedade mundana, é no silencio das profundas meditações que a alma pode rever-se, em face da glória do invisível, manifestada pelo visível.
É nessa visualização de Deus na Terra, que a alma se eleva à noção do verdadeiro.
O ruído longínquo do oceano, a paisagem solitária, as águas cujos murmúrios valem sorrisos, o sono das florestas entrecortado de anseios suspirosos, a altivez impassível das montanhas, tudo abrangendo de alto, são manifestações sensíveis da força que vela no âmago de todas as coisas". 2
"(...) sombras noturnas que flutuais pela encosta das montanhas...
Perfumes que baixais das florestas...
Surdos rumores oceânicos...
Calmarias profundas de noites estreladas...
Tendes-me falado de Deus, certo, com eloqüência mais íntima e mais empolgante, que todos os livros humanos!”1
Nesse refletir, perceberemos ou pressentimos a ação da lei de harmonia que governa tudo, cercando os mais íntimos seres de uma vigilância instintiva que guarda o tesouro da vida continuamente a se vivificar.
"(...) A direção inteligente do Universo deve ser constatada ao mesmo titulo das formas matemáticas. Obstinar-se em só considerar a criatura com os olhos do corpo e jamais com os do Espírito, é parar na superfície". 1
O equilíbrio ecológico perfeito, a estrutura de uma arvore, a composição do ar, da água, esta, nas proporções exatas de oxigênio e hidrogênio possibilitando-lhe ser vitalizadora e não corrosiva, enfim, detalhes nos quais estamos imersos, mergulhados sem percebê-los como determinações inteligentes na Criação.
"(...) No fundo (e nisso reside a maravilha), as leis que rege as relações do som, da luz, do calor, é a mesma que rege o movimento, a formação e o equilíbrio das esferas, de igual maneira que lhes regula as distâncias. Esta lei é, ao mesmo tempo, a dos números, das formas e das idéias. É a lei de harmonia por excelência: é o pensamento, é a ação divina vislumbrada!". 2
Sob esses raciocínios, a idéia de Deus se destaca majestosa, serena acenando para a alma como fonte inesgotável de força, luz e inspiração.
Estudamos em Doutrina Espírita, com Allan Kardec que não há efeito sem causa e que todo efeito inteligente tem uma causa inteligente.
Aplicada tal premissa ao estudo do mundo e das leis universais, falam de uma causa inteligente no Universo, constituindo-se por isso, as reflexões sobre Deus, como um dos pontos essenciais da proposta espírita, aliás, Deus, um dos seus princípios - o primeiro, porque neste, tudo se liga, se coordena e encadeia!
Deus se mostra na sua obra, compreensão que possibilita identificar essa presença na vida como componente fundamental em que Sua presença imanente se manifesta no íntimo de cada um, na consciência profunda de sobrepor-se, buscando no desenvolver das características perfectíveis a integração na busca do Ideal, no viver da vida com a visão da espiritualidade como Espírito imortal que é.
Bibliografia:
Kardec, Allan - O Livro dos Espíritos - 1 a 3
Flamarion, Camille - Deus na Natureza Cap. V
Denis, Leon - O grande enigma IV
Leda Marques Bighetti
Agosto / 2004
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Livro Primeiro
As Causas Primárias
Capítulo I
Deus
I. Deus e o Infinito
II. Provas da Existência de Deus
III. Atributos da Divindade
IV. Panteísmo
I - Deus e o Infinito - 1 a 3
Prosseguindo nossas reflexões sobre Deus, Infinito abordadas no estudo anterior, novas propostas surgem levando-nos a encontrar Deus, que embora imersos Nele, tão longe e distante O percebemos.
Vejamos:
"(...) Pela síntese, o Espírito se eleva à noção de uma lei única
- a lei e força universais, que valem por expressão ativa do pensamento divino.
Luz, calor, eletricidade, magnetismo, atração, afinidade, vida vegetal, instinto, inteligência, tudo deriva de Deus.
O sentimento do belo, a estesia as ciências, a harmonia matemática, a geometria, iluminam essas forcas múltiplas e lhes dão o perfume do ideal. Seja qual for o prisma pelo qual o pensador observe a Natureza, encontra uma trilha conducente a Deus - força viva cujas palpitações, através de todas as formas, ele as sentirá no estremecer da sensitiva, como no canto matinal dos passarinhos.
Tudo é numero, correspondência, harmonia, revelação de uma causa inteligente, agindo universal e eternamente".
"(...) É fora dos tumultos da sociedade mundana, é no silencio das profundas meditações que a alma pode rever-se, em face da glória do invisível, manifestada pelo visível.
É nessa visualização de Deus na Terra, que a alma se eleva à noção do verdadeiro.
O ruído longínquo do oceano, a paisagem solitária, as águas cujos murmúrios valem sorrisos, o sono das florestas entrecortado de anseios suspirosos, a altivez impassível das montanhas, tudo abrangendo de alto, são manifestações sensíveis da força que vela no âmago de todas as coisas". 2
"(...) sombras noturnas que flutuais pela encosta das montanhas...
Perfumes que baixais das florestas...
Surdos rumores oceânicos...
Calmarias profundas de noites estreladas...
Tendes-me falado de Deus, certo, com eloqüência mais íntima e mais empolgante, que todos os livros humanos!”1
Nesse refletir, perceberemos ou pressentimos a ação da lei de harmonia que governa tudo, cercando os mais íntimos seres de uma vigilância instintiva que guarda o tesouro da vida continuamente a se vivificar.
"(...) A direção inteligente do Universo deve ser constatada ao mesmo titulo das formas matemáticas. Obstinar-se em só considerar a criatura com os olhos do corpo e jamais com os do Espírito, é parar na superfície". 1
O equilíbrio ecológico perfeito, a estrutura de uma arvore, a composição do ar, da água, esta, nas proporções exatas de oxigênio e hidrogênio possibilitando-lhe ser vitalizadora e não corrosiva, enfim, detalhes nos quais estamos imersos, mergulhados sem percebê-los como determinações inteligentes na Criação.
"(...) No fundo (e nisso reside a maravilha), as leis que rege as relações do som, da luz, do calor, é a mesma que rege o movimento, a formação e o equilíbrio das esferas, de igual maneira que lhes regula as distâncias. Esta lei é, ao mesmo tempo, a dos números, das formas e das idéias. É a lei de harmonia por excelência: é o pensamento, é a ação divina vislumbrada!". 2
Sob esses raciocínios, a idéia de Deus se destaca majestosa, serena acenando para a alma como fonte inesgotável de força, luz e inspiração.
Estudamos em Doutrina Espírita, com Allan Kardec que não há efeito sem causa e que todo efeito inteligente tem uma causa inteligente.
Aplicada tal premissa ao estudo do mundo e das leis universais, falam de uma causa inteligente no Universo, constituindo-se por isso, as reflexões sobre Deus, como um dos pontos essenciais da proposta espírita, aliás, Deus, um dos seus princípios - o primeiro, porque neste, tudo se liga, se coordena e encadeia!
Deus se mostra na sua obra, compreensão que possibilita identificar essa presença na vida como componente fundamental em que Sua presença imanente se manifesta no íntimo de cada um, na consciência profunda de sobrepor-se, buscando no desenvolver das características perfectíveis a integração na busca do Ideal, no viver da vida com a visão da espiritualidade como Espírito imortal que é.
Bibliografia:
Kardec, Allan - O Livro dos Espíritos - 1 a 3
Flamarion, Camille - Deus na Natureza Cap. V
Denis, Leon - O grande enigma IV
Leda Marques Bighetti
Agosto / 2004
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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
O Livro dos Espíritos Estudo 37
Livro Primeiro
As Causas Primárias
Capítulo I
Deus
I. Deus e o Infinito
II. Provas da Existência de Deus
III. Atributos da Divindade
IV. Panteísmo
I - Deus e o Infinito - 1 a 3
"(...) 1 - O que é Deus?
Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas".1
Recordar que as perguntas são formuladas pela mente pesquisadora, filosófica do Professor Rivail, Allan Kardec, enquanto que as respostas são dadas pelos Espíritos Superiores, comprometidos coma Terceira revelação.
Quando pergunta, que é Deus, usa essa forma porque não visa identificar origem, definir natureza, constituição, humanizar, dar detalhes íntimos que personificam e caracterizam, uma vez que essa é função do pronome quem.
Ao usar, que, busca entender qualificação, propriedades, dotes, virtudes, superioridades, a excelência em atributos que distinguindo de tudo quanto existe, projeta-o no infinito, através da transcendência.
Atendo-se a esse cabedal de superioridade, obtém a resposta.
"(...) Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas". 1
Abrindo a que se visualize um caminho, no qual se compreende a presença de um ser Superior Moral a definir-se em total respeito aos princípios de Justiça, sabedoria, sentimentos e significados pessoais dando sentido às existências, vidas, reencarnes e desencarnes.
"(...) 2 - O que devemos entender por infinito?
Aquilo que não tem começo nem fim: o desconhecido; todo desconhecido é infinito". 1
"(...) 3 - Poderíamos dizer que Deus é infinito?
Definição incompleta. Pobreza da linguagem do homens, insuficiente para definir as coisas que estão além da sua inteligência". 1
Infinito, não finito, sem fim termo ou limite de duração, extensão ou intensidade extremas, imenso, inumerável, incontável.
"(...) palavras que usamos para referir um atributo cujo Carter ignoramos totalmente".
Infinito para o homem, é tudo quanto não consegue conceber, não pode compreender, pois sua mente finita, limitada não tem, não possui registros identificadores para abranger, materializar e melhor entender, esse Absoluto.
Não nos é possível sequer conceber o Nada, o vazio absoluto, do qual Deus teria saído como o Ser Absoluto. Tirar o Absoluto do Nada é uma contradição que o nosso entendimento repele. A existência de Deus, como anterior à Criação é inconcebível. E se algo existia antes, temos um poder criador anterior a Deus. A tese budista do Universo incriado, que sempre existiu, subordina o poder de Deus a essa existência misteriosa e inexplicável. Nos limites da nossa mente esses problemas não cabem, são mistérios que serviram para todos os sofismas, jogos de palavras e conclusões monstruosas do pensamento teológico. Mas quando aplicamos o bom-senso, com a devida modéstia de criaturas finitas e efêmeras, diante do Infinito e da Eternidade, podemos reduzir o ilimitado aos limites da realidade inteligível. Então o raciocínio dedutivo, de ordem científica, que parte do chão da existência evidente, para alcançar pouco a pouco as alturas acessíveis, nos coloca diante de uma realidade que podemos dominar. Deus como Existente, que existe na nossa realidade humana, pode ser tocado com os dedos e sentido, captado pelo nosso sensório comum. Não necessitamos da percepção extra-sensorial para captar a sua existência. O grande erro das religiões é apresentar Deus como enigma insolúvel e exigir que o amemos de todo o coração e todo o entendimento.
Essa colocação contraditória levou-as a um absurdo ainda maior, o de transformar Deus num tirano sádico que nos criou para submeter-nos à tortura e à perdição. Por mais que se fale em amor, misericórdia e piedade, essas palavras nada valem diante das ameaças da escatologia religiosa.
Mas Deus como Existente é o Pai que Jesus nos apresenta em termos racionais, pronto a nos guiar e amparar, anos dar pão e não cobras quando temos fome e a nos convidar incessantemente para o seu Reino de Harmonia e Beleza. Se podemos percebê-lo em nós mesmos, na nossa consciência e no nosso coração, se podemos vê-lo em seu poder criador numa folha de relva, numa flor, num grão de areia e numa estrela se podemos conviver com ele e sentarmos com ele à mesa e partir o pão com os outros, então ele realmente existe em nossa realidade humana e o podemos amar, e de fato o amamos de todo o coração e de todo entendimento. Deus como Existente é o nosso companheiro e o nosso confidente. Não dependemos de intermediários, de atravessadores do mercado da simonia para expor-lhe as nossas dificuldades e pedir a sua ajuda. A existência de Deus se prova então pela intimidade natural (não sobrenatural) que com ele estabelecemos em nossa própria existência". 3
Esse entender afasta o engano da idéia de um ser, todo poderoso, insensível ao sofrimento dos outros que castiga alguns enquanto permite que outros vivam felizes no uso e abuso dos bens terrenos.
Continua em nosso próximo estudo...
Bibliografia:
1. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos - q. 1 a 3
2. FLAMMARION, Camille. Deus na Natureza - cap. V
3. PIRES, José H. Concepção Existencial de Deus - I
4. DENIS, Léon. O Grande Enigma - IV
5. XAVIER, Francisco C. - Emmanuel (Espírito). 117
6. MENSAGENS E ORAÇÕES. Enfim te encontro - pág. 2
Leda Marques Bighetti
Julho / 2004
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As Causas Primárias
Capítulo I
Deus
I. Deus e o Infinito
II. Provas da Existência de Deus
III. Atributos da Divindade
IV. Panteísmo
I - Deus e o Infinito - 1 a 3
"(...) 1 - O que é Deus?
Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas".1
Recordar que as perguntas são formuladas pela mente pesquisadora, filosófica do Professor Rivail, Allan Kardec, enquanto que as respostas são dadas pelos Espíritos Superiores, comprometidos coma Terceira revelação.
Quando pergunta, que é Deus, usa essa forma porque não visa identificar origem, definir natureza, constituição, humanizar, dar detalhes íntimos que personificam e caracterizam, uma vez que essa é função do pronome quem.
Ao usar, que, busca entender qualificação, propriedades, dotes, virtudes, superioridades, a excelência em atributos que distinguindo de tudo quanto existe, projeta-o no infinito, através da transcendência.
Atendo-se a esse cabedal de superioridade, obtém a resposta.
"(...) Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas". 1
Abrindo a que se visualize um caminho, no qual se compreende a presença de um ser Superior Moral a definir-se em total respeito aos princípios de Justiça, sabedoria, sentimentos e significados pessoais dando sentido às existências, vidas, reencarnes e desencarnes.
"(...) 2 - O que devemos entender por infinito?
Aquilo que não tem começo nem fim: o desconhecido; todo desconhecido é infinito". 1
"(...) 3 - Poderíamos dizer que Deus é infinito?
Definição incompleta. Pobreza da linguagem do homens, insuficiente para definir as coisas que estão além da sua inteligência". 1
Infinito, não finito, sem fim termo ou limite de duração, extensão ou intensidade extremas, imenso, inumerável, incontável.
"(...) palavras que usamos para referir um atributo cujo Carter ignoramos totalmente".
Infinito para o homem, é tudo quanto não consegue conceber, não pode compreender, pois sua mente finita, limitada não tem, não possui registros identificadores para abranger, materializar e melhor entender, esse Absoluto.
Não nos é possível sequer conceber o Nada, o vazio absoluto, do qual Deus teria saído como o Ser Absoluto. Tirar o Absoluto do Nada é uma contradição que o nosso entendimento repele. A existência de Deus, como anterior à Criação é inconcebível. E se algo existia antes, temos um poder criador anterior a Deus. A tese budista do Universo incriado, que sempre existiu, subordina o poder de Deus a essa existência misteriosa e inexplicável. Nos limites da nossa mente esses problemas não cabem, são mistérios que serviram para todos os sofismas, jogos de palavras e conclusões monstruosas do pensamento teológico. Mas quando aplicamos o bom-senso, com a devida modéstia de criaturas finitas e efêmeras, diante do Infinito e da Eternidade, podemos reduzir o ilimitado aos limites da realidade inteligível. Então o raciocínio dedutivo, de ordem científica, que parte do chão da existência evidente, para alcançar pouco a pouco as alturas acessíveis, nos coloca diante de uma realidade que podemos dominar. Deus como Existente, que existe na nossa realidade humana, pode ser tocado com os dedos e sentido, captado pelo nosso sensório comum. Não necessitamos da percepção extra-sensorial para captar a sua existência. O grande erro das religiões é apresentar Deus como enigma insolúvel e exigir que o amemos de todo o coração e todo o entendimento.
Essa colocação contraditória levou-as a um absurdo ainda maior, o de transformar Deus num tirano sádico que nos criou para submeter-nos à tortura e à perdição. Por mais que se fale em amor, misericórdia e piedade, essas palavras nada valem diante das ameaças da escatologia religiosa.
Mas Deus como Existente é o Pai que Jesus nos apresenta em termos racionais, pronto a nos guiar e amparar, anos dar pão e não cobras quando temos fome e a nos convidar incessantemente para o seu Reino de Harmonia e Beleza. Se podemos percebê-lo em nós mesmos, na nossa consciência e no nosso coração, se podemos vê-lo em seu poder criador numa folha de relva, numa flor, num grão de areia e numa estrela se podemos conviver com ele e sentarmos com ele à mesa e partir o pão com os outros, então ele realmente existe em nossa realidade humana e o podemos amar, e de fato o amamos de todo o coração e de todo entendimento. Deus como Existente é o nosso companheiro e o nosso confidente. Não dependemos de intermediários, de atravessadores do mercado da simonia para expor-lhe as nossas dificuldades e pedir a sua ajuda. A existência de Deus se prova então pela intimidade natural (não sobrenatural) que com ele estabelecemos em nossa própria existência". 3
Esse entender afasta o engano da idéia de um ser, todo poderoso, insensível ao sofrimento dos outros que castiga alguns enquanto permite que outros vivam felizes no uso e abuso dos bens terrenos.
Continua em nosso próximo estudo...
Bibliografia:
1. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos - q. 1 a 3
2. FLAMMARION, Camille. Deus na Natureza - cap. V
3. PIRES, José H. Concepção Existencial de Deus - I
4. DENIS, Léon. O Grande Enigma - IV
5. XAVIER, Francisco C. - Emmanuel (Espírito). 117
6. MENSAGENS E ORAÇÕES. Enfim te encontro - pág. 2
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Julho / 2004
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O Livro dos Espíritos Estudo 36
As Causas Primárias
Cap. I - Deus
I - Deus e o Infinito
II - As provas da Existência de Deus
III - Atributos da Divindade
IV - Panteísmo
Ao iniciar essa série, o fazemos com as belíssimas reflexões de Eurípedes Barsanulfo.
D E U S
O Universo é obra inteligentíssima, obra que transcende a mais genial inteligência humana. E, como todo efeito inteligente tem uma causa inteligente, é forçoso inferir que o do Universo é superior a toda inteligência. É a inteligência das inteligências, a causa das causas, a lei das leis, o princípio dos princípios, a razão das razões, a consciência das consciências: é DEUS! DEUS!... nome mil vezes santo, que Isaac Newton jamais pronunciava sem descobrir-se!...
E DEUS! DEUS, que vos revelais pela natureza: vossa filha e nossa mãe,. Reconheço-vos eu, Senhor, na poesia da Criação, na criança que sorri, no ancião que tropeça, no mendigo que implora, na mão que assiste, na mãe que vela, no pai que instrui, no apóstolo que evangeliza!
DEUS! Reconheço-vos eu, Senhor, no estro do vate, na eloqüência do orador, na inspiração do artista, na santidade do moralista, na sabedoria do filósofo, nos fogos do gênio!
DEUS! Reconheço-vos eu, Senhor, na flor dos vergeis na relava dos vales, no matiz dos campos, na brisa dos prados, no perfume das Campinas, no murmúrio das fontes, no rumorejo das franças, na música dos bosques, na placidez dos lagos, na altivez dos montes, na amplidão dos oceanos, na majestade do firmamento!
DEUS! Reconheço-vos eu, Senhor, na formação das nebulosas, na origem dos mundos, na gênese dos sóis, no berço das humanidades, na maravilha, no esplendor, no sublime do infinito!
DEUS! Reconheço-vos eu Senhor, com Jesus quando ora: ”Pai nosso que estais nos Céus... ou, com os anjos quando cantam: “Glória a Deus nas alturas...”
ALELUIA!!!
EURÍPEDES BARSANULFO
Sacramento (MG), 18 de Janeiro de 1914
Texto extraído do livro "Eurípedes o homem e a missão", 1a edição - 1979.
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terça-feira, 27 de dezembro de 2011
O Livro dos Espíritos Estudo 35
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DOUTRINA ESPÍRITA
O LIVRO DOS ESPÍRITOS
Prolegômenos
Entendendo-se que a palavra acima significa exposição preliminar dos princípios de uma ciência ou arte; prefácio longo, exposição geral de uma obra - em "O Livro dos Espíritos" após uma "Introdução" longa, redigida e assinada pelo Codificador, segue-se os "Prolegômenos" que também, como vimos no seu significado, é uma introdução ao conteúdo propriamente dito, só que agora, quem assina são os autores espirituais:
• São João Evangelista
• Santo Agostinho
• São Vicente de Paulo
• São Luiz
• O Espírito da Verdade
• Sócrates
• Platão
• Fénelon
• Franklin
• Swedenborg, etc. etc., significando estes etc., que em verdade, outros também colaboraram, cooperaram anonimamente revelando sua elevação, pela sublimidade dos conceitos emitidos.
Espíritos veneráveis, trabalhadores do Bem, nas diferentes épocas e lugares, agora no momento próprio, atuando juntos, graças a mediunidade.
Trabalhando juntos, nos diferentes lugares em torno de um ponto por vez, a ação não sofreria as limitações de outrora, onde o ensino, seria recolhido, enfeixado em obras que se perpetuariam traduzidas inclusive para muitos idiomas, atingindo e beneficiando, cada vez maior número de pessoas.
... "este livro é o compendio de seus ensinamentos. Foi escrito por ordem e sob ditado dos Espíritos superiores, para estabelecer os fundamentos de uma Filosofia racional livre dos prejuízos do espírito de sistema. Nada contém que não seja a expressão do seu pensamento e não tenha sofrido o seu controle. A ordem e a distribuição metódica das matérias, assim como as notas e a forma de algumas partes da redação constituem a única obra daquele que recebeu a missão de o publicar"...
Prolegômenos, portanto, é uma parte elucidativa mediante a qual afirma-se:
• O número de Espíritos que trabalharam nos ensinos, muitos viveram em diferentes épocas na Terra onde deixaram exemplos de virtude e sabedoria.
• Outros, não têm seus nomes conhecidos na História mas sua elevação é atestada pela pureza da doutrina, pela união em torno do ensino maior.
• O meio como os ensino foram obtidos.
• O que o professor Rivail, mais tarde Allan Kardec deduziu deles, ordenando o conhecimento em base lógica.
• Qual a sua parte na elaboração de "O Livro dos Espíritos".
• As recomendações para que o trabalho atinja seu objetivo maior.
Assim, ao estudá-lo, destaca-se:
• O trabalho é dos Espíritos e estes controlaram todos os detalhes
• Vão ser trabalhadas no seu conteúdo, as bases que levarão o homem no seu desenvolvimento tempo-espaço a se reunirem num mesmo sentimento de amor e caridade
• A parte de Hyppolyto León Denizard Rivail, Allan Kardec, será a de compilar, organizar, ordenar todo material reunido.
• Para isso exigem: zelo
Perseverança
Meditação
• Oferecem toda ajuda que se fizer necessária.
• ... "o cabeçalho do livro conterá um ramo de parreira que te desenhamos porque ele é o emblema do trabalho do Criador".
- o corpo é o ramo
- o Espírito é a seiva
- o Espírito quando ligado ao corpo é o bago
"O homem quintessência o Espírito pelo trabalho e tu sabes que não é senão pelo trabalho do corpo que o Espírito adquire conhecimento"...
• Haverá críticas, contraditores, dissidentes, pessoas de má fé, inclusive entre os Espíritos, que procurarão semear a dúvida, a malícia, a ignorância... "prossegue, crê em Deus e marcha confiante ... a Doutrina será sempre a mesma quanto ao fundo, para todos os que receberem as comunicações dos Espíritos superiores".
• Na perseverança exigida, frente aos espinhos encontrados, não se inquietar. Fazer o melhor com confiança e o alvo será atingido. A Doutrina se propagará e a satisfação de vê-la espalhar-se reserva-se ao futuro mais que no presente
• Humildade e desinteresse - condições básicas para a assistência dos bons Espíritos
• Não fazer do... "caminho do céu, de grau para as coisas da Terra"...
• Orgulho e ambição, barreira entre o homem e Deus - afastamento dos Amigos espirituais
• Não é possível servir-se de um cego para compreender a luz onde o fim bom tem que usar de meios igualmente elevados.
Enfim, trabalhar-se-á com fenômenos, com objetos de experimentação, que se pode manifestar no tempo e no espaço segundo as leis do entendimento e no trabalho decorrente se enfeixarão pontos chaves como:
• Ação de uma vontade livre e inteligente
• Essa vontade se exteriorizará através de efeitos ou sinais materiais
• Toda revelação provirá de Espíritos despojados do invólucro corporal
• Estas comunicações estão na ordem natural das coisas. Não se constituem como fato sobrenatural, existentes estes em todas as épocas e povos, agora generalizadas e patentes a todos
• Esses ensinamentos se caracterizarão pela universalidade do ensino e jamais por uma opinião isolada
• Esse trabalho tem caráter universal e visa instruir, esclarecer, abrindo pelo trabalho que gerará em cada um, no sentido da sua renovação moral e nova era ou seja, a renovação da Humanidade
• A Filosofia racional controla nos ensinos isenta dos preconceitos do espírito de sistema. Conclama a posições morais reais, sobre os quais não há como divergir ou contestar a Hyppolyte competia recolher, organizar, distribuir metodicamente as matérias; encadeá-las na seqüência lógica bem como cuidar das notas explicativas de alguns comentários, da forma enfim, das partes do todo.
Após essa preparação propiciada pela "Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita" - "Allan Kardec" - e pelos - "Prolegômenos" - "Vários Espíritos" - fica o estudioso mais preparado para perceber a Ciência que trouxe novos referenciais à Humanidade. Reafirma, a grandeza, misericórdia, a justiça em amor de Deus Pai. Reaviva o Cristianismo na sua pureza, mostrando Jesus como "Caminho - Verdade e a Vida".
Assim abre-se o convite para que conhecendo algo mais de um processo grandioso, belo, impossível quase de perceber sua profundidade, prossigamos juntos no estudo de "O Livro dos Espíritos"
"contendo os princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza os Espíritos, suas relações com os homens; as leis morais, a vida futura e o porvir da Humanidade."
(Segundo o ensinamento dos Espíritos Superiores através de diversos médiuns, recebidos e ordenados por Allan Kardec)
Usaremos a tradução de J. Herculano Pires na 38a edição da Lake - 1978.
Bibliografia:
Kardec, Allan - "O Livro dos Espíritos" - Prolegômenos
Leda Marques Bighetti
Maio / 2004
Centro Espírita Batuira
cebatuira@cebatuira.org.br
Rua Rodrigues Alves,588
Vila Tibério - Cep 14050-390
Ribeirão Preto (SP)
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Reconhecido de Utilidade Pública pela Lei Municipal nº. 3247/76.
O LIVRO DOS ESPÍRITOS
Prolegômenos
Entendendo-se que a palavra acima significa exposição preliminar dos princípios de uma ciência ou arte; prefácio longo, exposição geral de uma obra - em "O Livro dos Espíritos" após uma "Introdução" longa, redigida e assinada pelo Codificador, segue-se os "Prolegômenos" que também, como vimos no seu significado, é uma introdução ao conteúdo propriamente dito, só que agora, quem assina são os autores espirituais:
• São João Evangelista
• Santo Agostinho
• São Vicente de Paulo
• São Luiz
• O Espírito da Verdade
• Sócrates
• Platão
• Fénelon
• Franklin
• Swedenborg, etc. etc., significando estes etc., que em verdade, outros também colaboraram, cooperaram anonimamente revelando sua elevação, pela sublimidade dos conceitos emitidos.
Espíritos veneráveis, trabalhadores do Bem, nas diferentes épocas e lugares, agora no momento próprio, atuando juntos, graças a mediunidade.
Trabalhando juntos, nos diferentes lugares em torno de um ponto por vez, a ação não sofreria as limitações de outrora, onde o ensino, seria recolhido, enfeixado em obras que se perpetuariam traduzidas inclusive para muitos idiomas, atingindo e beneficiando, cada vez maior número de pessoas.
... "este livro é o compendio de seus ensinamentos. Foi escrito por ordem e sob ditado dos Espíritos superiores, para estabelecer os fundamentos de uma Filosofia racional livre dos prejuízos do espírito de sistema. Nada contém que não seja a expressão do seu pensamento e não tenha sofrido o seu controle. A ordem e a distribuição metódica das matérias, assim como as notas e a forma de algumas partes da redação constituem a única obra daquele que recebeu a missão de o publicar"...
Prolegômenos, portanto, é uma parte elucidativa mediante a qual afirma-se:
• O número de Espíritos que trabalharam nos ensinos, muitos viveram em diferentes épocas na Terra onde deixaram exemplos de virtude e sabedoria.
• Outros, não têm seus nomes conhecidos na História mas sua elevação é atestada pela pureza da doutrina, pela união em torno do ensino maior.
• O meio como os ensino foram obtidos.
• O que o professor Rivail, mais tarde Allan Kardec deduziu deles, ordenando o conhecimento em base lógica.
• Qual a sua parte na elaboração de "O Livro dos Espíritos".
• As recomendações para que o trabalho atinja seu objetivo maior.
Assim, ao estudá-lo, destaca-se:
• O trabalho é dos Espíritos e estes controlaram todos os detalhes
• Vão ser trabalhadas no seu conteúdo, as bases que levarão o homem no seu desenvolvimento tempo-espaço a se reunirem num mesmo sentimento de amor e caridade
• A parte de Hyppolyto León Denizard Rivail, Allan Kardec, será a de compilar, organizar, ordenar todo material reunido.
• Para isso exigem: zelo
Perseverança
Meditação
• Oferecem toda ajuda que se fizer necessária.
• ... "o cabeçalho do livro conterá um ramo de parreira que te desenhamos porque ele é o emblema do trabalho do Criador".
- o corpo é o ramo
- o Espírito é a seiva
- o Espírito quando ligado ao corpo é o bago
"O homem quintessência o Espírito pelo trabalho e tu sabes que não é senão pelo trabalho do corpo que o Espírito adquire conhecimento"...
• Haverá críticas, contraditores, dissidentes, pessoas de má fé, inclusive entre os Espíritos, que procurarão semear a dúvida, a malícia, a ignorância... "prossegue, crê em Deus e marcha confiante ... a Doutrina será sempre a mesma quanto ao fundo, para todos os que receberem as comunicações dos Espíritos superiores".
• Na perseverança exigida, frente aos espinhos encontrados, não se inquietar. Fazer o melhor com confiança e o alvo será atingido. A Doutrina se propagará e a satisfação de vê-la espalhar-se reserva-se ao futuro mais que no presente
• Humildade e desinteresse - condições básicas para a assistência dos bons Espíritos
• Não fazer do... "caminho do céu, de grau para as coisas da Terra"...
• Orgulho e ambição, barreira entre o homem e Deus - afastamento dos Amigos espirituais
• Não é possível servir-se de um cego para compreender a luz onde o fim bom tem que usar de meios igualmente elevados.
Enfim, trabalhar-se-á com fenômenos, com objetos de experimentação, que se pode manifestar no tempo e no espaço segundo as leis do entendimento e no trabalho decorrente se enfeixarão pontos chaves como:
• Ação de uma vontade livre e inteligente
• Essa vontade se exteriorizará através de efeitos ou sinais materiais
• Toda revelação provirá de Espíritos despojados do invólucro corporal
• Estas comunicações estão na ordem natural das coisas. Não se constituem como fato sobrenatural, existentes estes em todas as épocas e povos, agora generalizadas e patentes a todos
• Esses ensinamentos se caracterizarão pela universalidade do ensino e jamais por uma opinião isolada
• Esse trabalho tem caráter universal e visa instruir, esclarecer, abrindo pelo trabalho que gerará em cada um, no sentido da sua renovação moral e nova era ou seja, a renovação da Humanidade
• A Filosofia racional controla nos ensinos isenta dos preconceitos do espírito de sistema. Conclama a posições morais reais, sobre os quais não há como divergir ou contestar a Hyppolyte competia recolher, organizar, distribuir metodicamente as matérias; encadeá-las na seqüência lógica bem como cuidar das notas explicativas de alguns comentários, da forma enfim, das partes do todo.
Após essa preparação propiciada pela "Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita" - "Allan Kardec" - e pelos - "Prolegômenos" - "Vários Espíritos" - fica o estudioso mais preparado para perceber a Ciência que trouxe novos referenciais à Humanidade. Reafirma, a grandeza, misericórdia, a justiça em amor de Deus Pai. Reaviva o Cristianismo na sua pureza, mostrando Jesus como "Caminho - Verdade e a Vida".
Assim abre-se o convite para que conhecendo algo mais de um processo grandioso, belo, impossível quase de perceber sua profundidade, prossigamos juntos no estudo de "O Livro dos Espíritos"
"contendo os princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza os Espíritos, suas relações com os homens; as leis morais, a vida futura e o porvir da Humanidade."
(Segundo o ensinamento dos Espíritos Superiores através de diversos médiuns, recebidos e ordenados por Allan Kardec)
Usaremos a tradução de J. Herculano Pires na 38a edição da Lake - 1978.
Bibliografia:
Kardec, Allan - "O Livro dos Espíritos" - Prolegômenos
Leda Marques Bighetti
Maio / 2004
Centro Espírita Batuira
cebatuira@cebatuira.org.br
Rua Rodrigues Alves,588
Vila Tibério - Cep 14050-390
Ribeirão Preto (SP)
CNPJ: 45.249.083/0001-95
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domingo, 18 de dezembro de 2011
O Livro dos Espíritos Estudo 33
INTRODUÇÃO
AO ESTUDO DA DOUTRINA ESPÍRITA
XVII
- PREENCHENDO OS VAZIOS DO ESPAÇO
As reflexões de Allan Kardec, neste
item, levam a analisar, as causas que, de modo geral podem levar o homem ao
ceticismo, duvidando de tudo, negando inclusive, que a Doutrina Espírita contém
qualquer parcela da Verdade.
Apresenta-nos quatro aspectos mais
comuns capazes, cada um por sí, de levar o homem a esse estado de descrença.
Primeiro - a oposição sistemática
- proveniente quase sempre do conhecimento incompleto dos fatos. Estes, atém-se
aos fenômenos. Por desconhecerem métodos, situações, condições facilitadoras ou
impeditivas, dependentes das leis que regulam o fato, ao se posicionarem frente
a eles, obterão resultados insatisfatórios, decepcionantes. Por conseguinte,
escolhem a oposição, negando-os.
O segundo decorre do interesse -
o indivíduo passa a usar o conhecimento real ou não, para adquirir bens, buscar
fins materiais, obter e advogar interesses próprios.
Em determinado instante, conseguidos
seus objetivos, vangloria-se da capacidade, atribui todo resultado ao mérito e
capacidade pessoal.
Num terceiro aspecto - a falta de
bom senso, que não lhes permite discernir o falso do verdadeiro. Não
aplicam a razão, a lógica para analisar os fatos da vida, fixam-se em impulsos,
sem ponderar que, circunstâncias aparentemente simples tem muitos ângulos,
liga-se a vários outros, que nesse passar de olhos superficial perde-se. Crêem
tudo saber, opinam sobre tudo, são infalíveis, sem perceber que o maior indício
de bom senso é saber dos próprios limites, da falibilidade onde ninguém se
constitui como o dono da Verdade.
A quarta causa, a curiosidade,
onde busca-se a Doutrina apenas no que acham sobrenatural, mistério,
maravilhoso, encantamento em fórmulas mágicas, desconhecendo que "O Livro
dos Espíritos" se propõe exatamente a estudar algo mais que acontecimentos
estranhos em passatempos.
Pergunta-se - mesmo pessoas com algum
conhecimento, poderiam em algum momento negar, envolvendo-se no ceticismo.
Num primeiro momento, entender que esse
conhecimento é insuficiente, uma vez que não levou-o a praticar o saber,
mantendo-se atento, vigilante, analisando a sintonia em que se deixa ficar.
Comprazendo-se em posições dúbias conflitantes, sem definição, facilmente, pode
entrar em faixas de descrença, que infundindo desânimo, desperta um lado
negativo que minam as melhores disposições. Decorrente, instalar-se-á o
desgosto pelo estudo, o afastamento de pessoas e locais onde o ideal é mantido.
Outro aspecto, este bastante comum,
decorre de fixar-se a beleza, a grandiosidade da Doutrina, nas pessoas que de
um modo ou outro, explanam, divulgam os princípios básicos. Quando esse eixo se
inverte, dando importância ao dirigente ou divulgador, e não a Doutrina, qualquer
decepção em relação ao primeiro, é motivo para negar-se o segundo.
Os inovadores, também se constituem
como pontos destacados na dissidência ao pensamento espírita formando partidos
onde as interpretações pessoais desvinculam-se da Codificação.
Daí a imperiosidade de estudar,
conhecer para ter condição de comparar, aferir, se for o caso a fim de que não
se entregue o homem às utopias dos novos sistemas.
Saber que a Ciência Espírita contém
duas partes:
·
A experimental - que se
ocupa, trata das manifestações em geral.
·
A filosófica - sobre as
manifestações inteligentes, é imprescindível. Se nos detivermos em apenas uma
delas, ficaremos na posição daquele que só vê uma nuance do conjunto.
A
Doutrina Espírita está no ensinamento dado pelos Espíritos. São tão intensos,
sérios, que não há outra forma de percebê-los, senão através do estudo
profundo, continuado, feito no silêncio e no recolhimento. Sem isso um número
infinito de detalhes escapam ao observador superficial, e não lhe permitindo ver
o todo, o objetivo, a finalidade, impede-o de formar opinião firme, segura,
precisa.
Observando
a Natureza destaca-se a série de seres que a compõem formando cadeia sem
solução de continuidade, desde a matéria bruta até o homem. Se aplicarmos o mesmo
raciocínio, caminhando desse homem até Deus, no primeiro momento encontrar-se-á
um hiato, não há continuidade, suscitando tal raciocínio três questionamentos:
1. É o homem o último elo da cadeia?
2. Transporia ele, de modo direto, sem escalas, essa distância
que se interpõe entre ele e Deus?
3. Se há algo nesse espaço, o que é? Quem o preenche?
A
Ciência filosófica da Doutrina Espírita explica esse vazio, quando ensina que o
homem não é o último elo da cadeia evolutiva. Depois dele até Deus, há uma
imensa população de seres, em todas as categorias, em todos os graus de
desenvolvimento ou atraso, interligados em caminhada na volta para o Pai, onde
esses seres dos espaços invisíveis nada mais são do que os Espíritos dos
homens, que quando encarnados, também se caracterizavam pelos diferentes graus
de perfeição ou imperfeição, provando que não há espaços vazios, tudo se
encadeando na busca da Perfeição.
... "concluiremos com uma derradeira consideração. Os astrônomos,
sondando os espaços, encontraram na distribuição dos corpos celestes lacunas
injustificáveis e em desacordo com as leis do conjunto. Suspeitaram que essas
lacunas deviam corresponder a corpos que haviam escapado às observações. Por
outro lado, observaram certos efeitos, cuja causa lhes era desconhecida e
disseram a si mesmos: - 'Ali deve haver um mundo, porque essa lacuna não pode
existir e esses efeitos devem ter uma causa.' Julgando então, da causa pelos
efeitos puderam calcular os elementos, e mais tarde os fatos vieram justificar
as suas previsões. Apliquemos este raciocínio a outra ordem de idéias."
Bibliografia:
Kardec, Allan - "O Livro dos
Espíritos" - Introdução XVII
Kardec, Allan - "Revista
Espírita" - 1862 - Setembro
Leda
Marques Bighetti
Março / 2004
Março / 2004
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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
O Livro dos Espíritos Estudo 32
INTRODUÇÃO
AO ESTUDO DA DOUTRINA ESPÍRITA
XVI
b - A TEORIA MAGNÉTICA E A DO MEIO AMBIENTE
2 - Afirmações em relação à teoria do
meio ambiente
— o médium é fonte das manifestações,
mas em vez de tirá-las de si, tira-as, capta das energias esparsas no meio
ambiente
— é o médium, espécie de espelho que
reflete todas as idéias, pensamentos e conhecimentos das pessoas que o cercam:
- tudo o que diz ou escreve, é do conhecimento de pelo menos algumas das
pessoas presentes.
2:1 - Reflexões:
realmente, os assistentes podem influir
na natureza das manifestações, isso é perfeitamente reconhecido pela Doutrina,
porém, não transforma, não faz do médium eco dos pensamentos alheios ou da
assistência em si.
A grande parte das comunicações
recebidas são completamente estranhas aos pensamentos do médium, aos
conhecimentos que possui, às opiniões dos presentes. Geralmente são espontâneas
contradizendo idéias pré-concebidas.
Seres, Espíritos, almas daqueles homens
outrora encarnados, habitando agora dimensão, matéria hiper física em contato,
interpretando-se os dois mundos onde as comunicações se processam mente a mente
nas ondas em sintonia, nada tem que choque a razão.
As primeiras manifestações na América,
na França, não se verificaram, nem pela escrita, nem pela palavra mas através
de pancadas que refletiam, expressavam uma onda mental inteligente. A
combinação das pancadas significando letras, os meios posteriormente em
progressos que facilitavam a comunicação, foram indicados por essas mentes que
aí se identificaram, se declararam ser Espíritos - almas daqueles que viviam
sem o corpo material.
Se, por acaso, admitíssemos a
intervenção do meio, no pensamento do médium, nas comunicações orais ou
escritas, o mesmo não poderia acontecer em relação às pancadas, cuja
significação não poderia ser conhecida previamente.
A inteligência manifestante é uma
individualidade com absoluta independência de vontade. O médium também o é.
Ambos exercitam o livre-arbítrio em toda sua plenitude, necessitando portanto,
que essas duas vontades se situem em ondas acordes para que a emissão e
captação se processe.
... "não há arrastamento
irresistível: o homem pode sempre fechar os ouvidos à voz oculta que em seu
foro íntimo o solicita para o mal, assim como pode fechar os ouvidos, à voz
material daquele que lhe fala”...
Se o médium agisse pela impulsão mental dos assistentes, tal princípio implicaria em perda, não só da independência como também da individualidade.
Poderíamos ainda perguntar: - por que
os Espíritos vêm e vão num determinado momento? Por que, passando esse
instante, não há preces, súplicas ou chamamentos que os façam retornar?
Se o médium agisse pela impulsão mental
dos assistentes, nessa circunstância o concurso de todas as vontades reunidas,
deveria fazê-los voltar.
Se entretanto, eles não cedem aos
desejos da assembléia, demonstram uma vontade própria ou que obedecem a uma
influência estranha tanto em relação ao médium como aos Espíritos, onde nenhum
deles se despersonaliza.
A observação prolongada e atenta, o
estudo minucioso, mostra uma multidão de fatos em que, sem a participação do
médium como instrumento passivo do processo, materialmente seria impossível
realizar.
Bibliografia
Kardec, Allan - "O Livro dos
Espíritos" - Introdução XVI
Kardec, Allan - "Revista
Espírita" - 1858 - Março e Outubro - 1867 - Junho
Leda
Marques Bighetti
Fevereiro / 2004
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