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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

CAINDO EM SI


Corriqueiramente, caminhamos iludidos quanto à finalidade da vida na Terra.
Elucidando as palavras do Mestre no Evangelho de Lucas, o mentor Emmanuel esclarece tal propósito e alerta-nos que, encarnados tal como nos encontramos, podemos, ainda hoje, retomar o caminho da renovação espiritual.
 "Caindo, porém, em si..." - LUCAS, 15:17
 Este pequeno trecho da parábola do filho pródigo desperta valiosas considerações em torno da vida.
Judas sonhou com o domínio político do Evangelho, interessado na transformação compulsória das criaturas; contudo, quando caiu em si, era demasiado tarde, porque o Divino Amigo fora entregue a juízes cruéis.
Outras personagens da Boa Nova, porém, tornaram a si, a tempo de realizarem salvadora retificação. 
Maria de Magdala pusera a vida íntima nas mãos de gênios perversos, todavia, caindo em si, sob a influência do Cristo, observa o tempo perdido e conquista a mais elevada dignidade espiritual, por intermédio da humildade e da renunciação.
Pedro, intimidado ante as ameaças de perseguição e sofrimento, nega o Mestre Divino; entretanto, caindo em si, ao se lhe deparar o olhar compassivo de Jesus, chora amargamente e avança, resoluto, para a sua reabilitação no apostolado.
Paulo confia-se a desvairada paixão contra o Cristianismo e persegue, furioso, todas as manifestações do Evangelho nascente; no entanto, caindo em si, perante o chamado sublime do Senhor, penitencia-se dos seus erros e converte-se num dos mais brilhantes colaboradores do triunfo cristão.
Há grande massa de crentes de todos os matizes, nas mais diversas linhas da fé, todavia, reinam entre eles a perturbação e a dúvida, porque vivem mergulhados nas interpretações puramente verbalistas da revelação celeste, em gozos fantasistas, em mentiras da hora carnal ou imantados à casca da vida a que se prendem desavisados.
Para eles, a alegria é o interesse imediatista satisfeito e a paz é a sensação passageira de bem-estar do corpo de carne, sem dor alguma, a fim de que possam comer e beber sem impedimento.
Cai, contudo, em ti mesmo, sob a bênção de Jesus e, transferindo-te, então, da inércia para o trabalho incessante pela tua redenção, observarás, surpreendido, como a vida é diferente.

Fonte Viva – Emmanuel, psic. Francisco C. Xavier - lição 88
(Compilado por Sheila)

Correio da Fraternidade
ANO 21 – nº 250- Abril de 2010 Distribuição Gratuita
Grupo Espírita “Irmão Vicente”
O Grupo Espírita “Irmão Vicente”, abreviadamente GEIV, foi fundado em 1º de janeiro de 1962, como Associação religiosa e filantrópica, de duração ilimitada e com fins não econômicos, com sede e foro na cidade de Campinas, estado de São Paulo.
http://www.annesullivan.com.br/mantenedora.html

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

ÊXITOS E INSUCESSOS


“Sei viver em penúria e sei também viver em abundância.” – PAULO. (Filipenses, 4:12.)

Em cada comunidade social, existem pessoas numerosas, demasiadamente preocupadas quanto aos sucessos particularistas, afirmando-se ansiosas pelo ensejo de evidência. São justamente as que menos se fixam nas posições de destaque, quando convidadas aos postos mais altos do mundo, estragando, desastradamente, as oportunidades de elevação que a vida lhes confere.
Quase sempre, os que aprenderam a suportar a pobreza é que sabem administrar, com mais propriedade, os recursos materiais.
Por esta razão, um tesouro amontoado para quem não trabalhou em sua posse é, muitas vezes, causa de crime, separatividade e perturbação.
Pais trabalhadores e honestos formarão nos filhos a mentalidade do esforço próprio e da cooperação afetiva, ao passo que os progenitores egoístas e descuidados favorecerão nos descendentes a inutilidade e a preguiça.
Paulo de Tarso, na lição à igreja de Filipos, refere-se ao precioso imperativo do caminho no que se reporta ao equilíbrio, demonstrando a necessidade do discípulo, quanto à valorização da pobreza e da fortuna, da escassez e da abundância.
O êxito e o insucesso são duas taças guardando elementos diversos que, contudo, se adaptam às mesmas finalidades sublimes.
A ignorância humana, entretanto, encontra no primeiro o licor da embriaguez e no segundo identifica o fel para a desesperação. Nisto reside o erro profundo, porque o sábio extrairá da alegria e da dor, da fartura ou da escassez, o conteúdo divino.

Pão Nosso – Emmanuel, psic. Francisco C. Xavier – lição 56

(Compilado por Delcio)

Correio da Fraternidade
ANO 20 – nº 238- Abril de 2009 Distribuição Gratuita
Grupo Espírita “Irmão Vicente”
O Grupo Espírita “Irmão Vicente”, abreviadamente GEIV, foi fundado em 1º de janeiro de 1962, como Associação religiosa e filantrópica, de duração ilimitada e com fins não econômicos, com sede e foro na cidade de Campinas, estado de São Paulo.
http://www.annesullivan.com.br/mantenedora.html


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

PARáBOLA DOS TALENTOS


 Visão Espírita
por: Dr. Aguinaldo de Paula Vasconcelos


Jesus, como educador da humanidade, sabendo que as estórias contadas traziam maior rendimento no aprendizado das pessoas, fazia a divulgação de Sua doutrina muitas vezes através de parábolas.

A parábola dos talentos retrata muito bem a responsabilidade que temos diante de tudo com que Deus nos agraciou para executarmos nosso plano de progresso espiritual nesta existência.

Disse Jesus que um homem ao sair para cuidar de seus negócios, numa região distante, chamou três funcionários seus e lhes concedeu alguns talentos, que era a moeda da época, para que eles negociassem durante sua ausência.

Ao primeiro ele concedeu cinco talentos; ao segundo, dois talentos e ao terceiro, um talento, dizendo a eles, que ao voltar, deveriam prestar-lhe contas dos respectivos talentos.

Para que possamos entender melhor o valor dos talentos doados pelo senhor aos seus súditos, um talento, à época de Jesus, valia seis mil denários. Um denário era equivalente a um dia de trabalho. Portanto, expressando na moeda brasileira vigente, um talento valia cento e vinte mil Reais; dois talentos, duzentos e quarenta mil Reais e cinco talentos, seissentos mil Reais. Como observamos, a doação era muito expressiva.

Ao voltar, reuniu seus súditos e lhes cobrou a acerto de contas.

O que tinha recebido cinco talentos, devolveu-lhe mais cinco talentos e o senhor alegrou-se com a dedicação do funcionário e lhe respondeu; - fiel e bom servidor, muito me alegro com sua dedicação. Fique, portanto, com os dez talentos e continue trabalhando com eles.

Chamou em seguida o outro a quem lhe havia cedido dois talentos, que por sua vez, também lhe devolveu o dobro do recebido, ou seja, quatro talentos. O senhor se alegrou e lhe disse o mesmo que havia dito ao primeiro prestador de contas.

Quando o terceiro veio para prestar contas, disse ao senhor:- eu sei que o senhor é muito criterioso e que ceifa onde não semeou, portanto, eu enterrei o seu talento e estou lho devolvendo.

Aquele senhor ficou aborrecido com a infidelidade daquele súdito, respondendo-lhe imediatamente:- infiel e mau servidor, você deveria pelo menos colocar o talento na mão de um banqueiro e me devolver com os juros. Disse aos seus auxiliares que tirassem o talento dele e dessem-no ao que tinha dez talentos, atirando o servidor às trevas exteriores.

Esta parábola retrata exatamente o que acontece conosco ao reencarnarmos. 
 
Quando assim o fazemos, Deus nos concede uma imensidão de talentos, tais como: familia, mente , órgãos do sentido, saúde, braços, pernas, o trabalho, o dinheiro, o tempo e tantos outros.

É evidente que precisamos prestar contas a Ele quando voltarmos à Pátria espiritual. Se usarmos bem os talentos, tantos outros nos serão acrescentados, mas se usarmo-los de uma maneira indevida, eles serão retirados.

Quantas pessoas que abandonam a família, para depois reencarnarem órfãs ou perderem seus entes queridos muito precocemente.

Quando não usam a mente de maneira eficaz, renascem com dificuldades homéricas com relação ao intelecto.

Ao usarem mal os ouvidos, a fala e os olhos, desestruturam o perispírito, moldando um corpo com defeito nestas áreas para outra experiência no corpo físico.

Aqueles que não cuidam da saúde e chegam até mesmo a conspurcá-la com os vícios, voltam à terra doentes, tendo imensa dificuldade devido à insanidade física e mental.

Sendo o trabalho um dos melhores elementos de elevação espiritual, as pessoas preguiçosas ou equivocadas, que se aposentam muito cedo , para não fazerem mais nada, certamente terão dificuldade para arrumarem emprego em outra reencarnação.

O dinheiro é um ótimo talento para ajudarmos os outros menos aquinhoados, sendo que se o utilizarmos indevidamente correremos o risco quase certo de nascermos pobres com profundas limitações na área social e econômica na próxima existência.

Segundo Emmanuel, mentor espiritual de Chico Xavier, quem perde tempo, lesa a vida. Então precisamos ter muito cuidado com o mau uso do tempo, desperdiçando-o. Como o amanhã está intrinsecamente ligado ao hoje, é de bom alvitre que aproveitemos muito bem o tempo, como todos os outros talentos na construção de nosso progresso espiritual.

O fato daquele senhor ter dado mais talentos a um funcionário que aos demais, é porque ele era melhor do que os outros . Isto significa que ao fazermos nosso programa reencarnatório, quanto mais tivermos nos dedicado ao trabalho, ao progresso, justificando-nos perante a vontade Divina, mais seremos premiados pelos talentos doados por Deus.

As trevas exteriores, onde foi lançado o mau servo, são representadas pela nova necessidade reencarnatória, com a finalidade de expiarmos nossos débitos, pelo mau uso de nossas oportunidades.
 
Como a gratidão é um dos mais importantes sentimentos, devemos agradecer a Deus , a Jesus e aos Espíritos amigos por tudo que temos recebido, em forma de talentos, para a execução de nosso plano evolutivo, ao invés de reclamarmos pelos desafios necessários ao nosso aprendizado.

JORNAL VERDADE  E  VIDA
ADDE - ASSOCIAÇÃO DE DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA E SPIRITA 
ANO 01 NÚMERO 03 FEVEREIRO/ MARÇO 2012
Este jornal é uma publicação da ADDE - Associação de Divulgação da Doutrina Espírita
(CNPJ 08.195.888/0001-77) - para a região de São José do Rio Preto/SP.
Os textos assinados são de responsabilidade de seus autores.
Coord. Editorial: Rafael Bernardo - contato@rafabernardo.com.br
Diagramação: Junior Pinheiro - jrpinheironanet@yahoo.com.br
Jornalista Resp: Renata S. Girodo de Souza - renatagirodo@ig.com.br - MTB 67369/SP
Receba o jornal em sua Casa Espírita cadastrando-se no site ou por meio do e-mail: verdadeevida@adde.com.br
Tiragem: 5.000 exemplares
Distribuição Gratuita

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

PALAVRAS DE VIDA ETERNA - ESTUDO 52


Livro: "Palavras de Vida Eterna" - Emmanuel / F.C. Xavier

Lição n. 52 - Palavra Escrita

                      "Examinai tudo, retende o bem". - Paulo

(I TESSALONICENSES, 5:21)

Com as palavras acima dirigidas aos tessalonicenses, o apóstolo Paulo sinaliza a todos os seguidores do Cristo que fiquem longe de toda espécie de mal.

Sem a devida compreensão, pessoas se utilizam das palavras de Paulo para assegurar que os estudiosos do Evangelho devem ler tudo sem restrições. Talvez, no entendimento delas, o fato de seguir os ensinamentos do Cristo é suficiente para dar discernimento e equilíbrio, podendo as pessoas lerem e verem tudo, sem se deixar influenciar pelas obras de conteúdo duvidoso.

Alegam, essas pessoas, que para termos opinião a respeito dos diversos assuntos, sabermos separar o que é bom do que é ruim, precisamos ler tudo o que nos chega às mãos.

Esse pensamento não é totalmente desprovido de verdade, mas, para saber analisar e separar o que é bom, aproveitável, o que vai contribuir para o crescimento das pessoas, que vai aumentar os conhecimentos que elevam o ser, é necessário que seja alguém com amadurecimento mental, que tenha discernimento.

Não é aconselhável que, crianças e pessoas pouco amadurecidas tenham contato com todo tipo de leitura e que tudo vejam, quando sabemos que existem obras de conteúdo duvidoso, que confundem a mente, ainda, infantilizada, exercendo sobre elas influência negativa.

Como cada pessoa está em um grau evolutivo, e, portanto, as necessidades variam de indivíduo para indivíduo, fica evidente que nem todos reúnem condições para avaliar com proveito, não só em relação ao que é escrito, mas, também, às imagens negativas de toda espécie, que hoje é tão comum nos veículos de comunicação.

Em "O Consolador", questão 124, Emmanuel, diz: " A palavra escrita ou falada é um dom divino; é através dela que o homem recebe o patrimônio das experiências sagradas de quantos o antecederam no mecanismo evolutivo das civilizações. É por intermédio de seus poderes que se transmite, de gerações a gerações, o fogo divino do progresso".

As palavras de Jesus, escritas pelos apóstolos no Evangelho, se constituem em alimento da vida eterna, pois, é pelo livro digno que recebemos o ensinamento e a orientação, o reajuste mental e a renovação interior.

Somente os escritos nobres que esclarecem a inteligência e iluminam a razão, serão capazes de vencer as trevas que envolvem a Humanidade, auxiliando o Espírito imortal na sua caminhada evolutiva.

As pessoas que se sentem com equilíbrio suficiente, estão em condições de ler e analisar tudo, desde que não esqueçam que devem reter apenas o que contribui para a sua evolução espiritual, e para ajudar aqueles que, ainda, não pensam com a mesma segurança e equilíbrio.

I TESSALONICENSES 5
21 mas ponde tudo à prova. Retende o que é bom;


Maria Aparecida Ferreira Lovo
Novembro / 2005


Centro Espírita Batuira
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sábado, 28 de janeiro de 2012

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – ESTUDO 104


CAPÍTULO XI: AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO



INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS: ITEM 15



CARIDADE COM OS CRIMINOSOS


Robert Felicité de Lamennais, que assina esta mensagem, de 1862, foi um padre, filósofo e escritor francês, nascido em Saint - Malo, França em 1782.
             Foi autodidata, tendo sido ordenado sacerdote em 1816, aos 34 anos.
             Escreveu livros defendendo a autoridade da Igreja contra as tendências de independência da Igreja francesa, de 1825 a 1829.
             Depois, muda para um catolicismo mais liberal, funda um jornal L’Avenir (O Futuro), defendendo mais justiça social e a separação da Igreja e do Estado.
             Suas opiniões são condenadas pelo Papa Gregório VI, na encíclica Mirare vos (1832).
             Em 1834, publica Palavras de Um Crente, obra lírica, onde lança um apelo em favor da liberdade da igreja, que provoca sua ruptura com o Vaticano, pela encíclica Singulari nos (1837).
             Continua escrevendo livros, desenvolvendo sua concepção de um cristianismo sem igreja, capaz de reagrupar o povo, conduzindo-o ao progresso pela caridade.
             Em 1841, ataca o governo, e foi condenado á prisão por um ano.
             Em 1848, foi eleito deputado.
             Desencarna em Paris, em 1854, sem ter-se reconciliado com a igreja católica.
             Nesta mensagem de 1862, ele responde à questão:
             “Um homem está em perigo de vida. Para salvá-lo, deve-se expor a própria vida. Mas sabe-se que é um malvado, e que, se escapar, poderá cometer novos crimes. Deve-se, apesar disso, arriscar-se para o salvar?"
             Afirma que responderá segundo o seu “adiantamento moral, desde que se trata de saber se devemos expor a vida, mesmo por um malfeitor.”
             “A abnegação é cega. Socorre-se um inimigo; deve-se socorrer também um inimigo da sociedade...”, justificando essa última afirmativa com o argumento de que, provavelmente, com esse gesto está-se arrebatando-o da morte, mas também da sua vida passada.
             Nesses momentos em que ele corre o risco de desencarne, toda sua vida se ergue diante dele, em frações de segundos, podendo despertá-lo para o arrependimento, para uma transformação, que o faz merecedor de continuar sua existência.
             O Espiritismo, esclarecendo a continuidade da vida do Espírito, demonstra que sempre a caridade deve falar mais alto, independentemente das qualificações das pessoas, pois ninguém pode prever as reações dos homens, diante de um ato de amor.
             Assim, mesmo se não acontecer a vontade de transformar-se, ainda assim, a caridade para com o próximo será sempre a melhor solução, tanto para quem dá como para quem recebe.
             Como ninguém pode saber o que se passa no interior de qualquer pessoa, não se pode deixar de fazer o bem para evitar supostas conseqüências.
             Podemos lembrar também que se houver o desencarne do salvador, provavelmente, ele já estava previsto para ser desta forma, por alguma dívida do passado. Ele fez o que sentiu dever fazer. Mas, mesmo se assim não for, esse desencarne será sempre um ato de amor ao próximo, que o engrandecerá diante da Espiritualidade Maior.
             Sempre que houver a possibilidade de auxiliar alguém, deve-se fazê-lo, sem indagar do seu merecimento ou não. “Podeis salvá-lo: salvai-o.”
  
Bibliografia:
KARDEC, Allan - “O Evangelho Segundo o Espiritismo”

Leda de Almeida Rezende Ebner
Fevereiro / 2010


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domingo, 15 de janeiro de 2012

102 – O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

 – ALLAN KARDEC

CAPÍTULO XI: AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO

INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS: A FÉ E A CARIDADE – ITEM 13

               O ESPÍRITO PROTETOR, como se intitulou o autor da mensagem, faz uma afirmação, difícil de aceitar à primeira leitura: “Eu vos disse, recentemente, meus queridos filhos, que a caridade sem a fé não seria suficiente para manter entre os homens uma ordem social capaz de fazê-los felizes. Deveria ter dito que a caridade é impossível sem a fé”.

             Pelo texto, compreende-se que ele se refere à fé em Deus, nas Suas leis, na vida futura, à fé religiosa.

             Todavia, sabemos que existem, e sempre existiram, pessoas sem fé em Deus, sem fé religiosa, que usaram de caridade para com o próximo.

             Mas, a caridade a que ele se refere é a do amor em ação, ou seja, é aquela que leva o homem às renúncias de si mesmo em favor de outros; aquela, exercida com abnegação, com dedicação, colocando as necessidades alheias acima das suas; aquela que sacrifica todo o interesse egoísta para pensar nos interesses alheios; aquela que se compraz, sente prazer em beneficiar, não precisando de satisfações pessoais para sentir-se contente, colocando a sua felicidade no ato de tornar os outros felizes; aquela que leva o homem a esquecer-se de si para lembrar-se de outros.

             Essa caridade, somente a fé firme e segura em Deus, no seu amor, na sua justiça, na sua sabedoria, nas suas leis, é capaz de vivenciar, “porque nada além dela nos faz carregar com coragem e perseverança a cruz desta vida”.

             A fé consciente, inabalável, leva o homem a compreender a transitoriedade da vida na Terra, dando, aos valores materiais, a importância relativa que eles têm para o Espírito imortal, não se prendendo a eles, mas buscando usá-los em favor de outros, a fim de suavizar os sofrimentos alheios.

             Somente uma fé religiosa, bastante firme e segura, é capaz de demonstrar ao homem que ele está na Terra para desenvolver-se, intelectual e moralmente, desviando-o da busca ávida de uma felicidade nos prazeres materiais, que lhe dão apenas a ilusão de ser feliz.
             Vivemos em um mundo, “aparentemente” injusto, visto apenas do ponto de vista de uma única existência.

             Todavia, analisando sob o ponto de vista das vidas sucessivas, compreendemos que as “aparentes” injustiças, são os efeitos dos males praticados nesta vida ou em outras: é a lei de ação e reação, ou de causa e efeito, acontecendo, a fim de auxiliar o aperfeiçoamento espiritual do homem.

             Mas, não estamos condenados a viver assim, eternamente. À medida que os homens da Terra forem se desenvolvendo, moralmente, tanto quanto intelectualmente, as dores e os sofrimentos vão se tornando menores até se tornarem desnecessários.

             Aí, nosso mundo se tornará um mundo melhor, mais fraterno, mais solidário, com preocupações de paz e felicidade para todos, em todos os aspectos.

             Até lá, necessário é desenvolver a fé raciocinada, que sabe quem somos quem fomos o que seremos o que aqui devemos fazer e como fazer, para, no desenvolvimento do amor em nós, vivenciarmos o amor ao próximo.
Até lá, precisamos exercitar a solidariedade, a fraternidade, a tolerância, a generosidade, todas as facetas da caridade, uns para com os outros, como pudermos, aperfeiçoando-nos nos valores espirituais que só a fé religiosa tem condição de despertar, de fazer desabrochar.

             Até lá, precisamos aprender a viver na diversidade de gostos, de interesses, de tendências, de necessidades, que esta humanidade apresenta, exercitando-nos na caridade que a fé religiosa estimula, porque “somente à custa de concessões e de sacrifícios mútuos, é que podeis manter a harmonia entre elementos tão diversos”.

             A felicidade plena não existe na Terra, pela própria imperfeição dos seus habitantes.

             Todavia, pode-se gozar de uma felicidade relativa, dedicando-se à prática do bem, sem perder tempo em procurá-la onde não está.

             Diferentemente dos primeiros tempos do cristianismo, hoje não é necessário, para o verdadeiro cristão, o sacrifício da vida, mas faz-se premente “o sacrifício do egoísmo, do orgulho e da vaidade. Triunfareis se a caridade vos inspirar e fordes sustentados pela fé”.

 Bibliografia:

KARDEC, Allan - “O Evangelho Segundo o Espiritismo”


Leda de Almeida Rezende Ebner
Dezembro / 2009

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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

PALAVRAS DE VIDA ETERNA - ESTUDO 48

LIVRO: “PALAVRAS DE VIDA ETERNA”

Francisco Cândido Xavier pelo Espírito Emmanuel

Caridade e Riqueza

"Pois somos a feitura dele, criados em Jesus Cristo para boas obras."- Paulo
                                            (EFÉSIOS, 2:10)

As boas obras da caridade vêm naturalmente de conformidade com a fé, a confiança e são espontâneas, pois, conforme disse Tiago a fé sem obras é estéril, morta em si mesma.

"Porque somos feitura Sua, criados em Jesus Cristo para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas", escreveu Paulo aos efésios, para que compreendessem que as boas obras são condição inalienável para quem quer seguir Jesus, é o bem surgindo espontaneamente em nós, que somos "feitura Sua", quando atingirmos a perfeição do Espírito.

Hoje, ainda, muitas pessoas têm visão limitada sobre o que é caridade. Acreditam que ser caridoso é simplesmente distribuir bens materiais.

A Doutrina Espírita ensina que existem outras formas pelas quais se pode exercer a caridade, independente dos cuidados que se tem com aqueles que estão em dificuldade financeira.

A caridade material pode ser aplicada a certo número de pessoas sob a forma de socorro, amparo, etc.

A caridade moral abrange a todas as pessoas que de alguma forma convivem conosco. Não consiste em esmolas, porém, numa benevolência que deve envolver todas as criaturas, tanto o rico como o pobre, o intelectual como o ignorante, e para exercer essa caridade não há necessidade de riqueza material, mas, da única riqueza que não oferece perigos, é a riqueza espiritual, os tesouros morais que o homem venha a adquirir.

É a riqueza que se traduz na posse dos sentimentos elevados, da qual o maior exemplo que a Terra conhece é Jesus, que sem possuir nenhum bem material foi quem mais fez pelos semelhantes, quem mais espalhou o bem com os bens sublimes do Espírito. Deu assistência aos enfermos, encorajou os desalentados, consolou os aflitos, etc.

No entanto, a riqueza material não pode ser considerada uma coisa ruim, porque em si mesma ela é neutra, o uso que se faz dela é que vai determinar a sua utilidade boa ou não.
Todas as pessoas, independente da situação financeira, podem distribuir da riqueza interior que já conquistou, sendo tolerante, compreensivo, etc.

A Doutrina Espírita, embora estabelecendo a necessidade de o homem promover e praticar a caridade material, necessária e de grande significado defende, também, e especialmente, pela caridade moral, a que exige melhores condições do Espírito, portanto, mais importante, quando conclama aquele que a pratica à própria elevação com que se sublima e edifica interiormente.



Maria Aparecida Ferreira Lovo
Julho / 2005

EFÉSIOS 2
10 Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas.

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