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terça-feira, 21 de agosto de 2012

ANOMALIAS CONGÊNITAS


por: Jorge Hessen

Bethany Jordan, uma garota da cidade inglesa de Stourbridge, sofre da Síndrome de Ivemark, caracterizada, também, por problemas cardiovasculares que é uma síndrome patológica de etiologia desconhecida. (1) Jordan nasceu com alguns de seus órgãos invertidos, isso mesmo! O fígado, o intestino e o baço estavam posicionados de trás para frente. O fenômeno foi descoberto em exames de ultra-som enquanto ela ainda estava no útero de Lisa, sua mãe. Na época, os médicos disseram que Jordan teria poucas chances de sobreviver ao parto. A menina Bethany, além de ter os órgãos mal posicionados, também nasceu com outros problemas de saúde, como os dois pulmões que convergiam em um formato, apenas, do pulmão esquerdo, e um buraco no coração. Porém, os pesquisadores se surpreenderam ao constatar que a menina sobrevivera até completar seis anos de idade.
O fato nos induz à reflexão sobre o perispírito, a Lei da Causa e Efeito, reencarnação, suicídio, entre outros temas que a Doutrina Espírita nos apresenta.
Antes de renascermos, examinando nossas próprias necessidades de aperfeiçoamento moral, muitas vezes, rogamos a limitação psicomotora na nova experiência física, para que essa condição nos induza à elevação de sentimentos. Pedimos aos Benfeitores a enfermidade de longa duração, capaz de nos educar os impulsos; essa ou aquela lesão física que nos exercite a disciplina; determinada mutilação que nos iniba o arrastamento à agressividade exagerada; o complexo psicológico que nos remova as idéias, etc. É a lógica de justiça da Reencarnação, o que nos remete a analisar as patologias congênitas pelo Princípio de Causa e Efeito. Em verdade, já vivemos, aqui na Terra, inúmeras vezes e trouxemos gravados os registros de nossas aquisições anteriores e desatinos, quais fulcros energéticos em núcleos de potenciação, e, na ligação do perispírito ao óvulo, espelhamos, nessa célula feminina de reprodução, o nível do nosso processo evolutivo.
Nosso estado moral é que determinará os renascimentos com anomalias congênitas ou não.
A partir da fecundação do óvulo, sob o comando da lei, o Espírito reencarnante, imprime através da ação do perispírito, a integração da sua própria herança espiritual com o legado genético dos genitores.
A formação do respectivo DNA individualizado composto de genes dominantes e recessivos - conduzido pelas sagradas Leis da Hereditariedade, provindas do Criador, configurará o novo corpo físico daquele particular espírito imortal, que “renascerá” conforme o programa, previamente, estabelecido e subordinado, inicialmente e voluntariamente, a fatores como família, raça, etnia, nacionalidade, predisposições para determinados estados de saúde ou doença - física ou espiritual - e inúmeras outras especificidades individuais.
O mestre Chico Xavier opinou certa vez: “sobre as reencarnações mais difíceis, lembrando que, muitas vezes, encontramos determinados casos de suicídio, e, às vezes, suicídio acompanhado de homicídio, obrigando o autor a um angustiante complexo de culpa levado para além desta vida e, depois, esse trauma de culpa renascendo com ele, através da reencarnação.” (2) O médium de Pedro Leopoldo explica o seguinte: “Muitas vezes, temos encontrado irmãos nossos suicidas, que dispararam um tiro contra o coração, e que voltam com a cardiopatia congênita ou com determinados fenômenos que a medicina classifica dentro da chamada Tetralogia de Fallow; nós vemos companheiros que quiseram morrer pelo enforcamento e que voltam com a Paraplegia Infantil; nós vemos muitos daqueles que preferiram o veneno e que voltam com más formações congênitas; outras pessoas que violentaram o próprio ventre e que voltam, também, com as mesmas tendências e que, às vezes, acabam desencarnando com o chamado enfarto mesentérico. Nós vemos, por exemplo, aqueles que preferiram morrer pelo afogamento, num ato de rebeldia contra as leis de Deus e que voltam com o chamado enfisema pulmonar. Vemos, ainda, aqueles que dispararam tiros contra o próprio crânio e voltam com fenômenos dolorosos, como, por exemplo, a idiotia, quando o projétil alcança a hipófise; todas essas consequências, porque estamos em nosso corpo físico, mas subordinados ao nosso corpo espiritual. Então, principalmente os fenômenos decorrentes do suicídio, por tiro no crânio, são muito dolorosos, porque vemos a surdez, a cegueira, a mudez, e vemos esse sofrimento em crianças também, o que nos afigura incompatíveis com a misericórdia de Deus, porque nós sabemos que Deus não quer a dor.” (3)
Os pesquisadores, que reduzem os fenômenos da vida ao exclusivo universo da matéria densa, insistem em explicar a vida como uma complexa reação química, e nada mais do que isso, prestes a penetrar nos seus profundos mistérios e propiciar a sua criação pela mão do homem, assim como, até hoje, crê ser o pensamento mera excreção do cérebro e que todas as funções psíquicas morrem com o corpo físico. Os fenômenos vitais, não podem ser atribuídos à exclusiva ação mecânica da hereditariedade genética, no comando da montagem dos três bilhões de nucleotídeos que constituem os degraus do DNA humano. Infelizmente, “não há ainda lugar para o Espírito na ciência pesquisacional acadêmica, empírico-indutiva, a qual, por isso, continua tomando como causa o que é efeito, fazendo das leis da hereditariedade genética as únicas presentes ao ato da vida, juízas exclusivas e inconscientes do futuro patrimônio apolíneo e saudável, ou disforme e enfermiço do ser humano, apenas concedendo algumas influências aos efeitos ambientais e ao psicossomatismo, ainda que cerebral, calcadas nas predisposições genéticas.”(4)
As matrizes das moléstias têm suas raízes na estrutura perispiritual. Ainda que esteja aparentemente saudável, uma pessoa pode trazer nos seus Centros Vitais (chacras para os hindus), disfunções latentes, adquiridas nesta ou em outras vidas, que, mais cedo ou mais tarde, virão à tona no corpo físico, sob a forma de doenças mais ou menos graves, conforme a extensão da lesão e a posição mental do devedor.
Somos herdeiros de nossas ações pretéritas, tanto boas quanto más. O “Carma” (5) ou “conta do destino criada por nós mesmos” está impresso no corpo psicossomático.” (6) Esses registros fluem para o corpo físico e culminam por determinar o equilíbrio ou o desequilíbrio dos campos vitais e físicos. “Só o reconhecimento - que um dia chegará - da primazia do Espírito sobre a matéria, associada essa primazia ao princípio reencarnacionista, isto é, a integração da herança espiritual à hereditariedade genética, comandada pelo Espírito, via perispírito, regida pela Lei de Causa e Efeito, é que permitirá que se identifiquem, no Espírito imortal, as causas verdadeiras dos desequilíbrios que eclodem no corpo físico, mata-borrão e fio-terra que ele é, sob o nome de doenças, incluindo-se os distúrbios da psique humana.” (7)
Quando forem descobertas tecnologias muito mais sofisticadas, que nos possibilitem um exame aprofundado da estrutura funcional do perispírito, a medicina transformar-se-á, radicalmente. Os hospitais, possuindo instrumentos de altíssima resolução, muito além daqueles que existem hoje, os diagnósticos serão, inequivocamente, precisos, o que possibilitará a cura real das doenças. Os profissionais da saúde trabalharão muito mais de forma preventiva, evitando, assim, por exemplo, as intervenções cirúrgicas alargadas, invasivas, realizadas, abusivamente, nos dias de hoje. Os médicos terão oportunidade de conhecer, com detalhes, a estrutura transdimensional do corpo perispiritual, compreendendo melhor o modo como se embricam as complexas estruturas do psicossoma, nas chamadas sinergias, para melhor auxiliar na terapia e manutenção da saúde mento-física-espiritual de seus pacientes.
 
Fontes:
(1) A Síndrome de Ivemark consiste de más formações de diferentes órgãos, e a expectativa de vida depende de como cada órgão, principalmente o coração, é afetado.
(2) Xavier, Francisco Cândido. Pinga Fogo, São Paulo: Ed. Edicel, 1975.
(3) idem.
(4) Artigo de Raphael Rios, intitulado Lei de Causa e Efeito determina os Efeitos da Hereditariedade usando os Registros do Perispírito, publicado na Revista Internacional de Espiritismo – dez/2000.
(5) Carma, ou Karma (do sânscrito karman , em pali, kamma ) significa ação. O termo tem um uso religioso dentro das doutrinas budista, hinduísta e jainista. Foi posteriormente utilizada também pela teosofia, pelo Espiritismo e por um subgrupo significativo do movimento New Age..
(6) Sugerimos leitura do livro Ação e Reação, ditado pelo Espírito André Luiz, todo ele dedicado ao estudo do compromisso cármico das vidas sucessivas.
(7) Artigo de Raphael Rios, intitulado Lei de Causa e Efeito determina os Efeitos da Hereditariedade usando os Registros do Perispírito, publicado na Revista Internacional de Espiritismo – dez/2000
 http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3780088-EI238,00.html

JORNAL VERDADE  E  VIDA
ADDE - ASSOCIAÇÃO DE DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA E SPIRITA 
ANO 01 NÚMERO 03 FEVEREIRO/ MARÇO 2012
Este jornal é uma publicação da ADDE - Associação de Divulgação da Doutrina Espírita
(CNPJ 08.195.888/0001-77) - para a região de São José do Rio Preto/SP.
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quarta-feira, 20 de junho de 2012

Pluralidade da Existência


Rodrigo Machado Tavares

A pluralidade das existências (l. e., a lei da reencarnação) é um dos fundamentos da Doutrina Espírita. Claramente, sabe-se que a reencarnação é encontrada como crença forte em diversos povos da antiguidade. Por exemplo, na Índia antiga, onde muitos Capelinos reencarnaram, era muito comum saber que "assim como se deixam vestes gastas para usar vestes novas, também a alma deixa o corpo usado para revestir novos corpos". E no Egito, onde tantos outros Capelinos também viveram, o destino e a comunicabilidade dos mortos e a pluralidade das existências e dos mundos eram, para eles, problemas solucionados e conhecidos.
   Dessa maneira, encontramos, estudando a história antropológica, fatos interessantíssimos. Contudo, a visão que os homens tinham sobre a reencarnação, assim como acontece com tudo na natureza, evoluiu bastante. Não pensemos que tal lei já foi mostrada para nós, ou descoberta por nós, de forma integral. Não é assim que as coisas acontecem. A Revelação, sempre deve ser gradual, pois, ao contrário ofuscaria o raciocínio humano. E Deus, nosso Pai justo, sempre no-la mostrou assim.
Portanto, o Espiritismo veio revelar as verdades desta lei divina somente no Século 19. Como nos fala Allan Kardec em O Espiritismo em Sua Expressão Mais Simples: "A própria Doutrina que os espíritos ensinam hoje, nada tem de nova; se a encontra, por fragmentos, na maioria dos filósofos da Índia, do Egito e da Grécia, e toda inteira no ensinamento do Cristo. O que vem, pois, fazer o Espiritismo? Ele vem confirmar por novos testemunhos, demonstrar por fatos, verdades desconhecidas ou mal compreendidas, restabelecer, em seu verdadeiro sentido, aquelas que foram mal interpretadas".
    Quão bom é ter a certeza de que a carne, como fala Joanna de Ângelis, em Oferenda, nasce, morre e renasce inúmeras vezes, inclusive numa mesma existência, no nosso dia-dia, mas que a vida real continua sempre.
    Que bom é ter a certeza, como asseverou Allan Kardec, e não mais a intuição do passado, da lei: "Nascer, morrer, renascer, ainda, e progredir sempre".

Rodrigo Machado Tavares é Engenheiro e pesquisador, residente em Londres. Colabora com a Revista Reformador.

Jornal de Estudos Psicológicos
Ano II N° 3  Março e Abril 2009
The Spiritist Psychological Society