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quinta-feira, 14 de julho de 2016

NOTAS DA GRANDE IMPRENSA #APARIÇÕES DE ESPÍRITOS

NOTAS DA GRANDE IMPRENSA


APARIÇÕES DE ESPÍRITOS


Em 11 de março de 2011, um terremoto de 9 graus de magnitude seguido de um tsunami atingiu a costa nordeste do Japão, deixando um rastro de destruição e mais de 15 mil mortos e número superior a 2.500 desaparecidos. Em meio a todo esse caos e aos inúmeros depoimentos dolorosos dos que perderam a família e tudo mais na tragédia, outras histórias vêm impressionando os japoneses ao mesmo tempo que levando alento a muitos corações. Segundo testemunhos que se espalham pelo país oriental, mortos no cataclismo têm aparecido em várias partes. E foram tantos os casos que o tema se tornou objeto de uma pesquisa, realizada pela graduanda em sociologia Yuka Kudo (foto), de 22 anos, da Universidade Tohoku Gakuin. Foram entrevistadas 200 pessoas, dentre taxistas e moradores da cidade de Ishinomaki, devastada pelo tsunami. Delas, 15 disseram ter tido contato com fantasmas ou experimentado situações inexplicáveis.

O tema da vida após a morte já me interessava e eu tinha interesse em saber mais sobre os mortos do tsunami  contou Yuka à reportagem Japoneses relatam aparições de espíritos em área devastada por tsunami, publicada em 26 de fevereiro no site da BBC Brasil.

Entre os casos mais impressionantes colhidos por ela estão os de dois taxistas. O primeiro disse ter encontrado, numa noite, uma menina sozinha e perguntou-lhe pelos pais dela, ao que a garota respondeu estar só. O taxista se prontificou a levá-la em casa e a menina ensinou o endereço. Quando chegaram ao local indicado, o motorista a ajudou a descer do carro. A garota sorriu, agradeceu e, segundo contou, foi se desvanecendo na sua frente. Ele garante que pegou na mão da menina  disse a entrevistadora.

O segundo taxista disse ter apanhado uma passageira alguns meses depois da tragédia. Ela pediu para ser levada ao distrito de Minamihama, mas foi informada por ele que o lugar estava em destroços. Então a mulher lhe perguntou se ela tinha morrido. Quando o taxista olhou para trás, não havia mais ninguém.

No capítulo 6 de O Livro dos Médiuns, que trata Das manifestações visuais, Allan Kardec dirigiu à Espiritualidade Superior indagações sobre o tema. Eis algumas delas:

Os Espíritos podem se tornar visíveis?

- Sim, sobretudo durante o sono. Entretanto, certas pessoas os veem também no estado de vigília, mas isso é mais raro (1a questão).

É permitido a todos os Espíritos manifestarem-se visivelmente?

- Todos o podem, mas nem sempre tem a permissão nem o desejo de fazê-lo (3a questão).

Qual o objetivo dos Espíritos que aparecem com boa intenção?

- Consolar os que lamentam a sua partida; provar-lhes que continuam a existir e estão perto deles; dar conselhos e algumas vezes pedir assistência para si mesmos (6a questão, item a).

Se a visão dos Espíritos tem inconvenientes, por que é permitida em alguns casos?

- Para dar uma prova de que nem tudo morre com o corpo e de que a alma conserva a sua individualidade após a morte. Essa visão passageira é suficiente para dar a prova e atestar a presença dos amigos ao vosso lado, não tendo os inconvenientes da visão incessante (8ª questão).

A Federação Espírita Brasileira disponibiliza em seu site, gratuitamente para download, a versão digital de O Livro dos Médiuns e das demais obras da Codificação, além da coleção completa da Revista Espírita, de Allan Kardec. Está em

www.febnet.org.br/blog/geral/divulgacao/downloads-divulgacao/obras-basicas


SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES
Boletim SEI: E-mail: boletimsei@gmail.com
Edição 2259  Abril 2016
 Publicação digital, sob responsabilidade da Federação Espírita Brasileira. Distribuição mensal e gratuita



terça-feira, 26 de agosto de 2014

3 – Obsessão

Módulo XII

Influência dos Espíritos na Nossa Vida


3 – Obsessão

Do latim, obsessione, a palavra obsessão significa: impertinência, perseguição, vexação; Preocupação com determinada idéia, que domina doentiamente o espírito, e resultante ou não de sentimentos recalcados; idéia fixa; mania.99

99 Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.

Normalmente o termo obsessão é usado como significado de idéia fixa em alguma coisa, como a definir um estado mental doentio.

Após a Codificação Espírita, esta palavra ganhou um significado mais profundo:

A obsessão é a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo.

Apresenta-se caracteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais.100

100 “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, cap. XXVIII, Item 81.

Com este conceito, Kardec, aproveitando o significado vulgar, aprofundou-o mostrando as suas causas. Temos então que a obsessão é um distúrbio mental gerado por influência negativa dos Espíritos, tendo suas causas no passado culposo da criatura através de comportamentos distantes da moral.

O Espírito Manoel Philomeno de Miranda chega a afirmar que somente há obsidiados porque há endividados espirituais.101

101 “Grilhões Partidos”, Prefácio item 3.

Segundo Emmanuel, a obsessão é o equilíbrio de forças inferiores, retratando-se entre si. E continua: Fenômeno de reflexão pura e simples, não ocorre tão somente dos chamados mortos para os chamados vivos, porque, na essência, muita vez aparece entre os próprios Espíritos encarnados a se subjugarem reciprocamente pelos fios invisíveis da sugestão.102
102 “Pensamento e Vida”, cap. 27.

Com isto, nosso querido mentor nos alerta que a obsessão é um processo de sintonia, e sempre de forma bilateral, porque é sustentada por um intercâmbio que funciona tanto de lá para cá, como de cá para lá.

Nesta mesma iluminada página Emmanuel diz que:
Toda obsessão começa pelo debuxo vago do pensamento alheio que nos visita, oculto.

Hoje é um pingo de sombra, amanhã linha firme, para depois, fazer-se um painel vigoroso, do qual assimilamos apelos infelizes.

Desta forma, vemos o caráter gradativo do processo obsessivo, e novamente a importância do “Vigiai e Orai”.

Mecanismo da obsessão

Manoel Philomeno de Miranda, pela mediunidade de Divaldo P. Franco, informa como se dá o processo obsessivo. Vejamos a narrativa:

Quando o Espírito é encaminhado à reencarnação, traz, em forma de “matrizes” vigorosas no perispírito, o de que necessita para a evolução. Imprimemse, então, tais fulcros nos tecidos em formação da estrutura material de que se utilizará para as provações e expiações necessárias. Se se volta para o bem e adquire títulos de valor moral, desarticula os condicionamentos que lhe são impostos para o sofrimento e restabelece a harmonia nos centros psicossomáticos, que passam, então, a gerar novas vibrações aglutinantes de equilíbrio, a se fixarem no corpo físico em forma de saúde, de paz, de júbilo… Se todavia, por indiferença ou por prazer, jornadeia na frivolidade ou se encontra adormecido na indolência, no momento próprio desperta automaticamente o mecanismo de advertência, desorganizando-lhe a saúde e surgindo, por sintonia psíquica, em conseqüência do desajustamento molecular no corpo físico, as condições favoráveis a que os germens-vacina que se encontram no organismo proliferem, dando lugar às enfermidades desta ou daquela natureza. Outras vezes, como os recursos trazidos para a reencarnação, em forma de energia vitalizadora, não foram renovados, ou, pelo contrário, foram gastos em exageros, explodem as reservas e, pela queda vibratória, que atira o invigilante noutra faixa de evolução, a sintonia com entidades viciadas, perseguidoras e perversas, se faz mais fácil, dando início aos demorados processos obsessivos (…) 103

103 “Grilhões Partidos”, Prefácio item 3.

Através deste valoroso ensinamento, vemos que o processo obsessivo só se completa com a permissão do elemento encarnado, quando este, invigilantemente, foge aos compromissos da renovação Cristã. Porque mesmo que as “matrizes” já estejam gravadas, cabe a ele restabelecer a harmonia pela vivenciação do bem, ou se entregar às tendências desequilibradoras, através do jornadear nas frivolidades.

Variações do Processo Obsessivo

Obsessão Simples – Segundo informação dos Espíritos, a obsessão simples é parasitose comum a quase todas as pessoas. Trata-se da simples influência negativa dos Espíritos em nossa vida. Para que isto aconteça, basta que nos sintonizemos com as forças contrárias ao bem, e, seja nos momentos de sono ou de vigília, os Espíritos sutilmente nos ditam as regras.

Quase sempre todo processo de obsessão mais complicado, inicia-se em uma obsessão simples.

Fascinação – É a ilusão produzida pela ação direta do Espírito obsidente, paralisando na criatura obsidiada o raciocínio. Nesse estado, a pessoa obsidiada perde a noção do ridículo e do discernimento. O Espírito obsessor lhe inspira a agir de determinada maneira em disparate, e para ela, a forma é bem lógica. Ou seja, o obsedado nunca acha que está errado, e tenta provar com todos os argumentos que está certo. É sem dúvida uma das mais graves formas de obsessão.

Subjugação -À medida que se agrava o processo obsessivo, a vontade do obsessor vai aumentando o governo das ações do obsedado. A subjugação pode ser moral ou corporal:

- Moral: Ocorre quando o invasor domina moralmente o hospedeiro, levando-o a tomar atitudes comprometedoras. Já não é a vontade deste que comanda, mas do elemento perturbador. Seria como que uma fascinação mais agravada.

- Corporal: Dá-se quando o Espírito imanta-se a determinada pessoa, assenhorando-se dos centros do comando motor desta, e a domina fisicamente. Neste estado gravíssimo, a vítima fica inerte, cometendo atrocidades diversas.

Tipos de Obsessão

Se classificamos acima a obsessão quanto à forma de atuação dos Espíritos, podemos classificá-la também quanto ao elemento obsessor, ou seja, quanto a quem é o obsessor. Desta forma temos, a obsessão:

De encarnado para encarnado: É a obsessão realizada entre seres encarnados, através do domínio mental e até mesmo físico. Esse domínio muitas vezes é mascarado pelos termos ciúme, proteção, paixão, e até mesmo, o que é pior, amor. Mas amor nestas bases nós particularmente entendemos como “amor próprio”.

Acontece também sob o império do ódio ou outros sentimentos inferiores, como vingança, orgulho ferido etc..

De desencarnado para desencarnado: Há Espíritos que obsediam Espíritos. É a prova de que os sentimentos não mudam só pelo ato do desencarne. Quando um homem é de nível inferior, evolutivamente falando, será também, até que mude de postura, Espírito inferior. Há nas relações entre Espíritos verdadeiras relações de domínio de um em relação a outros que se acham em desvantagem. O livro Libertação, do Espírito André Luiz, sob a mediunidade de Francisco Cândido Xavier, é um dos que tratam este tema com muita propriedade.

De encarnado para desencarnado: A princípio, poderíamos achar esta hipótese um absurdo, mas podemos afirmar com segurança, que o fato é muito mais comum do que podemos pensar.

Acontece quando criaturas desavisadas ligam-se obstinadamente aos entes queridos que desencarnaram antes, fincando a elas jungidas seja pela revolta ante o fato, ou por sentimento de perda.

É fruto do amor egoísta e possessivo que domina nosso ambiente planetário, agravado ainda pela falta de informação e consciência de culpa, ou ainda pelo sentimento de ódio, inveja ou vingança.

De desencarnado para encarnado: Esse é o mais conhecido, e o que tratamos mais comumente.

O fator vigilância, para o obsedado, é de suma importância, porquanto o obsessor desencarnado leva vantagem de nem sempre ser visto ou percebido, agindo assim com mais tranqüilidade, pois, ao contrário, tudo vê e percebe.

Obsessão recíproca: Como já dissemos anteriormente, nenhuma obsessão é unilateral, mas podemos qualificar como obsessão recíproca, a que ambos os elementos sentem-se dependentes um do outro, sendo muitas vezes até perigoso desligá-los rapidamente.

André Luiz narra um destes casos em sua obra, “Nos Domínios da Mediunidade”.
É o caso de Libório, que obsediava a esposa por quem sentia verdadeira paixão, vampirizando-
lhe o corpo físico. Esclarece desta forma o autor Espiritual:

O pensamento da irmã encarnada que o nosso amigo vampiriza está presente nele, atormentando-o. Acham-se ambos sintonizados na mesma onda. É um caso de perseguição recíproca (…) enquanto não lhes modificamos as disposições espirituais (…) jazem no regime de escravidão mútua, em que obsessores e obsidiados se nutrem das emanações uns dos outros.

Conclusão.

O processo obsessivo é uma característica de mundos ainda atrasados moralmente, pois é fruto do egoísmo, da maldade e da falta de perdão.

Tanto o tratamento como a profilaxia podem ser facilitados com o uso da prece, da água fluidificada, de passes, etc.. Mas o mais importante mesmo, o único remédio realmente eficaz, é a reforma íntima em bases de amor. Daquele amor ensinado pelo Meigo Rabi da Galiléia, nosso Querido Mestre: Jesus.


Apostila do Curso de Espiritismo e Evangelho
Centro Espírita Amor e Caridade
Goiânia - GO
Trabalho realizado em 1997 pelo Grupo de Estudos desta Casa Espírita com a coordenação de Cláudio Fajardo

Divulgação

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

2 – Espíritos Protetores

Módulo XII
Influência dos Espíritos na Nossa Vida

2 – Espíritos Protetores

Ensina a Doutrina Espírita que contamos com a ajuda dos Espíritos desencarnados, voltados ao bem, os quais, pela intuição, buscam nos orientar e auxiliar.

Constituídos por entidades amigas, Espíritos familiares, desta ou de outras existências, os Espíritos protetores incumbem-se de nos induzir ao esforço do bem e do progresso.

Dentre os Espíritos protetores, destacamos os chamados guias espirituais, que se vinculam, particularmente, a um indivíduo para protegê-lo. Estes Espíritos têm como missão guiar o seu tutelado pela senda do bem, além de auxiliá-lo com suas orientações, animá-lo e consolá-lo diante das dificuldades. Desde o nascimento até o momento do desenlace, e muitas vezes até depois deste, o guia está ligado ao seu protegido, buscando reerguê-lo espiritualmente.

Nos momentos difíceis compete a nós buscarmos o auxílio de nossos guias que, em nome da Providência Divina, vêm nos socorrer.

Mas não podemos ficar dependendo só de nossos anjos tutelares, é a nós que cabe a vitória ou a derrota diante de nossas imperfeições.

Sobre o auxílio de forma absoluta dos nossos guias, Emmanuel, em “O Consolador”, alerta:

Um guia espiritual poderá cooperar sempre em vossos trabalhos, seja auxiliando-vos nas dificuldades, de maneira indireta, ou confortando-vos, na dor, estimulando-vos para a edificação moral, imprescindível à iluminação de cada um; entretanto, não deveis tomar as suas expressões fraternas por promessa formal, no terreno das realizações do mundo, porquanto essas realizações dependem do vosso esforço próprio e se acham entrosadas no mecanismo das provações indispensáveis ao vosso aperfeiçoamento.97

97 “O Consolador”, questão 194.

Na questão 226 da obra citada, o mesmo Emmanuel, completa:

Essa colaboração apenas se verifica como no caso dos irmãos mais velhos, ou de amigos mais idosos nas experiências do mundo.

Os mentores do Além poderão apontar-vos os resultados dos seus próprios esforços na Terra, ou, então, aclarar os ensinos que o homem já recebeu através da misericórdia do Cristo e da benevolência dos seus enviados, mas em hipótese alguma poderão afastar a alma encarnada do trabalho que lhe compete, na curta permanência das lições do mundo (…) (grifo nosso)

A palavra do guia é agradável e amiga, mas o trabalho de iluminação pertence a cada um (…)
Segundo orientação dos próprio Espíritos, se a criatura não escuta os conselhos de seu guia, este se afasta, mas não o abandona definitivamente, ficando atento para auxiliá-lo sempre que seu tutelado voltar ao caminho correto.

Sobre a evolução dos guias espirituais, “O Livro dos Espíritos” esclarece, que são eles de natureza sempre superior, com relação ao seu protegido,98 mas o bom senso diz que não poderão ser de natureza muito superior, porque senão não haverá possibilidade de sintonia.
98 “O Livro dos Espíritos”, questão 514.

A Doutrina Espírita alerta ainda que como os indivíduos, também os lares, as famílias e as coletividades têm seus Espíritos protetores, cuja elevação está sempre de acordo com a importância da tarefa a realizar.

Como exemplo, temos:

Jesus, o guia de nosso Orbe; Ismael, o guia de nosso país, e muitos outros que desconhecemos o nome, no entanto, temos a certeza de sua existência.

Sempre que iniciamos um trabalho em bases de amor, em nome do Cristo, a Espiritualidade vinculada à divulgação da Boa Nova entre os homens, destaca um Espírito afim ao trabalho, para que oriente os trabalhadores envolvidos no mesmo, com a finalidade de guiá-los para um melhor desenvolvimento deste. Assim temos os guias das nossas reuniões, das nossas campanhas de assistências, dos nossos centros espíritas, entre outros.

Concluindo, onde estiver a criatura, desde que esteja em sintonia com as forças do bem, jamais estará desamparada do auxílio desses enviados do Senhor, e nos momentos difíceis, como Jesus nos disse, também poderemos dizer:

Ou pensas tu que eu não poderia rogar a meu Pai, e que ele não me mandaria agora mesmo mais de doze legiões de anjos? (Mateus, 26: 53)

Apostila do Curso de Espiritismo e Evangelho
Centro Espírita Amor e Caridade
Goiânia – GO
Trabalho realizado em 1997 pelo Grupo de Estudos desta Casa Espírita com a coordenação de
Cláudio Fajardo
Divulgação


quinta-feira, 21 de agosto de 2014

1 - Influência dos Espíritos em Nossos Pensamentos

Módulo XII

Influência dos Espíritos na Nossa Vida

1 - Influência dos Espíritos em Nossos Pensamentos

Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos? Esta pergunta foi feita pelo iluminado Codificador do Espiritismo, Allan Kardec, aos Espíritos quando da elaboração de “O Livro dos Espíritos”, ao que eles responderam:

Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem.93

93 “O Livro dos Espíritos”, questão 459.

Analisando a resposta dos Espíritos, vemos que, na maioria das vezes, nós encarnados, agimos sob influência de entidades do plano espiritual que se acham em afinidade conosco. Isto de certa forma já acontece entre os encarnados. Emmanuel afirma que:

nossas emoções, pensamentos e atos são elementos dinâmicos de indução.

E – complementa – todos exteriorizamos a energia mental, configurando as formas sutis com que influenciamos o próximo, e todos somos afetados por essas mesmas formas nascidas nos cérebros alheios.

Cada atitude de nossa existência polariza forças naqueles que se nos afinam com o modo de ser, impelindo-os à imitação consciente ou inconsciente.94

94 “Pensamento e Vida”, cap. 9.

Se isto ocorre entre os encarnados, natural é que ocorra da mesma maneira entre encarnados e desencarnados.

É pelo nível de nossos pensamentos que formamos nossa vibração, e é por esta que atraímos Espíritos que vibram no mesmo nível.

Este é o processo de indução mental a que estamos submetidos, e é por isso que os Espíritos Codificadores afirmam que, de ordinário, são eles que vos dirigem.

Voltando novamente a Emmanuel neste mesmo livro:

Assim também na vida comum, a alma entra em ressonância com as correntes mentais em que respiram as almas que se lhe assemelham.

Assimilamos os pensamentos daqueles que pensam como pensamos.

É que sentindo, mentalizando, falando ou agindo, sintonizamo-nos com as emoções e idéias de todas as pessoas, encarnadas ou desencarnadas, da nossa faixa de simpatia.

Estamos invariavelmente atraindo ou repelindo recursos mentais que se agregam aos nossos, fortificando-nos para o bem ou para o mal, segundo a direção que escolhemos (…)

O desejo é a alavanca de nosso sentimento, gerando a energia que consumimos segundo a nossa vontade.95

95 “Pensamento e Vida”, cap. 8.

Neste texto de Emmanuel, vemos duas informações importantes:

1ª: Que os recursos mentais atraídos podem nos fortalecer para o bem ou para o mal.

É muito comum, ao analisarmos a influência dos Espíritos, falar só do aspecto negativo. Esquecemos que também os Espíritos afinados com o bem podem nos influenciar, portanto a questão é de escolha.

2ª: O desejo é a alavanca de nosso sentimento… Todavia, se quisermos mudar a faixa de influência, antes do nosso pensamento, é preciso mudar o que desejamos, porque o desejo é a base de nosso sentimento, e é esse o gerador de nossos pensamentos.

Como ilustração, citaremos um caso de influência no sentido de desencarnado para encarnado que encontramos em uma narrativa do Espírito André Luiz.

Em sua residência, o senhor Cláudio Nogueira descansava em um sofá, lendo um jornal vespertino e fazendo uso do cigarro em demasia. A essa altura surgiram dois irmãos desencarnados abordando-o e agindo sem cerimônia:

Um deles tateou-lhe um dos ombros e gritou insolente:

-Beber, meu caro, quero beber!

A voz escarnecedora agredia-nos a sensibilidade auditiva. Cláudio porém, não lhe pescava o mínimo som. Mantinha-se atento à leitura. Inalterável. Contudo, se não possuía tímpanos físicos para qualificar a petição, trazia na cabeça a caixa acústica da mente sintonizada com o paciente.

O assessor inconveniente repetiu a solicitação, algumas vezes, na atitude de hipnotizador que insufla o próprio desejo, reasseverando uma ordem.

O resultado não se fez demorar. Vimos o paciente desviar-se do artigo político em que se entranhava. Ele próprio não explicaria o súbito desinteresse de que se notava acometido pelo editorial que lhe apresara a atenção.

Beber! Beber!…

Cláudio abrigou a sugestão, convicto de que se inclinava para um trago de uísque exclusivamente por si.

O pensamento se transmudou, rápido, como a usina cuja corrente se desloca de uma direção para outra, por efeito da nova tomada de força.

Beber, beber!… e a sede de aguardente se lhe articulou a idéia, ganhando forma. A mucosa pituitária se lhe aguçou, como que mais fortemente impregnada do cheiro acre que vagueava no ar. O assistente malicioso coçou-lhe brandamente os gorgomilos. O pai de Marina sentiu-se apoquentado. Indefinível secura constrangia-lhe o laringe. Ansiava tranqüilizar-se.

O amigo sagaz percebeu-lhe a adesão tácita e colou-se a ele. De começo, a carícia leve; depois da carícia agasalhada, o abraço envolvente; e depois do abraço de profundidade, a associação recíproca.

Integraram-se ambos em exótico sucesso de enxertia fluídica (…)

Ali, no entanto, produzia-se algo semelhante ao encaixe perfeito.
Cláudio - homem absorvia o desencarnado, à guisa de sapato que se ajusta ao pé. Fundiram-se os dois como se morassem eventualmente num só corpo (…) 96

Este é um caso simples de influência dos Espíritos em nossos pensamentos, mas que acontece todos os dias. Baseados neste acontecimento, vemos a importância da máxima evangélica : “Vigiai e Orai”.

96 “Sexo e Destino”, cap. VI.



Apostila do Curso de Espiritismo e Evangelho
Centro Espírita Amor e Caridade
Goiânia – GO
Trabalho realizado em 1997 pelo Grupo de Estudos desta Casa Espírita com a coordenação de
Cláudio Fajardo
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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

4 – O Passe

Módulo

XI

Mediunidade

4 – O Passe

O passe é uma transfusão de fluidos de um ser para outro. Desta forma, o passe é uma fluidoterapia.

Antes de entrarmos no estudo do passe propriamente dito, gostaríamos de tecer alguns comentários sobre os fluidos.

Do ponto de vista da ciência oficial, fluido é a denominação da fase não sólida da matéria. O dicionário Aurélio traz a seguinte informação: Diz-se das substâncias líquidas
ou gasosas.

À luz do Espiritismo, este conceito se torna mais amplo.

A matéria, à medida que se torna mais rarefeita, fica invisível aos nossos olhos, tomando aspectos mais sutis, a que denominamos fluidos.

No livro, “Do Sistema Nervoso à Mediunidade”, o Dr. Ary Lex diz que:

À medida que se rarefaz, ganha (a matéria) novas propriedades, entre as quais uma irradiação progressivamente maior, tomando uma forma de energia.

A física moderna praticamente derrubou a separação rígida entre a matéria e a energia, considerando-as substancialmente a mesma coisa, em graus de concentração e estrutura diferentes.

Assim, podemos dizer que fluido é um tipo de matéria ultra-rarefeita e formas de energia.

Fluido Cósmico Universal: Como sabemos, toda a matéria que existe, é oriunda do “Fluido Cósmico Universal” que, segundo André Luiz, é o “plasma divino”.91 Sua natureza nos é desconhecida, e apresenta-se em estados que vão da imponderabilidade à condensação.

91 “Evolução em Dois Mundos”, I Parte, cap I.

Fluidos Espirituais: São os fluidos que formam a atmosfera do plano espiritual.

Desses fluidos é extraída a “matéria” do mundo invisível.

Fluidos Perispirituais: São os fluidos absorvidos, assimilados e individualizados pelo perispírito. Possuem características próprias, podendo por isto ser distinguidos dos demais. Esses fluidos circulam no perispírito sob o comando da mente. São eles que formam a “Aura”.

Fluido (ou Princípio) Vital: É o agente da vida orgânica, e sua união com a matéria é que animaliza esta. Como todos os outros, também tem como fonte o Fluido Cósmico Universal.

Os Espíritos podem agir sobre os fluidos. É pelo pensamento que eles o fazem.

Esta ação pode ser consciente ou inconsciente, visto que basta pensar para exercer influência sobre eles. E é através deste agir que podemos dar qualidade aos fluidos, que por si só são neutros.

Voltando ao conceito de passe, agora entendendo que o passe seja uma transfusão de fluidos de um ser para o outro.

Este tratamento através dos fluidos, é utilizado desde as eras mais remotas da humanidade.

Para nos referirmos apenas à era cristã, vemos a utilização do passe com base das curas realizadas por Jesus, e depois pelos primeiros cristãos.

Mecanismo do Passe

Quanto ao mecanismo do passe, os fatos mais importante são: o pensamento (fazendo a sintonia com a espiritualidade encarregada do trabalho), a vontade e a condição receptiva tanto do passista, quanto do paciente.

Através do pensamento e da vontade, o passista capta os fluidos e os direciona para o assistido. Mas, se esse não estiver preparado no que diz respeito a uma boa condição receptiva, o passe torna-se sem efeito.

Além do preparo por parte de ambos, tem de haver um clima de confiança entre os dois, formando assim um elo, onde o auxílio possa se fazer na proporção do crédito de cada um.

Quanto à forma de se aplicar o passe, o fator externo pouco importa, o que vale mais, como já dissemos, é a sintonia, a vontade e a condição receptiva dos envolvidos no processo.

Preparo do Médium e do Paciente

É muito comum, quando se fala em passe, pensar no preparo só do médium. Mas e o paciente, é preciso um preparo também por parte deste?

Ora, se o passe é uma transfusão de energias fisiopsíquicas, é preciso que tanto o doador como o receptor estejam preparados, porque se não houver sintonia por parte de um dos envolvidos, este fica prejudicado por não poder fazer parte da cadeia espiritual, ficando desta forma isolado no processo.

O que é realmente importante como preparo?

Se estamos falando de coisas espirituais, o preparo deve ser espiritual. Como o passe é fisiopsíquico, temos de nos preparar tanto no campo físico como no espiritual.

Portanto, devemos cultivar:

Boa vontade, sentimentos de amor, prece, mente equilibrada, fé, etc.. É importante também alimentação adequada, descanso físico e saúde equilibrada.

Como conseqüência, são fatores negativos:

As mágoas, as paixões, alimentos pesados, alcoólicos, desequilíbrio nervoso, inquietude, entre outros.

Outro fator também muito importante é a disciplina no que diz respeito ao horário.

Por se tratar de assunto que envolve também, e principalmente, a espiritualidade, a disciplina é fator essencial.

Tipos de Passe

No que diz respeito ao tipo, o passe ser classificado da seguinte forma:

Magnético: Quando ministrado somente com os recursos magnéticos do passista, embora seja quase impossível a existência deste tipo de passe, pois o próprio Jesus afirmou: “Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” (Mateus, 18: 20)

Espiritual: É o passe ministrado somente pelos Espíritos, usando seus próprios fluidos sem a colaboração de médiuns.

Qualquer um de nós, desde que se faça merecedor, pode receber este passe.

Basta orar e colocar-se em receptividade.

Humano Espiritual: É o passe dado através da combinação de fluidos do Espírito e do passista.

Este é o mais usual entre os tipos de passe. É através dele que o médium tem a grande oportunidade do trabalho.

Mediúnico: É quando o Espírito desencarnado se manifesta durante o passe.

Este tipo não é aconselhável, visto o ambiente do passe não ser ideal para manifestação mediúnica, pela falta de controle, por parte do dirigente, do teor das comunicações, entre outros motivos.

O passe ainda pode ser classificado sob o aspecto da presença ou ausência do paciente:

Direto, o passe dado na presença física daquele que recebe.

À distância, situação em que o enfermo está ausente. O médium, neste caso, ora e pede o passe em favor da pessoa que está distante, e a espiritualidade, conforme a vontade do Pai, aplica-o.

É importante, em um estudo sobre o passe, falar um pouco a respeito da água fluidificada, pois essa é um dos maiores recursos nos tratamentos fluidoterápicos.

Para tal, recorremos a uma mensagem recebida por Francisco Cândido Xavier, em sessão pública na noite de 05/06/50 em Pedro Leopoldo, Minas Gerais:

A água fluidificada

E qualquer que tiver dado só que seja um copo d’água fria por ser meu discípulo, em verdade vos digo que, de modo algum, perderá o seu galardão. – Jesus (Mateus, 10: 42)

Meu amigo, quando Jesus se referiu à benção do copo de uma água fria, em seu nome, não apenas se reportava à compaixão rotineira que sacia a sede comum. Detinha-se o Mestre no exame de valores espirituais mais profundos.

A água é, dos corpos, o mais simples e receptivo da Terra. É como que a base pura, em que a medicação do Céu pode ser impressa, através de recursos substanciais de assistência ao corpo e à alma, embora em processo invisível aos olhos mortais.

A prece intercessória e o pensamento de bondade representam irradiações de nossas melhores energias.


A criatura que ora ou medita exterioriza poderes, emanações e fluidos que, por enquanto, escapam a nossa análise da inteligência vulgar e a linfa potável recebe a influenciação, de modo claro, condensando linhas de força magnética e princípios elétricos que aliviam e sustentam, ajudam e curam.

A fonte procede do coração da Terra e a rogativa que flui no limo da alma, quando se unem na difusão do bem, operam milagres.

O Espírito que se eleva na direção do céu é antena viva, captando potências da natureza superior, podendo distribuí-las em benefício de todos os que lhes seguem a marcha.

Ninguém existe órfão de semelhante amparo.

Para auxiliar a outrem e a si mesmo, bastam a boa vontade e a confiança positiva.

Reconheçamos, pois, que o Mestre, quando se referiu à água simples, doada em nome da sua memória, reportava-se ao valor real da providência, em benefício da carne e do Espírito, sempre que estacionem através de zonas enfermiças.

Se desejas, portanto, o concurso dos Amigos Espirituais, na solução de tuas necessidades fisiológicas ou dos problemas de saúde e equilíbrio dos companheiros, coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações, espera e confia. O orvalho do Plano Divino magnetizará o líquido, com raios de amor, em forma de benção, e estarás, então, consagrando o sublime ensinamento do copo de água pura, abençoado nos Céus.92

92 “Passes e Curas Espirituais”, pág. 140.

Considerações Finais

O passe é um recurso de emergência para tratamento de todos os tipos de doença.

Mas como toda terapia não deve ser usada indiscriminadamente, remédio não deve ser tomado a toda hora, mas só no momento necessário.

Quanto à cura propriamente dita, esta só se dá pela recuperação do Espírito através da evangelização na busca da reforma íntima.
Lembremos assim da afirmativa de Jesus ao paralítico de Betesda:

Olha, já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior.
(João, 5: 14)

Apostila do Curso de Espiritismo e Evangelho
Centro Espírita Amor e Caridade
Goiânia – GO
Trabalho realizado em 1997 pelo Grupo de Estudos desta Casa Espírita com a coordenação de
Cláudio Fajardo

Divulgação

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

“A Certeza definitiva de que a vida continua”

Série: A HISTÓRIA DE UMA MENSAGEM
“A Certeza definitiva de que a vida continua”
(39.ª Parte)

A história de hoje nos faz, mais uma vez, voltar a 03 de maio de 1982, em São Paulo.
Era madrugada quando a jovem Liane Helena Anéas de Paula, juntamente com o noivo Marcos e mais os primos Alvimar e Márcia Marilda, envolveram-se num trágico acidente de trânsito que decretou a desencarnação de todos eles. Na plenitude de seus 19 anos, Liane era autêntica em suas ações, defensora dos mais fracos, amiga e companheira ideal, sendo alvo de várias homenagens por parte dos amigos, o que revelava o reconhecimento de todos por seu valor. A dor de seus pais e irmão seria abrandada meses depois, através da mensagem psicografada em Uberaba, Minas, auxiliando-os a suportar as amarguras no caminho dos compromissos assumidos por nós na rota da evolução. Posteriormente, Lika transmitiria outra mensagem aos familiares, demonstrando a sua adaptação à nova vida e revelando outros detalhes da situação dos que se acidentaram com ela.
APENAS MAIS UM DETALHE.

“Agradeço as suas lembranças do nosso três de maio passado... Ouvi suas preces e anotações, considerando que seria tão oportuno o nosso encontro nessa data, mas entendi que para nos utilizarmos da letra, não seria tão fácil naquele aniversário repleto de orações e de lágrimas. Após deixá-la com as nossas flores e com as nossas reflexões à frente dos retratos queridos, voltei-me ao nosso recanto espiritual, onde o Marcos, a Márcia Marilda, o Alvimar e a Vó Cida me esperavam.”
Liane ou Lika revela neste ponto de sua mensagem o conhecimento das manifestações de carinho de sua mãe por ocasião da passagem da data de seu renascimento espiritual. Cita, também, o fato de estar abrigada, com as demais vítimas do acidente que determinou a morte física de todos, em determinado estabelecimento do Plano Espiritual, para onde retornou após testemunhar as homenagens que lhe prestou sua mãe. A existência de institutos, hospitais ou colônias situadas nos Planos Espirituais não é novidade, pois bem antes de NOSSO LAR, o espírito Maria João de Deus na obra CARTAS DE UMA MORTA, publicada pela LAKE, de São Paulo, além de A VIDA ALÉM DO VÉU, já faziam revelações sobre elas.
PÁLIDA NOÇÃO.
“Regressava de seu ambiente amável com minhas forças renovadas e pedi aos amigos me auxiliassem a incentivar a renovação do nosso Marcos, que gradativamente se retoma.
Não obstante melhorando sempre, ele ainda assinala recordações que lhe reconstituem o delírio dos primeiros dias em nosso novo mundo de trabalho e de esperança. Pedi à Marilda e ao Alvimar organizarmos uma corrente de paz e carinho, para que o nosso Marcos viesse conosco à própria Terra, sem que ele soubesse de antemão o itinerário.
Uma excursão reconstituinte, eu disse a ele, e logo após retornaremos. Marcos ainda não consegue locomover-se com facilidade no setor da volitação. Entretanto, coloquei-o entre as mãos da Márcia e as minhas, enquanto o Alvimar se nos ligava ao trio na condição de acompanhante.”
Como se vê, mais de um ano havia se passado e, Marcos, um dos vitimados pelo acidente, apresentava pequena melhora. Realmente é muito variável o tempo necessário para que o desencarnado supere o trauma da morte.
Vários fatores interferem e contribuem para isso. A ignorância sobre a sobrevivência, a influência das mentalizações dos familiares que ficaram na retaguarda, as provas a que deve ser submetido o desencarnante, a inaceitação do espírito quanto ao abrupto desligamento.
Curiosa a referência sobre a distância a ser percorrida por ela e pelos amparadores do noivo, permitindo-nos ter pelo menos uma noção sobre a distância espacial do local onde permaneciam instalados.
VOLITAÇÃO.
“Foi a primeira experiência do Marcos na travessia do mar aéreo, que rodeia a vida física do Planeta. E volitamos com tamanha alegria, que me pareceu estarmos num balé da Tutti-Frutti, ensaiando passos que os homens desconhecem. Descemos na periferia de uma bela cidade, e, retomando o senso de equilíbrio, qual se retomássemos o corpo terrestre, caminhamos para o centro urbano, enfeitado de belas hortênsias que refletiam a luz do Sol ao anoitecer.”
Lika comenta sobre o meio de locomoção de que se servem, ela e os companheiros, para acessar a dimensão mais material que constitui a área por nós ocupada. Volitação é uma forma de deslocamento utilizado por espíritos que já possuem certo domínio sobre si mesmos e ocupam níveis espirituais mais elevados.
O elemento principal é o pensamento que impulsiona os corpos espirituais na direção do destino pretendido.
INTERAÇÃO.
“Uma festa de crianças felizes nos surpreendeu, em pleno ar livre, e havia tanta beleza nos cânticos suaves que desferiam, e o ar se fazia de tal modo embalsamado de aromas, que ele, Marcos, encantado, nos perguntou em que mundo havíamos penetrado... Com a minha alegria natural, expliquei-lhe que estávamos na Terra mesmo e que assistíamos a uma festividade determinada, em que os júbilos infantis constituíam a nota dominante.
Marcos se alegrou vivamente, mostrando novo brilho no olhar e, em seguida, pedi aos companheiros unirmo-nos com todas as forças da vontade, a fim de superarmos as energias da gravitação. Erguemo-nos de novo, sempre juntos e, depois de algum tempo, eu mesma solicitei uma visita a uma favela de meu conhecimento.”
Percebe-se pelo relato de Lika que o grupo tinha alvo definido, ou seja, um local onde se realizava alguma atividade envolvendo crianças no Plano Físico. A percepção deles naturalmente abrangia o clima vibratório resultante da alegria reinante no local, que invariavelmente inclui a interação entre os organizadores das diferentes dimensões, formando uma atmosfera de grande elevação. Digno de nota também, a menção da utilização conjunta de todas as forças da vontade, a fim de superarem as energias da gravitação, objetivando volitarem em direção ao outro objetivo pretendido por Liane.
CONTRASTE.
“A parada se fez sem quaisquer ocorrências dignas de menção, e novamente caminhamos mantendo a postura da antiga vida física e, quase de imediato, surpreendemos o choro de dezenas de crianças que o frio supliciava.
Maio anunciava as ondas geladas que se lhe reprimiam. Andamos por becos sob o nome de supostas ruas estreitas e foi possível enxergar o retrato da penúria em tantos rostos desfigurados a que o estômago vazio imprimia uma impressão de intensa dor. Mães agoniadas e sem esperança ofereciam aos filhinhos recém-nascidos a ânfora do peito, que nenhuma gota de leite emitiam em favor dos pequeninos familentos. Alguns homens gritavam palavrões, mostrando desespero e, revolta e, em toda parte, o desconforto plantando angústia. Era tão grande o número das crianças atormentadas e chorosas, que o Marcos indagou de novo em que mundo estaríamos agora, abordando o sofrimento, e a minha resposta não se fez esperar.”
A jovem Lika intencionalmente conduziu o grupo na direção de outra realidade, a fim de realçar para Marcos o contraste entre o ambiente próprio da abastança e da escassez. Tudo isso fisicamente não muito distante, compondo quadros da dimensão física. Certamente, pretendia ela despertar no até então apático noivo a disposição de integrar-se às legiões de servidores do Bem.
SERVIR É O CAMINHO DA FELICIDADE.
“Mostrei a ele que continuávamos num outro quadro da própria Terra, e somente aí o nosso querido amigo se capacitou a compreender que víramos dois painéis diferentes um do outro, e percebeu que a festa era irmã da necessidade e nos falou de como nos cabia trabalhar a fim de cooperar no auxílio à penúria.
Vê-lo emitindo conceitos que o estimulavam ao serviço no amor aos semelhantes, foi uma grande alegria que desejo partilhar com a mãezinha Neusa. Desde então as melhoras dele se fizeram mais seguras.”
Pelo que se nota, a estratégia surtiu efeito e, agora, transcorridos vários meses de sua chegada ao Plano Espiritual, Marcos refletia positiva reação de integrar-se no campo do trabalho eficaz. Como se vê, o trabalho produtivo é o melhor remédio para nos afastarmos das lamúrias e reclamações.
A íntegra desta e outras mensagens poderá ser lida na obra ANTE O FUTURO, publicado pela IDEAL.


“INFORMAÇÃO”:
REVISTA ESPÍRITA MENSAL
ANO XXXIV N° 401
FEVEREIRO 2010
Publicada pelo Grupo Espírita “Casa do Caminho” -
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