Rodrigo
Machado Tavares
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Quando a palavra evolução surge em nossas mentes, a maioria de nós,
quase que indubitavelmente, pensa na teoria da evolução das Espécies. Diante
deste contexto, onde ainda em pleno século XXI, o antagonismo secular entre
Criacionistas e Evolucionistas vem a tona, é oportuno analisar como o
Espiritismo lida com essa questão. Em outras palavras: nós, espíritas, somos
criacionistas ou evolucionistas?
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A princípio, para muitos, tal questionamento pode soar como desnecessário
e até mesmo com tendências sofistas. Entretanto, mister se faz que nós,
espíritas, estejamos cientes e esclarecidos de dúvidas como estas. Não para que
possamos travar verdadeiros duelos pseudo-intelectuais; e nem tampouco para
fazermos proselitismo. Mas para que possamos progredir, avançar, isto é,
evoluir no sentido mais hermenêutico da palavra. E além disso, como já nos
recomenda o Espírito de Verdade em o Evangelho segundo o Espiritismo: “Amai-vos,
eis o primeiro mandamento. Instruí-vos, eis o segundo.”
Sendo assim: somos criacionistas ou evolucionistas? Pois bem, somos
tanto criacionistas, assim como evolucionistas, por mais paradoxal que pareça.
Somos criacionistas, porque sabemos que Deus existe. A primeira
pergunta do Livro dos Espíritos nos esclarece ao dizer que: “Deus é a
inteligência suprema, a causa primária de todas as coisas”. Somos todos filhos
de um mesmo Pai.
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E somos também evolucionistas, pois sabemos que o Universo do Pai evoluiu
e continua em evolução. A leitura de alguns livros, tais como o Livro dos
Espíritos, a Gênese e A Caminho da Luz de Emmanuel, psicografado por Francisco
Cândido Xavier, para não citar outros, elucida o porquê de sermos
evolucionistas.
Com base nisto, podemos nos perguntar: “por que existe tanta polêmica
ainda hoje entre essas duas correntes que buscam explicar a formação do
Universo?”
Ora,
parafraseando Herculano Pires em seu livro Revisão do Cristianismo: “Há um
abismo entre o Cristo e o Cristianismo.” Tomando este mesmo pensamento, é
possível dizer que existe sim um verdadeiro abismo entre o que poderíamos
denominar de “Criacionismo dos Religiosos” (Dogmáticos) e o “Criacionismo dos
Cientistas”.
O Criacionismo pregado por muitas religiões não é verossímil. Por
exemplo, somente para citar uma das distorções da verdade, dizer que o Mundo
foi criado em 7 dias é ir na direção oposta à razão. Sabemos, através do
Espiritismo, que os 7 dias mencionados na Bíblia são na verdade 7 eras.
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Com relação ao “Criacionismo dos Cientistas”, que nada mais é do que o
Evolucionismo propriamente dito, podemos também afirmar que existem alguns
pequenos mal entendimentos. Isto não se refere à formação da Terra, a qual a
Ciência tem avançado bastante através da Arqueologia. E isto nem tampouco se
refere à formação do Universo, a qual a Astronomia, através de seu ramo
específico da Cosmologia vem descobrindo as maravilhas infinitas da Morada do
Pai, como já nos dizia o Mestre Jesus: “Na casa de meu Pai há muitas moradas”
(João 14:2); máxima que está muito bem explicada no Capítulo III de o Evangelho
segundo o Espiritismo. Em verdade, o Evolucionismo ainda “se perde” pela busca
do “Elo Perdido”, a qual nosso querido irmão Divaldo Pereira Franco já nos
explicou de forma clara em algumas de suas palestras.
O Espiritismo vem, mais uma vez, através de seu bom senso crítico e
racional explicar essas questões tão fundamentais, as quais ainda continuam
confusas para tantos outros irmãos aqui no orbe terrestre.
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Mas deixando um pouco de lado essa digressão filosófica
, a qual
é importante, entretanto não
é fundamental para a nossa evolução
(por
mais irônico que pare
ça), precisamos sempre ter em mente que evolução
está muito al
ém das palavras.
A leitura dos livros espíritas e dos livros científicos sérios, a
prece, a meditação, os pensamentos sempre bem direcionados, a reflexão, enfim,
tudo isso auxilia potencialmente para que possamos evoluir. Contudo, precisamos
sempre nos relembrar que para evoluir efetivamente, necessitamos vivenciar;
isto é, por em prática tudo aquilo o que estamos a aprender dentro desta
Doutrina Espírita tão divina, e por assim ser, tão esclarecedora.
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Todos nós, independente da posição social a qual pertencemos, da
profissão que exercemos, do conhecimento intelectual o qual temos etc.,
precisamos nos esforçar na Seara do Bem para evoluir. Em outras palavras,
precisamos amar, pois é somente com o amor, exemplificado pelo nosso Mestre
Jesus, e agora tão bem explicado pelo Espiri-tismo, que conseguiremos evoluir.
Rodrigo Machado Tavares é Engenheiro e pesquisador, residente em
Londres. Colabora com Revista Reformador
Jornal de Estudos Psicológicos
Ano II N° 2 Janeiro e Fevereiro 2009
The Spiritist Psychological Society
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