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Mostrando postagens com marcador No cap. IX do Evangelho Segundo o Espiritismo. Mostrar todas as postagens
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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

CORAGEM E FÉ



Incentiva-nos o mentor Emmanuel ao estudo e à vivência das lições do Mestre, para construirmos em nossos íntimos a fé inabalável.
 Continuar a serviço do bem, quando tudo nos pareça uma esteira de males sob os pés, – eis a real significação da lealdade ao Senhor.
Manter-se de coração tranquilo e alma impávida, na oficina dos ideais superiores, a convertê-los em realidade, sem esmorecer, na execução dos mais pesados deveres, quando muitos dos companheiros dos primeiros dias, já se tenham distanciado de nós e perseverar trabalhando, com a certeza invariável na vitória da verdade e do amor, a benefício de todas as criaturas, a despeito de todos os pesares...
Sustentar-se de espírito vigilante na ação e na oração, sem descrer dos objetivos supremos da vida, na edificação da felicidade comum, embora a tempestade de desilusões se nos desabe em torno, derrubando apoios que se nos figuravam inamovíveis... 
Prosseguir caminhando para o alvo entrevisto, no amanhecer dos sonhos mais puros, conquanto as pedras de aflição e os espinheiros de sofrimento se nos multipliquem na senda, dificultando-nos a marcha...
Avançar ainda e sempre, no encalço das realizações sublimes a que nos propomos atingir, no campo do espírito, apesar de todas as provações que nos testem a confiança, às vezes, caindo na perplexidade e no erro para levantar-nos nas asas da reconsideração e da esperança; chorando e enxugando as próprias lágrimas, ao calor das consolações hauridas no próprio conhecimento; compreendendo e silenciando; amando e servindo, – eis a coragem da fé, a única que pode efetivamente renascer dos destroços das piores circunstâncias terrenas e encarar a razão face a face.

Paz e Renovação – Emmanuel, psic. Francisco C. Xavier - lição 37

(Compilado por Cibele)

 Correio da Fraternidade
ANO 21 – nº 250- Abril de 2010 Distribuição Gratuita
Grupo Espírita “Irmão Vicente”
O Grupo Espírita “Irmão Vicente”, abreviadamente GEIV, foi fundado em 1º de janeiro de 1962, como Associação religiosa e filantrópica, de duração ilimitada e com fins não econômicos, com sede e foro na cidade de Campinas, estado de São Paulo.
http://www.annesullivan.com.br/mantenedora.html

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A VERDADEIRA PAZ


Ao ler a mensagem intitulada “Refugia-te em paz” no jornalzinho do mês passado, foi impossível não identificá-la no dia a dia das nossas vidas.
A mensagem traz a explicação de Emmanuel para a seguinte frase de Marcos: “Havia muitos que iam e vinham e não tinham tempo para comer”. De maneira clara Emmanuel nos afirma que, apesar da grande preocupação do homem em progredir na ciência, avançar no campo da tecnologia a fim de “facilitar sua vida” e ter um pouco de paz, não lhe tem sobrado tempo para o que deveria ser sua principal preocupação: o progresso moral!
Um tanto incoerente, não é? Pois a dedicação ao nosso progresso moral é que nos traz a verdadeira paz. Vejamos, por exemplo:
- Um colega de trabalho difícil de se relacionar; neste caso costumamos reclamar, nos achar vítimas, ficar inconformado com tal situação, mas somos nós mesmos que transformamos em sofrimento o que poderíamos encarar com paciência, tolerância, oportunidade de aprendizado se nos dedicássemos ao estudo e prática do Evangelho.
O mesmo acontece quando somos contrariados. Conseguimos transformar em dor de estômago, dor de cabeça ou pressão alta, uma simples divergência de opinião, tudo porque a nossa vaidade não aceita. Se tivéssemos tempo para estudar o Consolador prometido, ele seria nosso guia e suporte para lidarmos com situações como estas.
Sabemos que a cada um de nós nos é dado segundo as nossas obras, pois somos espíritos eternos dotados da inteligência e possuímos o livre-arbítrio, ou seja, fazemos nossas escolhas. Cabe a cada um de nós ponderar, comparar e escolher como é que queremos utilizar nosso tempo.
Fica, então, o convite deixado pela referida mensagem para que “... adotemos efetivamente o aprendizado com o Divino Mestre...” refugiando-nos dentro de nossa alma, pois aí encontraremos as verdadeiras noções da paz e da justiça, do amor e da felicidade reais

Natália


Correio da Fraternidade
ANO 21 – nº 250- Abril de 2010 Distribuição Gratuita
Grupo Espírita “Irmão Vicente”
O Grupo Espírita “Irmão Vicente”, abreviadamente GEIV, foi fundado em 1º de janeiro de 1962, como Associação religiosa e filantrópica, de duração ilimitada e com fins não econômicos, com sede e foro na cidade de Campinas, estado de São Paulo.
http://www.annesullivan.com.br/mantenedora.html

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Frustração e Paciência


Eliana Galvão Puoli

    Somos todos seres espirituais em contínua evolução e buscamos, a cada momento, o desenvolvimento da nossa individualidade através do conhecimento e do contato com nosso eu interior.
É verdade, também, que temos como princípio básico a busca da alegria, da felicidade e da perfeição. Se tomarmos, ao longo da vida, outro rumo, ou se atravessarmos impasses ao longo do caminho, será por algum “erro de percurso”, pois o nosso objetivo primordial é a busca do crescimento, da evolução.
     Em nossa caminhada terrestre, vivemos diariamente inúmeros impasses, reveses, desencontros e infortúnios, que chamamos de “frustração”.
Normalmente, temos o hábito de encará-la como um inimigo perverso que se põe diante de nós para “estragar nossa alegria” e atrapalhar nossa vida.
     Infelizmente, levamos muito tempo, às vezes várias e várias encarnações, para perceber que é exatamente através destes “sofrimentos” que estaremos tendo as verdadeiras e reais possibilidades de amadurecimento, à medida que possamos desenvolver nossa paciência e tolerância em viver e assimilar todos estes reveses.
 “Problemas e dificuldades não devem ser encarados como infelicidade, antes devem ser examinados na condição de mecanismos para a aquisição de experiências valiosas, sem as quais ninguém consegue integridade nem ascensão.”
 A paciência deve ser usada como instrumento de luta, nos dando capacidade para enfrentar os acontecimentos. Ela reflete nossa capacidade íntima, nossa confiança nos desígnios de Deus. A paciência é um tesouro valioso que respeita o tempo sem pressa.
     A frustração só existe e faz sentido naqueles em quem “falta” paciência. Se eu consigo ser paciente e tolerante, sou compreensivo e conheço a Lei de Justiça e a Lei de Ação e Reação, estou, então, a par das Leis de Deus.
     Irritar-se ou revoltar-se com as leis de causalidade, que na maioria das vezes nos traz o que “não agrada”, é apenas agravar um quadro que não pode ser alterado.
No cap. IX do Evangelho Segundo o Espiritismo, pág.128, que fala da Paciência, podemos observar que esta é uma das mais supremas Leis de Deus, que devemos buscar para nosso desenvolvimento moral e espiritual. Deus nos criou para buscarmos a paciência e sermos caridosos.  Ali se encontra: “A dor é uma benção que Deus envia aos seus eleitos... Sede pacientes, pois a paciência é também caridade, e deveis praticar a lei de caridade, ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste em dar esmolas aos pobres é a mais fácil de todas. Mas há uma bem mais penosa, e consequentemente bem mais meritória, que é a de perdoar os que Deus colocou em nosso caminho, para serem os instrumentos dos nossos  sofrimentos  e submeterem à prova a nossa paciência.”
     Da mesma forma, ser “caridoso” significa ser “paciente”. Fazer caridade implica, portanto, em trabalho e estudo contínuo, numa busca infinita para nos melhorarmos sempre e melhorarmos nossos semelhantes. É doar-se na sua plenitude, sem deixar de ser firme e rigoroso por vezes. Implica ainda humildade para acolher com respeito o desconhecido assim como o conhecimento ao mesmo tempo; implica em admitir aquilo que não se sabe e que, se sabido for, trará elevação, progresso e conhecimento.
     Podemos finalmente dizer que a “frustração” é o treino maior da nossa “paciência”. Somente quando formos capazes de viver nossas frustrações, aceitar nossos limites, nosso “não saber” e entender que todos estes impasses se colocam diante de nós como forma primeira e essencial para o desenvolvimento do que há de mais belo nos ensinamentos de Deus – a Paciência – é que poderemos sentir que estamos caminhando na verdadeira seara da Fé, da Esperança e da possibilidade de um mundo mais tolerante, produtivo e repleto do verdadeiro sentido do Amor.

Eliana Galvão Puoli é Psicóloga, residente no Brasil. É membro do Centro Espírita Irmão Itajubá , São Paulo-SP.

Jornal de Estudos Psicológicos
Ano II N° 8 Janeiro e Fevereiro 2010
The Spiritist Psychological Society