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sexta-feira, 22 de março de 2013

Afinal, que método usar?


Definição de parâmetros é importante na busca de soluções e caminhos a percorrer.

A definição da palavra método, conforme o dicionário, é "ordem que se segue na procura da verdade, no estudo de uma ciência, para alcançar um fim determinado; técnica, processo de ensino; maneira de proceder", entre outras. A própria definição, portanto, já indica um critério organizado para alcance de determinados fins. Qualquer planejamento de estudo ou trabalho definirá um método a ser seguido.

O tema é de nosso interesse imediato, considerando-se a necessidade e importância de organizarmos ou reorganizarmos nossas instituições, inspiradas e fundadas pelo ideal espírita, a fim de que correspondam na prática aos objetivos do Espiritismo

Aliás, vale recordar: qual o objetivo principal do Espiritismo? O próprio Allan Kardec responde no artigo O que o Espiritismo ensina, publicado na Revista Espírita de agosto de 1865, quando afirma que "...O Espiritismo tende para a regeneração da Humanidade; este é o um fato adquirido. Ora, esta regeneração não podendo se operar senão pelo progresso moral, disto resulta que seu objetivo essencial, providencial, é a melhoria de cada um...".

Entendido o objetivo essencial do Espiritismo, seria o caso de perguntar-se qual a missão ou objetivo do Centro Espírita, ou se quisermos generalizar, das instituições espíritas inspiradas pelo ideal espírita? A que se destina o funcionamento de tais instituições? Fica óbvio que tais instituições foram fundadas e funcionam para tornarem práticos, acessíveis e poderíamos dizer até populares, os meios de a própria Doutrina Espírita atingir seus objetivos essenciais. Representantes do Espiritismo, tais como instituições, devem honrar o adjetivo espírita que adotam, organizando-se com métodos que correspondam aos próprios objetivos.

Em O Livro dos Médiuns, Allan Kardec dedica um capítulo especial à questão com o título Do Método. É o capítulo III da citada obra, onde comenta sobre as diversas classes de materialistas e de adeptos, ponderando sobre a importância de se estabelecer um método de argumentação e mesmo de ensino para a exata compreensão da teoria espírita. E afirma que "... o melhor método de ensino espírita é o de se dirigir à razão antes de se dirigir aos olhos.(...)"

A afirmação de Kardec refere-se à necessidade do estudo prévio da teoria para entendimento amplo da realidade apresentada pela Revelação Espírita, em toda sua amplitude, desclassificando qualquer tipo de imprudência ou precipitação. E para prevenir e mesmo orientar o progresso do Espiritismo e seu movimento, através das décadas, o Codificador incluiu no mesmo O Livro dos Médiuns, capítulos específicos como o XXIX – Reuniões e Sociedades Espíritas e o XXX – Regulamento da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Além do valioso texto Constituição do Espiritismo (subdividido em diversos capítulos), que foi publicado posteriormente em Obras Póstumas (publicada após a desencarnação do Codificador).

Ora, tais documentos atendem aos objetivos da presente matéria: como organizar nossas instituições? Que métodos utilizar?

Afinal, ao lado e até como conseqüência do ensino espírita propriamente dito, desdobram-se as demais atividades que, embora secundárias, adquirem caráter importante na educação e preparo dos adeptos, formando a consciência espírita. As instituições dedicam-se às tarefas de assistência espiritual e material, fomentam atividades de divulgação, participam do movimento espírita trocando experiências com outras instituições e não se excluem da integração com a própria sociedade onde estão instaladas.

Seria o caso de fazermos uma avaliação sobre o que já está sendo feito ou pensarmos na melhor maneira de organizar uma atividade nova. São questões básicas:

a) Como organizar uma tarefa de aplicação de passes?

b) Como conduzir uma reunião mediúnica?

c) Como organizar um curso de doutrina espírita, de maneira motivadora, envolvente, dinâmica?

d) E a tarefa de distribuição de sopa, alfabetização de adultos ou atendimento de gestantes?

e) E a edição de um boletim ou informativo interno, visando divulgar a doutrina e integrar seus trabalhadores?

f) Qual a melhor maneira de superar conflitos de relacionamento interno?
g) Podemos formar novos expositores?

h) E o ensino espírita para os jovens e crianças?

i) Para a educação mediúnica, que método utilizar?

j) A formação de liderança, a condução administrativa da instituição e mesmo a preparação de novos trabalhadores podemos discutir?

k) Há uma regra para as palestras?

l) Que livros divulgar?

m) E se temos um hospital, um orfanato, uma creche, um lar ou uma escola como departamento da instituição, que critérios utilizar?

n) Como conseguir recursos, vencer as dificuldades?

Notem os leitores que é uma lista imensa que pode receber inúmeros outros acréscimos, dos casos e casos da realidade de cada instituição e da própria amplitude da atividade espírita com detalhes específicos em razão mesmo da dinâmica espírita e da variedade de experiências possíveis.

Ao mesmo tempo, podemos notar ainda que cada pergunta acima enumerada abre outro leque de questionamentos e reflexões. Haverá sempre muitas dúvidas que cada grupo ou instituição vai levantar.

E as respostas surgirão naturalmente, se embasarmos nossas reflexões utilizando o critério espírita, o método mesmo apresentado por Allan Kardec em O Livro dos Médiuns, acima citado, e que repetimos aqui: "... o melhor método de ensino espírita é o de se dirigir à razão antes de se dirigir aos olhos. (...)".

Ora, isso solicita o uso do raciocínio. Exige pensar, avaliar, ponderar, colher subsídios, analisar criteriosamente à luz da razão e do conhecimento espírita, é óbvio, para planejar com segurança o rumo das atividades.

Afinal, o que diz a Doutrina Espírita?

Estamos ou não comprometidos com o Espiritismo? Desejamos trazer inovações ou utilizar a proposta do Espiritismo? Já que tal proposta valoriza o ser humano e convida-o à melhora moral, as atividades de nossas instituições espíritas devem dirigir-se ao esclarecimento que evita os desastres morais, causas dos sofrimentos que tanto infelicitam a sociedade em todos os tempos.

E mais que a própria teoria, a vivência dessa proposta no ambiente onde a desenvolvamos.

Paralelamente a isto, outros questionamentos podem ser trazidos para debates – também visando o uso de um método - , auxiliando-nos a raciocinar no encontro de caminhos que nos ajudem a atingir aqueles objetivos propostos pela constituição do Espiritismo:

a) Como manter-me calmo diante de situações adversas?

b) Como conseguir equilíbrio interior?

c) Como conviver de maneira cristã?

d) Como melhorar a mim mesmo?

e) Como adquirir paciência, amar mais, confiar mais amplamente?

Estas e outras questões pertinentes devem ser levadas ao cotidiano de estudos em nossas instituições, pois nelas residem muitas vezes a causa de desencontros e quedas morais infelicitadoras. E a oportunidade de debates facilita o entendimento de tais temas à luz do Espiritismo.

Por isso, com todo empenho recomendamos aos leitores a leitura e estudo atento do artigo de autoria de Allan Kardec, constante da Revista Espírita de agosto de 1865 com o título O que o Espiritismo ensina. E ainda o livro Viagem Espírita em 1862, que constitui um valioso documento de orientação do próprio Codificador, dirigidas a grupos espíritas de sua época, mas de grande valor histórico, cultural e de orientação prática propriamente dita. Por outro lado, uma nova leitura do capítulo III de O Livro dos Médiuns e das indicações de Obras Póstumas completam um belo conjunto de orientações.

O fato final, porém, é que as dificuldades existem, mas a orientação também, bem mais abrangente.

Buscando a teoria, elaborada com o caráter revelador do Espiritismo, encontraremos as respostas que procuramos. Basta colocar cada coisa em seu lugar, com o devido embasamento fornecido pela própria Doutrina Espírita, onde estão presentes o amor, a disciplina, e o convite ao bem.

Autor: Orson Peter Carrara

Fora da caridade não há salvação X Fora da Igreja não há salvação (salvação pela fé ou pelas obras)


Raciocinando sobre esses dois atributos de Deus: bondade e justiça infinitas; e ainda considerando que só se vive uma vez, não existindo a reencarnação, já poderíamos facilmente saber o que seria mais decisivo: se a fé, se as obras. Caso a fé fosse o único meio de salvação, o que seria dos povos que viveram na América antes da mesma ser “descoberta”? O que seria de alguém que nasceu em uma vila isolada no interior da Índia e nunca sequer viu uma Bíblia a sua frente? Por aqueles dois atributos de Deus podemos pensar que a salvação eterna encontraria um fator altamente decisivo em uma mera questão geográfica? Um brasileiro católico ou evangélico ainda o seria se houvesse nascido, vivido e morrido no interior do Afeganistão, ou da Índia, como colocado anteriormente? Sabemos que Deus, em sua justiça, trata imparcialmente todos os seus filhos, não fazendo acepção de pessoas (Deuteronômio, 10:17). Como resolver então essa questão?
Um ponto interessante na salvação pela fé é o que se coloca em Tiago, 2:19: “Crês tu que Deus é um só? Fazes bem; os demônios também o crêem, e estremecem”.
Por esses pensamentos já chegamos a uma conclusão, mas, claro, há ainda que se considerar a palavra da Bíblia de forma mais abrangente. Façamos isso.
Passagens utilizadas como justificativas por aqueles que acreditam na salvação pela fé:
Romanos, 3:27-28 - Onde está logo a jactância? Foi excluída. Por que lei? Das obras? Não; mas pela lei da fé. Concluímos pois que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei.
Efésios, 2:8-9 - Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie.
Romanos, 10:9 - Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo.
Romanos, 5:1 - Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo.
Agora, passagens utilizadas como justificativas por aqueles que acreditam na salvação pelas obras:
Romanos, 2:5-6 - Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus, que retribuirá a cada um segundo as suas obras;
Romanos, 2:3 - Pois não são justos diante de Deus os que só ouvem a lei; mas serão justificados os que praticam a lei.
2 Coríntios, 5:10 - Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal.
Tiago, 2:24 - Vedes então que é pelas obras que o homem é justificado, e não somente pela fé.

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Site Saber Espírita - 2005 

Espiritismo: ciência, filosofia ou religião?

O Espiritismo “surgiu” em meados do século XIX, na França, tendo como “marco inicial”, por assim dizer, a codificação de O Livro dos Espíritos, por Allan Kardec, em 1857. É importante dizer que os termos espírita e espiritismo foram criados por Kardec para dar nome a tudo o que estava surgindo naquele momento, sendo errado entender, por Espiritismo, qualquer culto ou religião onde há a mediunidade e a crença na reencarnação. Por esse motivo ouve-se muito os termos "espiritismo kardecista", "espiritismo de mesa branca", “baixo e alto espiritismo”, quando na verdade, o Espiritismo real é apenas um e é aquele que encerra toda a doutrina espírita, cuja base são os cinco principais livros deixados por Kardec, a saber: O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864), A Gênese (1868), O Céu e o Inferno (1865) e O Livro dos Médiuns (1861), além, é claro, do Livro dos Espíritos.
O Espiritismo traz em si três faces: a religião, a filosofia e a ciência. Um pensamento de Chico Xavier elucida bem isso: "poderíamos figurar, por exemplo, a ciência como sendo a verdade, a religião, como sendo a vida e a filosofia como sendo a indagação da criatura humana entre a verdade e a vida. Todos os três aspectos são muito importantes, porque a filosofia estuda sempre, a ciência descobre sempre, mas a vida atua sempre. Todos esses aspectos são essenciais, mas a religião é sempre a mais importante, porque a verdade é uma luz a que todos chegaremos, a indagação é um processo do que todos participamos, mas a vida não deve ser sacrificada nunca e a religião assegura a vida, assegurando a ordem da vida". Chico Xavier corrobora ainda essa visão em um trecho do livro Momentos com Chico, de Adelino da Silveira.
Contudo, alguns espíritas preferem não ver o Espiritismo como religião. O próprio Allan Kardec, em certo momento, definiu o Espiritismo como uma ciência e uma filosofia (no livro O Que É o Espiritismo), não tendo caráter religioso, apesar de sua filosofia levar a considerações de ordem religiosa. Temos aqui algo como a idéia de Deus, iniciando a religião; a indagação prenunciando a filosofia e a experimentação anunciando a ciência. Não mais a fé cega, mas o saber racional, vindo da experimentação e observação. No entanto, essas considerações de Kardec se faziam mais no sentido de não colocar o Espiritismo no grupo das religiões dogmáticas existentes na época (e ainda hoje, claro). Diante de tantos abusos e explorações já feitas pelo homem em nome de suas várias religiões na história, ele preferiu diferenciar o Espiritismo disso tudo, para que a doutrina não fosse apenas mais uma repetição da intolerância e abuso humanos. Em seu último discurso, proferido em 1o de novembro de 1868, Kardec explica bem isso:
“Se assim é, perguntarão, então o Espiritismo é uma religião? Ora, sim, sem dúvida, senhores. No sentido filosófico, o Espiritismo é uma religião, e nós nos glorificamos por isto, porque é a doutrina que funda os elos da fraternidade e da comunhão de pensamentos, não sobre uma simples convenção, mas sobre bases mais sólidas: as mesmas leis da natureza. "Por que, então, declaramos que o Espiritismo não é uma religião? Porque não há uma palavra para exprimir duas idéias diferentes, e que, na opinião geral, a palavra religião é inseparável da de culto; desperta exclusivamente uma idéia de forma, que o Espiritismo não tem. Se o Espiritismo se dissesse uma religião, o público não veria aí senão uma nova edição, uma variante, se se quiser, dos princípios absolutos em matéria de fé; uma casta sacerdotal com seu cortejo de hierarquias, de cerimônias e de privilégios; não o separaria das idéias de misticismo e dos abusos contra os quais tantas vezes se levantou a opinião pública. "Não tendo o Espiritismo nenhum dos caracteres de uma religião, na acepção usual do vocábulo, não podia nem devia enfeitar-se com um título sobre cujo valor inevitavelmente se teria equivocado. Eis porque simplesmente se diz: doutrina filosófica e moral".
Concluindo, vê-se que nesse ponto tudo depende do pensamento de cada um, pois se considerarmos religião como algo que incorpore rituais, dogmas variados, sacramentos, sacerdócios, uso de objetos santos ou sagrados e cultos ou práticas exteriores, então o Espiritismo não é uma religião, já que nada disso possui. Mas se considerarmos religião como algo que seja um elo de ligação entre o homem e Deus (lembrando que esse é o significado original da palavra religião; do latim: religare), algo que seja uma fonte de caminhos ao homem para a sua busca ao Ser superior, nada tendo em importância a forma, mas sim o conteúdo (pensamento), então o Espiritismo é sim uma religião. Para que haja um elo forte entre o homem e Deus não são necessárias atitudes exteriores, importando tão somente o que está guardado dentro do coração de cada um, pois é isso o que Deus realmente vê e considera.
De forma objetiva, sete são os princípios básicos do Espiritismo:
1) Deus existe, e Ele é a causa primária de todas as coisas;
2) a existência do espírito e sua sobrevivência após a morte;
3) a reencarnação;
4) a lei de causa e efeito;
5) a comunicação entre o mundo material e o mundo espiritual;
6) a evolução progressiva dos espíritos;
7) a prática da caridade. Tais princípios são melhor elucidados em: quais são as bases da doutrina espírita?
Pensamento de Chico Xavier sobre a face religiosa do Espiritismo
"Se tirarmos Jesus do Espiritismo, vira comédia. Se tirarmos religião do Espiritismo, vira um negócio. A doutrina espírita é ciência, filosofia e religião. Se tirarmos a religião, o que é que fica? A filosofia humana, embora seja uma conversa sem fim, tem ajudado a clarear o pensamento, mas não consola perante a dor de um filho morto. A ciência humana, embora seja uma pergunta infindável, está aí em nome de Deus. Antigamente tínhamos a varíola, mas Deus, inspirando a inteligência humana, nos deu a vacina e hoje a varíola está quase eliminada da face da Terra. Sofríamos com o problema da distância, mas a bondade divina, inspirando a cabeça dos cientistas, nos trouxe o motor. Hoje temos o barco, o carro, o avião suprindo distâncias...o telefone aliviando ansiedades...a televisão colocou o mundo dentro das nossas casas... Tínhamos medo da escuridão, mas a misericórdia divina nos enviou a lâmpada, através da criatividade humana. A dor nos atormentava, mas a compaixão divina nos enviou a anestesia. Há, porém, uma coisa em que a ciência não tem conseguido ajudar. Ela não tem conseguido eliminar o ódio do coração humano. Não podemos pedir misericórdia a um computador. Jesus, porém, está na nossa vivência diária, porquanto em nossas dificuldades e provações, o primeiro nome de que nos lembramos, capaz de nos proporcionar alívio e reconforto, é JESUS. De maneira que se tirarmos religião fica um corpo sem coração, se tirarmos a ciência fica um corpo sem cabeça e se tirarmos a filosofia fica um corpo sem membros."


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Como Conheci o Espiritismo - Programa 7

segunda-feira, 11 de março de 2013

No Lar - Dr. Sérgio Felipe de Oliveira

Anete Guimarães: Visão Neurológica da Busca da Felicidade [AVozdoEspiri...

Programa Encontro Fraterno - O Poder da Fé e da Oração

José Medrado - Palestra: "Dificuldades: Para que surgem?" (16.10.2012)

Cidade da Luz: Coral Raio de Sol no aniversário da Instituição (28.02.2012)

CÉLIA TOMBOLY " EVANGELHO MUSICAL"

Gestos Simples Sublimam - Psicografia de SCHEILLA

TEATRO NA TV - Peça " Como Tudo Aconteceu......" segunda parte

TEATRO NA TV - Peça Espírita " Como tudo Aconteceu......" primeira parte

Palestra: Os mortos telefonam?

domingo, 10 de março de 2013

CIÊNCIA E ESPIRITISMO


“Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará” (A Gênese, Capítulo I, item 55)
A citação em destaque — inserida na quinta obra da Codificação — dá-nos uma visão cristalina e definitiva no que diz respeito à total submissão da Doutrina Espírita ante as descobertas progressistas, devidamente comprovadas após criteriosa e exaustiva experimentação, a cargo das investigações científicas dos nossos dias.
Em outras palavras, sempre que a Ciência provar que o Espiritismo encontra-se em erro em algum de seus postulados, devemos afastá-lo, substituindo-o pelo preceito científico correspondente. Desta forma, a Doutrina Espírita se reveste de uma segurança pouco comum no universo religioso, sem, entretanto, lançar-se como detentora da verdade absoluta.
Tão contundente afirmação leva-nos a refletir, por extensão de raciocínio, sobre o aspecto científico do Espiritismo, infelizmente não muito cultivado em nosso meio.
Importante ressaltar que, ao contrário do que muitos pensam, a prática da investigação científica na Casa Espírita não se encontra reservada aos possuidores de grandes qualificações intelectuais, justamente por ser ela de implantação bastante simples, ainda que trabalhosa, podendo e devendo ser inoculada em todas as tarefas espíritas, notadamente as de cunho mediúnico.
Analisando algumas atividades comuns à maioria dos Centros Espíritas, indagamos: Quais são os dados de que dispomos para avaliar se realmente aqueles que se submeteram ao tratamento de desobsessão, cura espiritual ou simples aplicação de passes apresentaram melhoras? Existe algum fichário contendo anotações referentes ao quadro evolutivo de cada um? As informações recebidas por mais de um médium têm sido confrontadas com vistas a garantir a veracidade das orientações prestadas ao atendido? Por outro lado, quando os chamados “mentores da Casa” se manifestam, suas informações são colocadas em discussão à luz dos fundamentos espíritas?
Todas essas questões, dentre outras,  fazem parte de uma análise puramente científica, de pouquíssima complexidade, cuja finalidade principal é verificar a correção do direcionamento dado aos trabalhos executados sob a égide do Espiritismo, que, então, ver-se-á fortalecido sob o aspecto da fé raciocinada, constantemente ressaltado nas obras básicas da Doutrina, em total oposição à fé cega, que é verdadeiramente o fator mais representativo do comodismo religioso.

José Marcelo G. Coelho
e-mail: jmarcelo.vix@zaz.com.br
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GFEIC - Estudo Julho/2000

terça-feira, 5 de março de 2013

ESPIRITISMO - DIVALDO FRANCO ESCLARECE - SONHOS RUINS E PESADELOS

70 - "AMAI E PERDOAI OS INIMIGOS" - PELA ÓTICA DO ESPIRITISMO - DOUTRINA...

39 - O CÂNCER PELA ÓTICA DO ESPIRITISMO - Doutrina Espírita Explicada

31 - SEXO - O QUE DIZ O ESPIRITISMO A RESPEITO? - Doutrina Espírita Exp...

Seminário de Haroldo Dutra Dias - Mestre Galileu em toda sua Originalida...

José Medrado - Palestra: "A Arte de Relacionar-se" - Poços de Caldas MG ...

José Medrado e sua produção mediúnica de esculturas: obras de maio/2012 ...

segunda-feira, 4 de março de 2013

José Medrado - Palestra: "A Fé" (31.07.2012)

Palestras Espíritas de José Medrado (lista de reprodução)

21/02/11 - Refletindo sobre o Cotidiano - Jacob Melo (1/3)

Inovações na Divulgação da Doutrina Espírita - Nazareno Feitosa 2012 Pal...

Espiritismo: Análise das Críticas de seus Opositores 2 - Nazareno Feitos...

Programa Dimensões - Rosana Beni entrevista Wagner Borges 17-05-12 - Par...

Programa Dimensões - Rosana Beni entrevista Wagner Borges 17-05-12 - Par...

Wagner Borges - Esclarecimentos sobre as Obsessões Extrafisicas - Progra...

Como Conheci o Espiritismo - Programa 1

Como Conheci o Espiritismo - Programa 2

domingo, 3 de março de 2013

Wanderley Oliveira na MenteNova/SP: Cordões Energétios (02/04)

PRAZER DE VIVER - WANDERLEY OLIVEIRA - PARTE 3

Brasil Das Gerais - Mediunidade Rede Minas Com Wanderley Oliveira, Eugen...

PRAZER DE VIVER - WANDERLEY OLIVEIRA - PARTE 2

Repensar 081 - Quem perdoa liberta

Escutando os sentimentos: da abundância do coração fala a boca

Depressão - Wanderley de Oliveira

PRAZER DE VIVER - WANDERLEY OLIVEIRA - PARTE 1

Richard Simonetti: centro espírita e reuniões mediúnicas

Uma Razão Para Viver - Richard Simonetti

A Conquista da Serenidade - Richard Simonetti

Uma Receita de Vida - Palestra com Richard Simonetti

sábado, 2 de março de 2013

O Semeador: Djalma Argollo - O mundo espiritual p4/5

Mediunidade, Um Dom De Todos Nós!!! - Djalma Argollo - 02

José Medrado - Palestra: A paz é nossa, não é de ninguém (18.12.2012)

Adenauer Novaes - Felicidade Sem Culpa

José Medrado-Cidade luz (lista de reprodução)

Adenauer Novaes - Jesus Psicologo da Alma

Amor e Sexo - Adenáuer Novaes (2012 08 30)

A Caridade - Adenáuer Novaes (2012 10 25)

Designação Pessoal - Adenáuer Novaes (2012 11 08)

Palestra "Espiritismo e Contemporaneidade", com Adenauer Novaes

José Medrado - Palestra: Sintonia com a vida (05.02.2013)

CASAMENTO APRENDIZADO DE VIDA, ENCONTRO OU REENCONTRO MÁGICO?


O que é, afinal, o casamento?
Sonia Dutra
Minha experiência de vida poderia, simploriamente, dizer que casamento é aquilo onde quem está dentro quer sair e quem está fora quer entrar.
O casamento poderia ser visto como uma sonhada viagem para a qual duas pessoas levam sua mala individual, mas vão precisar construir e arrumar uma nova mala: a do Nós, na qual entrarão coisas de um e de outro, mas muito também terá de ser deixado para trás.
Quando as pessoas não atentam para suas diferenças, o casamento reflete uma união torturante, onde duas pessoas passam a se alimentar de uma relação doente de desatenção, indiferença e silêncio. Surgem, na convivência, medos, incompreensões, distanciamentos e traições.
O mundo do casal se torna como um campo de violência e competição.
É o casamento sem casamento.
Hoje, mais do que nunca, todos querem apenas ganhar, sem abrir mão das suas possibilidades de encontrar o prazer. Desejamos novos modelos de relação, como as vantagens das uniões antigas, porém sem suas desvantagens.
Buscamos um amor que sobreviva a novos amores, que seja tudo e muito mais. Deparamo-nos com casais que se amam num dia e, no outro, são inimigos em campo de guerra, onde tudo - família, filhos, profissão - são disputas.
Hoje, a falta de compromisso é a marca da maioria dos casais cujo objetivo principal é a busca do prazer individual. Diante de um egoísmo profundo, as relações são breves, superficiais e sem envolvimento emocional de fato.
Wilhelm Reich nos diz que “o vínculo com o parceiro se dá a partir de responsabilidade e desejos internos, e não através de coerções sociais”.
A fidelidade no casamento, portanto, não deve passar apenas pela sexualidade, mas sim pelo quanto que o casal está disposto a respeitar os seus compromissos de encontro existencial.
O casal que faz de sua união um espaço de vida compartilhado como amantes, esposos, amigos íntimos, pais, irmãos, confidentes, cúmplices, desenvolve a maior de todas as parcerias, aquela que resgata suas dificuldades de outras vidas sem comprometer as vidas futuras. Esta incrível completude, com base numa disponibilidade amorosa grande, dá ao casamento um tom de grande empreendimento, muito mais espiritual do que material.
O casamento deixa de ser baseado em pactos e contratos para se basear em sentimentos de amor e atração sexual.
O desejo de estar junto com passa a ser prioritário, e com ele a vontade de conquistar e reconquistar a cada dia. Tudo isso dá à união uma categoria melhor, e maior é o aprendizado em cumplicidade, respeito, negociação, compromisso e escolha.
É, pois, o casamento uma construção trabalhosa, tal qual todo ato criativo do ser humano, trazendo medos, inseguranças, desejos, conflitos.
Mas ainda assim não queremos abrir mão do doce sonho de felicidade que só o amor pode trazer.
Há entre o homem e a mulher algo que lhes dá a possibilidade de uma relação de bem-querer, aconchego, ternura e sensualidade, que é o amor.
Paixão é sentimento inicial e provisório e se transforma no tempo.
O amor é um sentimento amplo e duradouro que, para sobreviver, deve conter os resíduos da paixão original. É o amor que determina o desejo de estabelecer vínculos estáveis com outra pessoa; exigência de uma vida compartilhada, de intimidade, de projetos comuns, respeito às mudanças individuais, crescimento a dois.
O amor é o que nos faz ter mais coragem para viver o desafio da comunhão. O amor não é por si só a solução, mas é sim, sem dúvida, um modo de abertura para o outro sem igual, pois é capaz de sustentar conflitos e desigualdades e trazer o maior de todos os desafios: a destinação do ser humano para a liberdade e felicidade. O caminho do amor é impresso no coração do homem.
Como diz Joanna de Angelis em “Amor, Imbatível Amor”:
... [o amor] é fonte inexaurível de energias capazes de modificar todas as estruturas comportamentais do ser humano.
... Variando de expressão e de dimensão em todos os seres, é sempre o mesmo impulso divino que brota e se agiganta, necessitando do direcionamento que a razão oferece, a fim de superar as barreiras do ego e tornar-se humanista, humanitarista, plenificador, sem particularismo, sem paixão, livre como o pensamento e poderoso quanto a força da própria vida.”

O jornal O APRENDIZ é uma publicação bimestral do CEMA - Centro Espírita Maria Angélica
Rua Odilon Duarte Braga, nº 240 - Recreio dos Bandeirantes . Rio de Janeiro - CEP 22.790-220 - CNPJ - 35.799.030/00001-94 www.cema.org.br
Telefone: (21) 2437-5947 - Distribuição interna
5.000 exemplares - Jornalista responsável: Gustavo Poli - DRT/RJ: 9019198
Ano 4 Nº 13 janeiro/março 2005

José Medrado - Palestra: "Rótulos não importam" (22.01.2013)

AFETIVIDADE: UNIÃO e DIVÓRCIO


Afeição: afeto, amizade, amor
Afeto:
1. disposição de alma, sentimento
2. amizade, simpatia
Afetividade: conjunto dos fenômenos afetivos (tendências, emoções, sentimentos, paixões, etc...)
L.E. - Q695 – O casamento, ou seja a união permanente de dois seres é contrária à lei da Natureza?
- É um progresso na marcha da Humanidade.
   A solidão do Ser gera a busca do outro. Sócrates definiu o amor como um vazio que procura preencher-se.
A busca do outro é o preenchimento do vazio, que dá ao homem e à mulher a capacidade da reprodução da espécie, o poder criador.No casamento o homem busca a sua metade feminina e a mulher a sua metade masculina.Se não predominar esse critério dos opostos não se completa a unidade biológica e espiritual que sustenta a espécie humana, pois a finalidade do casamento em todas as sociedades é a constituição da família e a preservação da espécie.
   O casamento ou a união permanente de dois seres implica o regime de vivência pelo qual duas criaturas se confiam uma à outra, no campo da assistência mútua. Ambos devem caminhar juntos na criação e no desenvolvimento de valores para a vida.Ele tem por meta a comunhão física, afetiva, o desenvolvimento da emoção psíquica e o companheirismo.Exercita a fraternidade e o entendimento.
   Um jovem e uma jovem se amam e o amor que os atrai é o amor de Deus nas criaturas.A bênção do amor já os ligou e eles não necessitam de palavras, ritos ou sacramentos para se unirem, pois unidos já estão.Se não houver amor entre eles, não estão unidos e de nada valerá a união formal por meios sacramentais. É por isso que no Espiritismo não há sacramento, nem formalismo algum, pois tudo depende, em todas as circunstâncias da essência única e verdadeira, que é o amor.Lembremos a resposta à questão 701 do L.E.O casamento segundo as vistas de Deus, deve fundar-se na afeição dos seres que se unem.
   O Espiritismo reconhece a necessidade humana de disciplinação social, e por isso recomenda apenas o casamento civil.Imperioso porém que a ligação se baseie na responsabilidade recíproca, respeito e consideração pelo cônjuge, firmando-se na fidelidade e nos compromissos da camaradagem, da afetividade, em qualquer estágio da união.
   O lar, estruturado no amor e no respeito aos direitos dos seus membros, é o local onde as criaturas se harmonizam e se completam.Dinamizam os compromissos que se desdobram em realizações que dignificam a sociedade, pois os envolvidos passam a compreender a grandeza das emoções profundas e realizadoras, administrando as dificuldades que surgem, prosseguindo com segurança e otimismo.Eles se sentem membros integrantes do grupo social, com o qual contribui a favor do progresso geral e da felicidade de cada um, como de todos em conjunto.
   Para esse desiderato, são fixados compromissos de união antes do berço, estabelecendo diretrizes para a família, cujos membros se voltam a reunir com finalidades específicas de recuperação espiritual e de crescimento intelecto-moral, no rumo da perfeição relativa que todos alcançarão.Em muitos lances da experiência é a própria individualidade, antes da reencarnação, que assinala a si mesmo o casamento difícil que faceará na existência, chamando a si o parceiro ou a parceira de existências pretéritas para os ajustes que lhe pacificarão a consciência, à vista de erros perpetrados em outras épocas.Em tese, o agrupamento doméstico se forma a partir de princípios de afinidade. Devemos entender bem que afinidade psíquica não significa simpatia, mas sim atração devido a compromissos emocionais.Por isso que nas ligações terrenas, encontramos as grandes alegrias e também dento delas somos habitualmente defrontados pelas mais duras provações.
   Quando nos relacionamentos conjugais surgirem dificuldades de entendimento, estes devem ser solucionados mediante o diálogo, ajuda especializada e principalmente por intermédio da oração que facilita melhor entendimento dos objetivos existenciais. Desse modo, a tolerância toma o lugar da irritação, a compreensão satisfaz os estados de desconforto, favorecendo com soluções hábeis para que sejam superadas essas ocorrências.A amizade assume o seu lugar, amenizando o conflito e proporcionando o companheirismo agradável e benéfico, que refaz a comunhão, sustentando a afeição.Em verdade, o que mantém o matrimônio não é o prazer sexual, sempre fugidio, mesmo quando inspirado pelo amor, mas a amizade, que responde pelo intercâmbio emocional através do diálogo, do interesse nas realizações do outro, na convivência compensadora, na alegria de sentir-se útil e estimado.
   Há muitos fatores que contribuem para o desencontro conjugal na atualidade, como os houve no passado.Primeiro os de natureza íntima: insegurança, busca de realização pelo método da fuga, insatisfação em relação a si mesmo, transferência de objetivos, que nunca se complementarão em uma união que não foi amadurecida pelo amor real.Segundo: os de ordem psico-social, econômica, educacional, nos quais estão embutidos os culturais, de religião, de raça, de nacionalidade, que sempre comparecem como motivo de desajuste, passados os momentos de euforia e de prazer.Ainda se podem relacionar aqueles que são conseqüências de interesses subalternos, nos quais o sentimento do amor esteve ausente. Nesses casos já se iniciou o compromisso com programa de extinção, o que logo sucede; e outros motivos vários.
   È claro que o casamento não impõe um compromisso irreversível, o que seria terrivelmente perturbador, em razão de todos os desafios que apresenta, os quais deixam muitas seqüelas, quando não necessariamente diluídos pela compreensão e pela afetividade.A separação legal ocorre quando já houve a de natureza emocional, e as pessoas são estranhas uma à outra.Ademais a precipitação faz com que as criaturas se consorciem não com a individualidade, o ser real, mas sim, com a personalidade, aparência, os maneirismos, com as projeções que desaparecem nas convivências, desvelando cada qual conforme é, e não como se apresentava no período da conquista.Essa desidentificação, causa, não poucas vezes, grandes choques, produzindo impactos emocionais devastadores.Ainda por isso o Espiritismo reconhece a necessidade do divórcio, pois no plano ilusório da matéria as criaturas se confundem e misturam sexualidade e desejo com amor.
   É importante observar que existe diferença entre programação e determinismo.Embora eu tenha me comprometido, posso a qualquer momento mudar o meu planejamento, pois tenho o livre arbítrio.Por isso é difícil emitir opinião a respeito de problemas alheios.Cada um precisa analisar-se honestamente e sentir o que vai no fundo do seu Ser, da sua consciência, antes de tomar qualquer decisão.
   Todo compromisso afetivo, portanto, que envolve dois indivíduos, torna-se de magna importância para o comportamento psicológico de ambos. Rupturas abruptas, cenas agressivas, atitudes levianas e vulgaridade geram lesões na alma da vítima, assim como naquele que as assume.A precipitação e o desgoverno das emoções respondem pela ruptura da responsabilidade assumida, levando muitos indivíduos ao naufrágio conjugal e à falência familiar por exclusiva responsabilidade deles mesmos.Enquanto houver o sentimento do amor no coração do homem - e ele sempre existirá, por ser manifestação de Deus inserida na Vida – o matrimônio permanecerá, e a família continuará sendo a célula fundamental da sociedade. Envidar esforços para a preservação dos valores morais, estabelecidos pela necessidade do progresso espiritual, é dever de todos que, unidos, contribuirão para uma vida melhor uma humanidade mais feliz, na qual o bem será a resposta primeira de todas as aspirações.
   Interrogam muitos discípulos do evangelho: Não é mais lícito o divórcio, em considerando os graves problemas conjugais, à manutenção de matrimônio que culmine em tragédia? Não será mais conveniente uma separação, desde que a desinteligência se instalou, ao prosseguimento de uma vida impossível? Não tem direito, ambos os cônjuges, a diversa tentativa de felicidade, ao lado de outrem, já que se não entendem?E muitas outras inquirições surgem, procurando respostas honestas para o problema que dia a dia mais se agrava e se avulta.
   Inicialmente deve ser examinados que o matrimônio em linhas gerais é uma experiência de reequilíbrio das almas no ambiente familiar e oportunidade de edificação sob a bênção da prole. Não poucas vezes os nubentes, mal preparados para o casamento ou para uma vida a dois, dele esperam tudo, guindados ao paraíso da fantasia, esquecidos de que esse é um sério compromisso, e todo compromisso exige responsabilidades recíprocas a benefício dos resultados que se deseja atingir.A lua de mel é imagem rica da ilusão, porquanto, no período primeiro do casamento, nascem traumas, desajustes, inquietações e receios, frustrações e revoltas que despercebidos, quase a princípio, surgem mais tarde em surdaguerrilhas ou batalhas no lar, em que o ódio e o ciúme explodem,descontrolados, impondo soluções, sem dúvida, que sejam menos danosas do que as trágicas.
   Todavia há de se meditar, no que se refere a compromissos de qualquer natureza, que sua interrupção, somente adia a data da justa quitação. No casamento, não raro, o adiamento promove o ressurgir do pagamento em circunstâncias mais dolorosas no futuro em que, a pesadas renúncias e a fortes lágrimas, somente, se consegue a solução.
   Há alguns sinais de  alarme que podem informar a situação de dificuldade antes de agravar a união conjugal:
Silêncios injustificáveis quando os esposos estão juntos;
Tédio inexplicável ante a presença da companheira ou do companheiro;
Ira disfarçada quando o consorte ou a consorte emite uma opinião;
Saturação dos temas habituais, versados em casa, fugindo para interminais leituras de jornais ou inacabáveis novelas de televisão;
Irritabilidade contumaz sempre que se avizinha do lar;
Desinteresse pelos problemas do outro;
Falta de intercâmbio de opiniões;
Atritos contínuos que provocam agressão das mais variadas formas;
E muitos outros mais...
   Antes que as dificuldades abram distâncias e as incompreensões abram feridas, justo que se assumam atitudes de lealdade, fazendo um exame das ocorrências e tomando providências para sanar os males em pauta.Assim, abrindo o coração um para o outro de maneira honesta e sincera consegue corrigir as deficiências e reorganizar o panorama afetivo.
   É natural que ocorram desacertos. Ao invés, porém de separação reajustamento, harmonização.A questão não é de uma nova busca, mas de redescobrimento do que já possui.Antes da decisão precipitada, ceder cada um, no que lhe concerne, a benefício dos dois.Se o companheiro se desloca, lentamente, da família, refaça a esposa o lar, tentando nova fórmula de reconquista e tranqüilidade.Se a companheira se afasta, afetuosamente, pela irritação ou pelo ciúme, tolere o esposo, conferindo-lhe confiança e renovação de idéias.
   O cansaço, o cotidiano, a apatia são elementos constritivos da felicidade. Sem dizer que muitas vezes estamos felizes e não percebemos devido à correria do dia a dia.
   E em tal particular, o Espiritismo, consegue renovar o entusiasmo das criaturas, já que desloca o indivíduo de si mesmo, ajuda-o na luta contra o egoísmo e concita-o à responsabilidade ante as leis da vida, impulsionando-o ao labor incessante em prol do próximo. O Espiritismo com a fé raciocinada, sem dogmas, mitos e rituais, vêm oferecer condições para que gradativamente cada pessoa consiga superar-se a si mesmo evitando choques e desgastes no relacionamento. Tomando consciência de que somos Espíritos imortais, nos dá a certeza de que não vale a pena viver em situação de conflito e sim mudar, renovar, edificar em outras bases.Não tenho o direito de mudar o outro, mas sim o dever de me mudar. Tenho o dever de ser uma pessoa madura, equilibrada, responsável, em condições de superar de forma clara e tranqüila todos os obstáculos que surgem.
   Homem e mulher são duas entidades complexas. São inteligência e emoção. Um deve aprender a entender o outro em suas limitações e não exigir posição que o outro não possa dar. Devemos ser rigorosos conosco e benevolentes para com o próximo nos disse Jesus. E esse próximo mais próximo é o esposo ou a esposa, junto a quem assumimos o dever de amar, respeitar e servir.
   Assim, considerando o espiritismo, mediante o seu programa de ideal cristão, é senda redentora para os desajustados e ponte de união para os cônjuges, em árduas lutas, mas que não encontraram a paz.
                                       Que Jesus nos abençoe –
Carmen Diana Rodrigues Daré (03/06/06)
Bibliografia:
  1. Franco, Divaldo P. - Amor, imbatível Amor. Pelo Espírito Joanna de Angelis
  2. -  S.O.S. Família. Por Joanna de Angelis e outros Espíritos
  3. Kardec, Allan. - O Evangelho segundo o Espiritismo
  4. - O Livro dos Espíritos
  5. Pires, José H. - Curso Dinâmico do Espiritismo
  6. - Pesquisa sobre o Amor
  7. Xavier, Francisco C. - Vida e Sexo. Pelo Espírito Emmanuel
  8. - O consolador.Pelo Espírito Emmanuel

José Medrado - Palestra: "Toda oração é escutada" (08.01.2012)

José Medrado - Palestra: "A Arte da Vida" (06.03.2012)

José Medrado - Palestra: Perda da Sensibilidade Humana (13.03.2012)

José Medrado - Palestra: O reconforto da fé. Deus é mais!! (15.01.2013)

A MÁGOA-JOANNA DE ANGELLIS

sexta-feira, 1 de março de 2013

Carlos Bacelli - Palestra "Nosso Lar"

Seminário Carlos Baccelli - "Reencarnação no Mundo espiritual" - AELUZ -...

Carlos A.Baccelli - Passagem da Terra para Mundo Regenerador

CASAMENTO E CELIBATO


O casamento representa uma medida para a marcha e progresso da humanidade. Sua abolição seria uma regressão à vida dos animais. A indissolubilidade absoluta do casamento é uma lei humana. Mas os homens podem modificar suas leis; só as da Natureza são imutáveis. O celibato voluntário, entretanto, representa egoísmo e desagrada a Deus e engana o mundo. Não se deve confundir o celibato voluntário com aquele que é feito, como sacrifício, a serviço da humanidade, porque todo sacrifício pessoal é meritório, quando feito para o bem. Quanto maior o sacrifício, tanto maior o mérito.


CAPÍTULO IV – DA LEI DE REPRODUÇÃO


Carlos A. Baccelli - O Jugo Leve - 04/09/2012

Parte 1 - Introdução de O Livro dos Espíritos